Bolsista: Wanderley
Almeida
Temos visto e ouvido ao
longo de todo o ano passado e agora em 2015, noticias como: hospital faz
cirurgias no escuro por falta de luz, vários estados sofreram com apagão,
poderá haver racionamento. Ás vezes, nós
que não fomos afetados ainda de forma direta não demos a devida importância a
estas noticias. Mas, todavia é um assunto serio que poderá trazer transtornos a
toda população do país. Trata-se como a mídia mesmo propõe “crise energética
brasileira”.
As usinas hidrelétricas são
as principais geradoras de energia elétrica no Brasil. A energia que é
produzida pelas hidrelétricas é a chamada energia hidráulica, que é gerada pela
força (pressão) das aguas do rio que ao passarem pelas turbinas da usina as
movimentam, formando um campo eletromagnético, gerando eletricidade. Energia
limpa e renovável. Pois, a água é um recurso renovável pelo ciclo natural de
evaporizarão – chuva. [1], [4]
Um dos principais problemas das
hidrelétricas ocorre quando há uma estiagem prolongada, como ocorreu entre os
anos de 2013 e 2014, afetando o nível dos reservatórios, diminuindo a produção
de energia e trazendo ainda o risco constante de racionamento de energia, como
mostrado nas figuras 1e2. Não podemos deixar de mencionar a ação humana
responsável pela poluição dos rios, e de forma direta e/ou indireta pela
diminuição da quantidade de água, devido ao desmatamento frenético das bacias
hidrográficas.
FIGURAS
1 e 2: fotos sistema Cantareira outubro de 2014. FONTE: imagens do Google.
Outro fator de grande importância
para a instalação dessa crise é a falta de investimentos necessários no setor (investimentos
por parte das concessionarias de energia) e por ultimo, mas não menos
importante a intervenção do Estado. Segundo Fernando Henrique Cardoso (FHC), em
artigo publicado nos jornais: O Globo e O Estado de São Paulo. Escreve
–“Reduziu-se a tarifa de energia elétrica em momento de expansão do consumo
(...) agora todos lamentam a crise energética”. [3]
De fato! O sistema de
geração de energia por meio de hidrelétricas é extremamente vulnerável, visto
que a falta de chuvas pode levar este sistema ao colapso. Mas existem outros
meios capazes de provocar uma maior estabilidade na geração de energia, um deles
é a energia nuclear, que é produzida nas usinas nucleares por meio de um reator
nuclear.
Energia nuclear é a energia
liberada pelo núcleo de átomos que sofrem fissão de modo que a reação em cadeia
seja controlada. [1]
Para
prosseguirmos vamos entender o que é fissão nuclear e reação em cadeia: Fissão é a quebra de núcleos grandes em
núcleos menores, liberando uma grande quantidade de energia. Assim, um nêutron disparado
contra o grande núcleo do Uranio o quebrará em dois núcleos menores (nesse caso
em especifico: bário e criptônio), liberando ainda três nêutrons, que
continuará a colidir com outros núcleos de Uranio, reação em cadeia. Como ilustra
a figura á seguir. [2]
Figura 3 – Efeito
em cadeia, á partir de um nêutron lançado contra o núcleo do elemento Uranio (92U235).
A produção da energia
nuclear segue o mesmo principio da bomba atômica, o único diferencial é que na
bomba atômica a reação de fissão se dá de forma descontrolada e nas usinas
nucleares estas reações são controladas pelo reator nuclear. Estas reações faz
com que a temperatura do reator fique sempre muito elevada, no qual se torna
necessário à utilização de água liquida para resfria-lo, está água
transforma-se em vapor de água, o vapor impulsiona as turbinas para a geração
de energia elétrica. Veja a figura 4.
Figura 4 – Diagrama de uma
central nuclear. Figura: Nuctec (nuclear
tecnologia e consultoria)
O Uranio é um dos principais
elementos utilizados para que se obtenha está energia. Meio Quilograma de
Uranio fornece energia equivalente a 1.360 toneladas de carvão. O Brasil é
autossuficiente em todo o ciclo de enriquecimento de Uranio. Mas enquanto no
restante do mundo possuem aproximadamente 440 usinas nucleares o Brasil dispõe
de apenas duas: Angla I e Angla II. Estas são responsáveis pela produção de
quase 5% de toda a energia elétrica consumida no país. [5]
As
usinas nucleares apresentam grande potencial na geração de energia. A timidez
do Brasil no aumento no numero de usinas em funcionamento se deve ao alto risco
de acidentes, como os que ocorreram em Fukushima no Japão (2011) e o de
Chernobyl na Ucrânia (1986), que é considerado o maior acidente nuclear da
história, deixando em números oficiais mais de 15 mil mortos e cerca de 2,4
milhões de pessoas sofrendo com problemas de saúde devido à radiação. [6]
Referências
Bibliográficas:
1
LISBOA, Júlio Cezar Foschini/química 2°ano: ensino médio-ser protagonista.1.ed.
São Paulo. Edições SM, 2010. Pag. 81
2 PERUZZO, Francisco Miragaia-química na
abordagem do cotidiano/ Francisco Miragaia Peruzzo, Eduardo Leite do Canto. 4.
Ed. Vol. 2. Físico-química. São Paulo: moderna, 2006. Pag.344/346
3
veja.abril.com.br/blog/Ricardo-setti/tag/crise-energética/
4 CEMIG(Companhia
Energética de Minas Gerais). http://www.cemig.com.br/pt-br/energia_e_voce/Paginas/como_a_energia_e.
aspx
5 CESTGEN
(Centro Estadual de Gerenciamento de Emergência Nuclear do Rio de
Janeiro).http://www.cestgen.defesacivil.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&id=41&layout=blog&Itemid=50
6
http://educacao.globo.com/artigo/chernobyl-maior-acidente-nuclear-da-historia.html
acessado no dia 16/05/2015 às 14h40min.
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