Bolsista: Ana Lucia Miranda |
Olá caros leitores!
Nesta matéria iremos
conhecer um composto muito comentado no momento por pessoas que fazem dietas, o
glúten!
Para começar, você sabe o
que é glúten? Porque algumas pessoas não podem consumir alimentos que contenham
glúten?
Glúten é uma proteína que está presente nos
grãos de trigo, cevada, aveia e centeio, obtida pela lavagem das farinhas
destes cereais, após serem removidos os grânulos de amido. É composto por duas
frações proteicas: a gliadina e glutenia que são insolúveis em H2O.
Quando essas duas proteínas se juntam forma o glúten (figura 1), que compõe
cerca de 80 a 85% das proteínas presentes na farinha de trigo.
Figura 1: Estrutura do glúten
Fonte:
Imagens do google
A proteína gliadina com a fórmula molecular C29H47N7O9,
apresenta cadeia simples e possui propriedade de extensibilidade quando
hidratada (figura 2), o que a torna responsável pela coesividade da massa de
pães e roscas.
Figura 2: Estrutura
da molécula gliadina e demostração de sua
propriedade
Fonte: Imagens do google
A Glutenina é uma proteína formada por várias
cadeias ligadas entre si. É elástica (figura 3), mas não coesiva e fornece à
massa utilizada em panificações a propriedade de resistência à extensão.
Figura 3: Demonstração das propriedades da glutenina
Fonte: Imagens do Google
Segundo Guarienti (1993), quando são misturadas água e
farinha de trigo, observa - se a formação de uma massa constituída da proteína
glúten, ligada a grânulos de amido. Na panificação o glúten retém o gás
carbônico produzido durante o processo fermentativo sendo assim, faz com que a
massa dobre de volume.
Algumas pessoas são portadoras
da Doença Celíaca (DC), que consiste na intolerância ao glúten, onde é caracterizada
por uma inflamação crônica da mucosa do intestino delgado. Os sintomas são
distintos, dependendo de alguns fatores como: idade do paciente e quantidade de
cereais ingeridos na dieta, além do grau de sensibilidade ao glúten. Os
sintomas podem ser desnutrição, diarreia e dores abdominais, podendo ser
detectado na infância ou mesmo na fase adulta. Em alguns casos o indivíduo só
descobre a intolerância ao glúten após a perda de peso sem causa aparente.
O tratamento da DC consiste
em seguir uma dieta durante toda sua existência, utilizando alimentos livres de
glúten. Devido esse fator é comum observar nos supermercados consumidores lendo
os rótulos dos produtos (figura 4).
Figura
4: Rótulos
de alimentos com e sem glúten
Fonte:
imagens
do google.
A minha colega Érika ensina
a fazer um pão sem glúten na coluna Química na Cozinha. Vale a pena conferirem.
Viram como a química está presente em nossas vidas!
Espero que esse texto tenha
sido útil e até a próxima!
Referência
RIBEIRO, A. C. Estudo estrutural da gliadina. Tese de mestrado
Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2012. Disponível em: HTTP://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/55482/000858189.pdf?
Acesso dia 02 de junho 2015.
Centro de informações
de medicamentos. Disponível em: http://www.doencasdofigado.com.br/guide_lines/DCA%20CELIACA%20V%20.PDF.
Acesso dia 09 de agosto 2015
NELSON, D. L. Princípios
de bioquímica. 5 ed. – Porto Alegre: Artmed, 2011.
ZANDONADI, R. P. PSYLLIUM como substituto de glúten. Tese
de mestrado Universidade de Brasília 2006. Disponível em:
http://crn1.org.br/images/teses/celiacos_renatapz.pdf. Acesso dia 02 de junho
2015.
SILVA, T. S. G., FURLANETTO, T. W. Diagnóstico de doença celíaca em adultos.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS 2010. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf.
Acesso dia 09 de agosto 2015
Por favor poderias compartilhar a formula quimica do gluten?
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