Bolsista: Leidiane Rodrigues
O mundo que nos rodeia possui uma enorme diversidade de materiais e de substâncias. Essa grande variedade de substâncias, obtém-se a partir de um número muito reduzido de elementos químicos que, atualmente, se encontram organizados numa tabela – a Tabela Periódica dos Elementos (TP).
A ideia de organizar os elementos químicos resultou da necessidade que os químicos sentiram de reunir o máximo de informações sobre os mesmos da forma mais simples para serem consultadas.
O primeiro cientista a destacar-se na tentativa de ordenação sistemática dos elementos foi Antoine Lavoisier, em 1789. Ele agrupou os cerca de 30 elementos já conhecidos em quatro categorias: gases, não-metais, metais e elementos terrosos.
Desde a primeira tentativa de classificar os elementos, a tabela periódica sofreu inúmeras alterações, passando por Dobereiner, Chancourtóis, Newlands, Meyer e Mendeleev. A base da classificação periódica atual é a tabela de Mendeleev,
Atribui-se a Dmitri Mendeleev1, físico e químico russo, a origem da organização da Tabela Periódica atual. Este, ao escrever o livro “Principles of Chemistry”, procurou um padrão que permitisse organizar toda a informação acerca dos elementos. Para tal, fez vários cartões, um para cada elemento, e analisou várias disposições e descobriu que tinha por base a repetição regular e periódica das propriedades – elementos dispostos numa tabela por ordem.
A Tabela Periódica atual é formada por 109 elementos distribuídos em 7 linhas horizontais, cada uma sendo chamada de período, os elementos pertencentes ao mesmo período possuem o mesmo número de camadas de életrons e crescente massa atômica, de modo que em cada coluna se encontrassem elementos com propriedades químicas análogas. Estava estabelecida a relação entre a massa atômica e as propriedades dos elementos. Mendeleev ao desenvolver a sua tabela privilegiou a regra de propriedades semelhantes na mesma coluna. Assim, sentiu a necessidade de reordenar alguns elementos para novas posições.
Em 1869 Mendeleev apresentou à comunidade científica a sua lei periódica dos elementos.O modelo encontrado revela aspectos positivos em relação aos anteriores ele deixou vários espaços vazios na tabela para elementos que viessem a ser descobertos. Esta era a grande novidade e, talvez, a principal causa do elevado sucesso. Pela primeira vez, era possível prever, de forma bastante exata, as propriedades de muitos elementos
que ainda não eram conhecidos. Por exemplo, Mendeleev previu a existência de dois elementos desconhecidos a que chamou eka-alumínio (eka significa “primeiro”; então, o eka-alumínio seria o primeiro elemento sob o alumínio no mesmo grupo) e eka-silício. Quando, em 1875, o químico francês, Lecoq de Boisbaudran descobriu o gálio, verificou-se que as suas propriedades se ajustavam às previstas para o eka-alumínio; e, passados cerca de 15 anos, quando o alemão Winckler descobriu o germânio, também se constatou que tinha exatamente as mesmas propriedades do eka-silício. Estas descobertas sucederam-se ainda durante a vida de Mendeleev, o que lhe mostrou que as suas previsões estavam corretas.
Em 1906, Mendeleev recebeu o Prêmio Nobel da Química. O seu trabalho na classificação periódica dos elementos foi considerado o passo mais importante dado pela Química no século XIX.
Tabela Periódica não foi simplesmente inventada, mas foi criada a partir de poucos elementos e da sua investigação, a partir daí, a Tabela Periódica foi sendo cada vez mais aperfeiçoada e completada com elementos que eram descobertos, e comparados aos que já existiam.
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