BOLSISTAS: Geam e Marcos
Oiê, caro leitor, hoje vamos falar de indicadores ácido-base, você sabia que ele é
um método barato, por ser simples e confiável, também é rápido para determinar
o pH de uma solução. Ela também é utilizada para titulações que é usar um
medidor de pH, que é basicamente usar o eletrodo especial para medir a
concentração de H3O+ (CHANG,
2010).
Figura 1 |
¹Saiba, caro químico, que um indicador ácido-base é um tipo
de corante, que é solvente em água, e a cor é dependente do pH. Já a mudança de
pH acontece a partir do ponto estequiométrico de uma titulação, a partir disso
acontece a mudança de cor do corante (ATKINS, 2018).
Para
entender melhor isso tudo, vamos falar do pH, que para descrever têm uma
dificuldade, mas vamos lá. A escala de pH foi introduzida pelo químico
dinamarquês Sorén Sorensen em 1909, e é usada para indicar a concentração molar
dos íons H3O+ que é maior que 7 indicando que a solução é
básica e um pH menor que 7 indica que ela é ácida. As soluções neutras têm o pH
igual à 7 (BRADY,
2009).
Figura 2 |
Na figura 1 mostra a escala de pH desde o 0 ao 14, e suas
respectivas cores. É possível criar um indicador ácido-base de determinadas
substâncias, em alguns casos mais famosos na internet vemos do suco do repolho
roxo, pensando nisso iremos preparar uma através do fruto do açaí.
²O
açaí é um fruto que contêm um valor nutricional com grande valor energético, e
contêm em sua composição proteínas, carboidratos, alto teor de lipídios,
deixando bem calórico, além de tem um sabor delicioso e
refrescante (DARNET et al., 2011; KANG et al., 2010).
Pensando nisso
esse trabalho têm como objetivo utilizar o açaí como um indicador ácido-base
natural. Na atual perspectiva abordará o conteúdo de funções inorgânicas.
Pegue um caderno e faça as
anotações:
- 100 g de açaí em polpa;
- 60 mL de H2O;
- 10 mL de ácido acético (vinagre comercial);
- 10 mL de detergente (neutro);
- 200 mL álcool etílico 70% (comercial);
- 10 mL do suco de limão;
- 10 mL Mg(OH)2 (leite de magnésio);
- 3 filtros de papel (filtro de café);
- 5 béqueres de 200 mL;
- 2 pipetas graduadas de 5
mL;
- 1 pipeta graduada de 10 mL;
- 1 Pêra de sucção;
- 1 funil;
- 1 colher de sopa;
- 1 erlenmeyer de 500 mL;
- 1 bastão de vidro.
Vamos preparar, caro químico. Para o preparado do suco de açaí, dissolva 100 g de açaí em polpa
em 200 mL de álcool etílico, misture com a ajuda do bastão de vidro. Após esse
procedimento, filtre a amostra em um béquer de 200 mL com a ajuda de um funil e
um filtro de papel. Adicione o suco filtrado do béquer no erlenmeyer.
Enumere os 5
béqueres restantes de 1 a 4, para identificação. Utilizando a pipeta graduada
adicione em todos os béqueres 5 mL do suco de açaí e 10 mL de H2O.
Em seguida no béquer número 1 adicione 5 mL de ácido acético (vinagre), no
número 2 adicione 5 mL de detergente neutro, no béquer número 3 adicione 5 mL
de Mg(OH)2 e no béquer número 4 adicione 5 mL do suco de limão.
Observe e anote suas respectivas cores.
O que podemos investigar
nesse procedimento?
Podemos perceber
que a polpa do açaí, como foi dito anteriormente, é bem energética e calórica, com
várias substâncias em sua composição. Fora isso, contém também antocianinas,
responsável pela cor azul, vermelho e roxo. Essa substância muda sua coloração
dependendo da acidez e basicidade do seu meio, isso explica porque alguns
frutos em determinadas regiões têm cores mais avermelhadas, outras azuladas e
outras mais arroxeadas (POZO-INSFRAN et al., 2004).
Pensando nisso,
em escala de pH, com o pH<7 torna-se avermelhadas, com o pH>7 fica meio
esverdeada e com pH=7 têm a conhecida e tradicional coloração roxo-claro.
Viu só como a
ciência como a química pode ser estudada a partir de vários parâmetros? Hoje, por meio de um fruto consumido em todo país, aprendemos muitos conteúdos
importantes da química e biologia.
REFERENCIAS
ATKINS, P. W. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. Coautoria de Loretta Jones; Tradução de Ricardo Bicca de Alencastro.
7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. xxii, 104, 922 p.
BRADY, James E. Química: a matéria e
suas transformações. Coautoria de Frederick Senese. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC,
c2009. 2 v.
CHANG, Raymond. Química geral: conceitos
essenciais. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010. xix, 778 p.
DARNET, S.; SERRA, J. L.; RODRIGUES, A. M. C.; SILVA, L. H. M. A
high-performance liquid chromatography method to measure tocopherols in assai
pulp (Euterpe oleracea). Food Research International, v. 44, n.
7, p. 2107-2111, 2011. http:// dx.doi.org/10.1016/j.foodres.2010.12.039.
GOMES, S. M.; GHICA, M. E.; RODRIGUES, I. A.; GIL, E. S.;
OLIVEIRA-BRETT, A. M. Flavonoids electrochemical detection in fruit extracts
and total antioxidant capacity evaluation. Talanta,
v. 154, p. 284-291, 2016. http://dx.doi.org/10.1016/j. talanta.2016.03.083.
PMid:27154676.
¹ Disponível em:
<http://www.petquimica.ufc.br/indicadores-acido-base-naturais/>. Acesso
em: 20 abr. 2019.
² Disponível em: <http://frutasbrasileiras.com/wp-content/uploads/2017/10/A%C3%A7ai.jpg>.
Acesso em: 20 abr. 2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário