Entrevista com acadêmicos do curso de Licenciatura em Química

Bolsista: Monika Cristina

Esta semana nossa entrevista será voltada para aqueles que pretendem fazer o vestibular neste ano e ainda não decidiram em qual área querem atuar e por isso ainda estão indecisos, que tal “Licenciatura em Química”?

A cidade de Uruaçu-Go há três e meio foi prestigiada com o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goias-IFG(antigo Cefet), oferece para a população vários cursos como o técnico, integrado, proeja e superior, atingindo não somente a cidade de Uruaçu mas também toda nossa região (Niquelândia, Campinorte, Alto-Horizonte, Nova - Iguaçu, São Luiz do Norte, Barro Alto, dentre outros municípios).

Solange, Leonardo e Nara Alinne

Então, com o intuito de esclarecer a você um pouco mais sobre o Curso Superior de Licenciatura em Química, nossos entrevistados serão: Leonardo Telles, Nara Alinne e Solange Batista. Acadêmicos do 7º Período de Licenciatura em Química, primeira turma a se formar no ensino superior do Campus Uruaçu que também participam do projeto PIBID.

1)            O que o curso de Licenciatura em Química significa para você? Qual a necessidade do jovem buscar um curso superior?

Leonardo Telles- Um curso de licenciatura em química é a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho como educador e pesquisador em uma área que a demanda por profissionais é cada vez maior e a evolução tecnico-cientifica que vivemos no momento, requer profissionais que dominem conteúdos, técnicas, métodos e procedimentos inerentes ao conhecimento da química.

A necessidade de um jovem buscar o curso superior esta vinculada às necessidades do mercado e da própria sociedade que evolui constantemente, exigindo cada vez mais profissionais habilitados em nível superior e com competências para aplicar conhecimentos bem elaborados, desenvolver pesquisa, aprimorar técnicas e resolver problemas.

2)            O ensino de Química pode ser abordado de diferentes formas em uma sala de aula, por muitas vezes se tratar do cotidiano do aluno, como você vê essa contextualização e como ela pode ser trabalhada dentro do ensino de química?

Nara Alline- Assim como explícitos nos PCNEM a contextualização é extremamente importante para o ensino de química. É uma metodologia que aproxima o conteúdo programático com o dia-a-dia do aluno, despertando o interesse e facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Trabalhar com contextualização é um passo positivo para o professor, pois rompe com o ensino tradicionalista e apresenta ao aluno a química presente no cotidiano.              

Como o próprio nome sugere a contextualização consiste em partir de elementos da vida do cotidiano do aluno para trabalhar os conteúdos. Atualmente existem diversos trabalhos publicados que auxiliam o professor a trabalhar com essa metodologia. Pode-se trabalhar com diversos temas, por exemplo, medicamentos, agrotóxicos, água, que é um tema bem popular, entre outros. O meu projeto de pesquisa sugere a mineração como estruturador, a proposta é trabalhar processo industrial, impactos ambientais, etc. Com esses temas pode-se planejar aulas com recursos didáticos diferenciados que contribuirão para o aprendizado do aluno.

3)            Em sua opinião quais os desafios que o professor de química pode encontrar numa sala de aula e o que pode ser feito para vencê-los?

Solange Batista - A sala de aula é um local onde temos diferentes tipos de pessoas: Umas com maior facilidade de aprendizado e outras com uma maior dificuldade. Aquelas que se mostram interessadas e outras que estão ali por obrigação;

Então os desafios são muitos, mas citarei alguns com os quais o professor se depara:

·  A antipatia do aluno pela disciplina, particularmente 'Química', por não ser bem entendida por eles;

·  A falta de perpectiva de alguns alunos, que não querem nada para seu futuro e então não se interessa;

·  Alguns entraves que a própria escola, causa ao professor, como a não disponibilização de materiais às vezes necessários para proporcionar uma aula diferenciada, dentre vários outros.

Mas, para se conseguir atingir os objetivos, que é principalmente, ajudar  o aluno facilitando o seu aprendizado, o professor deve em primeiro lugar 'gostar do faz'. Agindo assim, já será um passo a frente em busca de uma educação eficiente e significativa.

4)            Deixem um recado para todos aqueles que pretendem fazer o curso de Licenciatura em Química ou alguma área relacionada à química?

Leonardo Telles-O mercado de trabalho atual está carente de profissionais na área de pesquisa e ensino de química, portanto, é um ramo promissor para quem deseja cursar o ensino superior. Antes de escolher um curso superior é preciso se perguntar se realmente será prazeroso exercer tal profissão. Unindo prazer e oportunidades de trabalho e desenvolvimento um curso superior é sem dúvida um meio de promoção do indivíduo. 

Nara Alinne- Fazer Licenciatura no IFG para mim foi uma oportunidade única, a mesma é uma Instituição que se preocupa com a qualidade do ensino ofertado. Digo a todos que o curso é muito bom, a grade curricular e bem completa e a área de química é muito interessante.Posso dizer com convicção que a química é encantadora, eu mesma não gostava muito, mas depois que comecei o curso mudei meu posicionamento. Portanto de você está com dúvida, não tenha mais, venha para esta área.

Solange Batista - Fazer licenciatura não é bem visto pela maioria das pessoas, por acharem que a profissão de professor não é reconhecida.

Nisso eu concordo, mas se todos pensássemos que ser professor não é legal, o que seria das outras profissões. Eu costumo ressaltar o tempo todo que: "Para que existam qualquer outro profissional é necessário que haja professores para formá-los".

Então, ser professor é a profissão mais linda e gratificante, dentre todas as outras. Mas acho que, não diferente de qualquer outra profissão, quem optar por esse curso tem que ter vocação e acima de tudo se sentir bem fazendo isso e com certeza se sentirá realizado profissionalmente a cada dia.