Bolsista:
Darlyane Ribeiro
Olá caros leitores! A bebida energética
foi descoberta, por volta de 1984 por um austríaco em uma viagem a Tailândia.
Esta bebida continha cafeína e taurina, este austríaco levou amostras dessa
bebida para Áustria onde começou a fabricá-la em larga escala industrial, e a
primeira marca foi “Red Bull”. Depois outras marcas foram introduzidas, algumas
possuem uma quantidade maior de açúcar. O
que caracteriza a bebida energética é a presença de: inositol e/ou
glucoronolactona, e/ou taurina e/ou cafeína, podendo ser adicionado vitaminas.
Outros ingredientes podem ser acrescentados desde que não descaracterize o
produto.
Esta bebida chegou ao
Brasil apenas no ano de 1998. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), as expressões “energético”, “estimulante”,
“potencializador” entre outros não são permitidos, apenas a expressão “bebida
energética” ou na língua inglesa “Energy Drink” [1] e [2].
Muitas pessoas consomem bebidas
energéticas. Será que você é uma delas? Você sabe a composição delas? O que
causa em nosso organismo? É seguro mistura-lo com bebida alcoólica? Às vezes
ingerimos substâncias sem ao menos conhecê-las, sem saber quais são os seus
efeitos.
Os principais componentes
encontrados nessas bebidas são: água potável (H2O), dióxido de
carbono (CO2), açúcar (C12H22O11),
taurina (C2H7NO3S), cafeína (C8H10N4O2),
glucoronolactona (C6H8O6), inositol (C6H12O6),
vitaminas do complexo B, aditivos, acidulantes, reguladores de acidez,
aromatizantes, corantes, aromatizantes, conservadores e antioxidantes. As
bebidas energéticas são definidas por terem cafeína, taurina e vitaminas do
complexo B, e é sobre a cafeína e a taurina que iremos falar.
A cafeína possui a estrutura química demonstrada
na figura 1, após ser sintetizada em laboratório, foi largamente utilizada pelas
indústrias alimentícias e fármacos. É uma
droga alcalóide purínica da classe das xantinas como mostra a figura 2. Ela é
capaz de estimular o sistema nervoso por um curto período, acelerar o coração e
músculos esqueléticos. E dependendo da quantidade ingerida, pode provocar
elevação na pressão arterial.
Taurina está
apresentada na figura 3, e também é conhecida como ácido 2-aminoetanosulfónico
(C2H7NO3S), naturalmente ela é encontrada no
sêmen, no testículo do touro e também em grande escala no corpo humano
principalmente no fígado e no cérebro, no entanto encontrada também nos tecidos
do coração, sistema nervoso central, retina e no músculo esquelético. È um
aminoácido que o corpo sintetiza por inúmeras rotas de oxidação da cisteína. Porém
a taurina utilizada na fabricação das bebidas energéticas é sintetizada em laboratórios
[1], [2] e [3].
A taurina possui a
função de desintoxicação, eliminando substâncias químicas indesejáveis, e é
também um neurotransmissor que regula a água e o sal presente dentro das células.
Atua como um potencializador muscular, contraindo a musculatura [1], [2] e
[3].
Estas duas substâncias
agindo juntas podem causar danos à saúde, pois a taurina faz com que haja um
melhor desempenho suportando uma quantidade excessiva de exercícios e a cafeína
pode estimular ainda mais, ou seja, mesmo que o corpo peça para parar, a
cafeína não deixa, tendo assim um esforço físico excessivo, sendo prejudicial à
saúde. Este é um dos motivos de não ingerir bebida energética para se
exercitar, principalmente atletas. E ainda aumenta os batimentos cardíacos,
sendo perigoso para quem tem problema de hipertensão. Outra ação da cafeína em nosso organismo é a eliminação
de água, provocando assim uma desidratação [1], [2] e [3].
A mistura de bebida
energética com bebida alcoólica não é recomendada, pois inibe a embriaguez,
estimulando assim um maior consumo do álcool, e colocando em risco a saúde
possibilitando uma overdose, coma ou até mesmo à morte [4] e [5].
Fique
atento, a ingestão de bebida energética se feita com moderação e sem misturá-la
a bebidas destiladas não ocasionam problemas a saúde. Seja consciente.
Bibliografia:
[1] AMARAL,
Mônica Minomo. Avaliação da qualidade
físico-química na produção de bebidas energéticas. Universidade Estadual de
Goiás Química industrial. Anápolis 2012. Disponível em: http://www.unucet.ueg.br/biblioteca/arquivos/monografias/TCC_MONICA_MINOMO.pdf
Acessado dia 19/08/2015
[2]MAIOLI,
Domenica. Avaliação da qualidade
físico-química na produção de bebidas energéticas. Porto alegre 2014. Disponível
em : http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/116231/000964518.pdf?sequence=1
Acessado dia 19/08/2015
[3] Joelia
Marques de CARVALHO; et al. Perfil dos
principais componentes em bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e
glucoronolactona. Universidade Federal de Viçosa 2006. Disponível em: http://periodicos.ses.sp.bvs.br/pdf/rial/v65n2/v65n2a02.pdf
Acessado dia:19/08/2015
[4] TEIXEIRA,
R. A. Bebidas energéticas também têm seus
riscos. Canal ICB. Disponível em: http://www.icbneuro.com.br/paginas/pdf/artigos/bebidasEnergeticas.pdf
acessado dia: 19/08/2015.
[5] GUERCHON,
José; et al. Álcool e energéticos. Uma
mistura perigosa. Curiosidades e descobertas. Disponível em: http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/museu%20virtual/curiosidades%20e%20descobertas/Alcool%20e%20energeticos.%20Uma%20mistura%20perigosa/pdf_CD/CD_Texto_alcool_energeticos.pdf
acessado dia 19/08/2015.
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