sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Arsênio (As)


Bolsista: Leonice Paraguai
Olha pessoal! Estou de volta novamente, para falar um pouco mais de outro “Elemento Químico”. Hoje vou falar do Arsênio (As), que é um elemento usado desde antiguidade. Os efeitos tóxicos e muitas vezes letais do arsênio, já descritos por Dioscórides no século I, foram à causa de grande número de envenenamento ao longo da história.    
O arsênio (As) é um elemento químico de transição entre os metais e minerais típicos. Em seu estado natural, acompanha vários minérios de antimônio e prata no meio de rochas cristalinas e nos xistos. Seus principais minérios é o ouro-pigmento, às vezes cristalizando no sistema ortorrômbico e geralmente em massa laminares, de cor amarelo-ouro e cristalizada monoclínico, de cor vermelha.
O arsênio apresenta-se em vários estados alotrópicos, originados por diferentes configurações cristalinas. A forma cinzenta ou de coloração metálica é frágil, pouco solúvel e estável somente a temperaturas inferiores a 615º C. Condutor de eletricidade cristaliza-se no sistema hexagonal. A variedade de cor amarela é formada a partir do resfriamento dos vapores de arsênio, a 0º C. Nesse estado, o elemento é instável, de cristalização cúbica, e tende a se transformar na variedade cinza.

Em sua forma mais estável, o arsênio aproxima-se quimicamente do fósforo. Em contato o ar seco e na temperatura ordinária, não se altera; ao ar úmido, oxida-se; queima a 180º C, com chama azulada, produzindo óxido arsenioso (As2O3); é atacado pelos ácidos oxidantes; ataca os sistemas catalíticos sólidos, envenenando-os; seus compostos são tóxicos, especialmente os solúveis e os voláteis. Os principais sintomas de envenenamento por arsênio são náusea, vômito, diarréia, dores musculares, pulso fraco.
No comércio, o mais importante derivado do arsênio é o óxido arsenioso (As2O3), conhecido como “arsênio branco”, muito empregado na fabricação de inseticidas e produtos destinados à exterminação de ervas daninha e ratos. O arsênio inorgânico é receitado contra anemia, reumatismo, etc., e seus compostos orgânicos contra a sífilis e a doença do sono.
Na indústria, o arsênio também é usado como clarificador do vidro, como mordente na impressão dos tecidos de algodão do verde-de-scheele e do verde-de-schweinfurth. O arseniato ácido de potássio, obtido por aquecimento de uma mistura de anidrido arsenioso com nitrato de potássio, é usado na conservação de peles. O realgar é empregado na pintura de quadros e na obtenção de fogos brancos.
 O amarelo-real das tintas a óleo é o trissulfleto de arsênio. Seu consumo é extremamente prejudicial, e a ingestão recomendada é de, no máximo, 15μg. Sendo que, essa quantidade não deve ser inserida no organismo com o arsênio puro, mas naturalmente no consumo da carne vermelha, peixes e crustáceos.
Uma dose extra de arsênio pode ocasionar desde vômitos e indisposições, a cânceres. O principal motivo de muitas pessoas serem contaminadas com esse elemento é o consumo de águas subterrâneas extraídas de poços não vistoriados. Um grande exemplo disso foi a contaminação em massa em Bangladesh (Índia), onde estima-se entre 20 e 75 milhões o número de infectados com arsênio em águas consideradas potáveis.
      Arsênio (As) sob forma de sulfeto

O arsênio é muito raro e não se apresenta puro na natureza, mas sob forma de sulfetos e em minérios de antimônio. Seus estados de oxidação -3, +3 e +5 o fazem ser altamente reativo com cloro e outras substâncias oxidantes (como ácido nítrico). No Brasil, é encontrado nas piritas (minérios de ferro e enxofre) em jazidas de ouro (Au), especialmente no estado de Minas Gerais. No resto do mundo as maiores evidências de arsênio dão-se através do trissulfeto de arsênio (As2S3) – ouro-pigmento – e do bissulfeto de arsênio (As2S2).

As maiores reservas desse mineral (cerca de 11 milhões de toneladas) se encontram em minas de cobre e chumbo no Chile e nas Filipinas. Atualmente é considerado o 20º elemento mais abundante da Terra. Quando descoberto o Teólogo e filósofo alemão: Alberto Magno se dedicou aos estudos do arsênio, em 1250.
Por hoje e só pessoal! Até a próxima semana com mais um “Elemento Químico”. Uma ótima semana para todos.

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