Bolsista: Leidiane Rodrigues Rosa
Você sabe o que faz uma bolha de sabão flutuar?
São as forças intermoleculares. É sobre essas forças que vamos conhecer um pouco.
Johannes Diederik van der Waals nasceu em Novembro 23, 1837, Leiden, Neth. Um físico alemão, Waals ingressou na Universidade de Leiden, e em 1873 escreveu uma tese de doutorado intitulada "Sobre a Continuidade do Estado Líquido e Gasoso" com a qual recebeu um prêmio Nobel em Física em 1910. Ele observou que a equação geral dos gases ideais não correspondia ao observado em gases reais. Waals concluiu que o tamanho da molécula e a força que atua entre elas afetam seu comportamento e introduziu, em 1881, à famosa equação PV=nRT, relacionados ao tamanho e às forças intermoleculares.
Embora as moléculas de gás sejam extremamente pequenas, cada uma delas tem um tamanho diferente - circunstância que afetam o comportamento das moléculas de diferentes gases, ele reescreveu a equação dos gases ideais e publicou uma nova equação, conhecida como equação de van der Waals para os gases reais, este trabalho permitiu que James Dewar e Heike K. Onnes alcançarem a liquefação do gás hidrogênio e hélio.
Em 1877, van der Waals começou a trabalhar como professor de física da Universidade de Amsterdam, posto que ocupou até 1907. E morreu em Março 9, 1923, Amsterdam.
Regra geral: Quanto menos intensas forem as forças intermoleculares, mais volátil será a substância e menor será a sua temperatura de ebulição (T.E.). Os líquidos mais voláteis que conhecemos são: a gasolina, o álcool, a acetona e o éter.
As forças intermoleculares têm origem eletrônica: surgem de uma atração eletrostática entre nuvens de elétrons e núcleos atômicos. São fracas, se comparadas às ligações covalentes ou iônicas. As forças de van der Waals, (forças intermoleculares), podem surgir de 3 fontes.
Em primeiro, as moléculas de alguns materiais, embora eletricamente neutras, podem possuir um dipolo elétrico permanente. Devido a alguma distorção na distribuição da carga elétrica, um lado da molécula e ligeiramente mais "positivo" e o outro é ligeiramente mais "negativo". A tendência é destas moléculas se alinharem, e interagirem umas com as outras, por atração eletrostática entre os dipolos opostos. Esta interação é chamada de dipolo-dipolo.
Em segundo, a presença de moléculas que tem dipolos permanentes pode distorcer a distribuição de carga elétrica em outras moléculas vizinhas, mesmo as que não possuem dipolos (apolares), através de uma polarização induzida. Esta interação é chamada de dipolo-dipolo induzido.
E, em terceiro, mesmo em moléculas que não possuem momento de dipolo permanente (gás nobre, neônio ou no líquido orgânico benzeno) existe uma força de atração, foi primeiramente o físico polonês Fritz London, que as relacionou com o movimento eletrônico nas moléculas. London sugeriu que, em um determinado instante, o centro de carga negativa dos elétrons e de carga positiva do núcleo atômico poderia não coincidir, transformando as moléculas apolares, tal como o benzeno, em dipolos tempos-dependentes. Estes dipolos instantâneos não podem orientar-se para um alinhamento de suas moléculas, mas eles podem induzir a polarização das moléculas adjacentes, resultando em forças atrativas e estão presentes em moléculas apolares e, entre moléculas polares. Estas forças são conhecidas como forças de dispersão (ou forças de London).
Referências
http://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/forcas-intermoleculares-estado-fisico-materia.htm
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/forcas_intermoleculares.html
http://www.explicatorium.com/Johannes-van-der-Waals.php
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