Bolsista:
Karla Nara
Olá,
caros leitores...
O
assunto dessa semana iremos falar sobre a mortandade de peixes na
lagoa Rodrigo de Freitas, localizada no estado do Rio de Janeiro a
mesma é bem conhecida. Porém, o aumento demográfico e o
desenvolvimento em volta da lagoa estão trazendo grandes
consequências e fortes impactos ambientais.
As
lagoas têm características bem marcantes, uma delas são os
ecossistemas com vegetação ciliar e fauna que necessita de suas
águas para permanecerem vivos. No entanto, essas lagoas cada vez
mais estão sendo comprometidos, devidos os lançamentos de esgoto
indiscriminado de esgotos clandestinos de varias origens, em
consequência disso à vida nesses ecossistemas ficam em risco.
Segundo
VAITSMAN (2006), um aspecto marcante em relação à lagoa Rodrigo de
Freitas, é observado repetidas ocorrências de mortandades de peixes
e crustáceos, esse fato e preocupante devido ser um ecossistema
significativo sob o ponto de vista econômico-social, uma vez que
existem colônias de pescadores em suas margens que usam a pesca
artesanal para suas sobrevivências e, além disso, nessas águas
vivem e procriam varias espécies animais que dependem da vegetação
ciliar e de águas não poluídas para sobreviverem.
Entretanto,
durante décadas, têm ocorrido mortandades de toneladas de peixes,
por exemplo, em março de 2000, foram recolhidos mais de 100
toneladas de peixe mortos, prejudicando assim, a qualidade de vida
dos moradores que moram próximos a lagoa e daqueles que utilizam da
água para alguma utilidade. (VAITSMAN,2006)
As
principais causas dessas mortes de peixes nessa lagoa são o lixo e o
lançamento de esgotos clandestinos, pois aumentam a quantidade de
material orgânico e de nutrientes, ou seja, substâncias ricas em
fosfato (PO43-)
e nitrato (NO3-),
no qual favorece a proliferação de algas, acarretando assim, o
bloqueamento da passagem de luz pela lâmina de água,
impossibilitando assim, o processo de formação de gás oxigênio
(O2).
O oxigênio dissolvido na água é indispensável para os peixes,
pois os mesmos requer 10% e 60% para sua sobrevivência.
Em
contrapartida, a presença de enorme quantidade de matéria orgânica
nas águas exige maior consumo de O2
para sua decomposição por ação dos micro-organismos aeróbicos,
ficando assim, em consequência, menor quantidade disponível para
sobrevivências de peixes. Outro fator importante, e que havendo
deficiência de oxigênio nas águas, a matéria orgânica é
decomposta por bactérias anaeróbicas, produzindo o gás sulfídrico
(H2S)
que, além de tóxico, é responsável pelo odor desagradável que
exala das águas. (VAITSMAN, 2006)
Portanto,
vários fatores estão relacionados à morte de peixes na lagoa
Rodrigo de Freitas, sendo assim, a população juntamente com as
autoridades governamentais devem buscar recursos para resolver as
questões de poluição e preservar esse ecossistema importantíssimo
para toda a sociedade.
Espero
vocês para uma próxima...
Referencia:
VAITSMAN,
E.P. Química & meio ambiente: ensino contextualizado. Rio de
Janeiro: Interciência, 2006. pg 32 a 34.
FIORUCCI,
A. R; FILHO, E. B. A importância do oxigênio dissolvido em
ecossistemas aquáticos. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc22/a02.pdf>. Acesso em 18
de abril de 2017.
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