terça-feira, 13 de setembro de 2011

Linus Pauling e a Distribuição Eletrônica

Bolsista: Leidiane Rodrigues Rosa

Linus Pauling nasceu nos Estados Unidos, em 28 de fevereiro de 1901 e morreu aos 93 anos, em 20 de agosto de 1994, após uma brilhante carreira profissional, e por intensa atividade na sociedade civil.
Ele foi um dos cientistas mais conhecidos pelo público no século XX, sua maior contribuição científica foi no campo das ligações químicas através da hábil aplicação da teoria quântica, desde que começou a publicar seus trabalhos (1928), adaptando a mecânica quântica ao estudo químico de átomos e moléculas.
Também se destacou em pesquisas sobre estruturas e moleculares com publicações sobre proteínas, aminoácidos e polipeptídios. Suas ousadas experiências levaram-no também a descobertas no campo da biologia molecular, como a identificação do defeito genético, nas moléculas de hemoglobina, que causa a anemia falciforme, e foi também um dos pioneiros no estudo da estrutura do ADN. Fundou o Instituto Linus Pauling de Ciências e Medicina, em Palo Alto, Califórnia, defendeu a teoria de que altas doses de vitamina C poderiam prevenir ou curar resfriados e que concentrações significativas de Vitamina C podem impedir, in vitro, a duplicação do vírus HIV.
Em 1954 ele recebeu o Prêmio Nobel de Química, principalmente pela obra A Natureza das Ligações Químicas, publicada em 1939, que colocou as bases da Ligação Covalente entre átomos, para formar as moléculas.

Depois, em 1962 recebeu o Prêmio Nobel da Paz por participar ativamente de manifestações contra testes nucleares, o uso de bombas atômicas como armas de guerra e a construção de usinas nucleares.
 Linus Pauling é um gigante do nosso século e deve ser lembrado pelo seu desempenho magnífico como cidadão de seu tempo e pesquisador sério, mas ele foi, acima de tudo, um pensador. Foi o cientista americano Linus C. Pauling quem apresentou a teoria até o momento mais aceita para a distribuição eletrônica.

Para entender a proposta de Pauling, é preciso primeiro lembrar o conceito de camadas eletrônicas, o princípio que rege a distribuição dos elétrons em torno do átomo em sete camadas, identificadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q.
Uma característica destas camadas é que cada uma delas possui um número máximo de elétrons que podem comportar.
Pauling apresentou esta distribuição dividida em níveis e subníveis de energia, em que os níveis são as camadas e os subníveis divisões destes (representados pelas letras s, p, d, f), possuindo cada um destes subníveis  um número máximo de elétrons.Quando combinados níveis e subníveis, a tabela de distribuição eletrônica assume a seguinte configuração:
Camada
Nível
Subnível
Total de elétrons
s2
p6
d10
f14
K
1
1s
2
2s
2p
8
3
3s 
3p 
3d 
18 
4s 
4p 
4d 
4f 
32 
5s 
5p 
5d 
5f 
32 
P
6s 
6p 
6d 
18 
7s 
 7p

A distribuição eletrônica, conforme Pauling, não era apenas uma ocupação pelos elétrons dos espaços vazios nas camadas da eletrosfera.
Os elétrons se distribuem segundo o nível de energia de cada subnível, numa seqüência crescente em que ocupam primeiro os subníveis de menor energia e, por último, os de maior. 

Elemento químicoNúmero atômicoDistribuição eletrônica
He Hélio21s2
K = 2
Cl Cloro171s2 2s2 2p6 3s2 3p5
K = 2, L = 8, M = 7


Lembre-se que a soma da distribuição dos elétrons, tanto nos subníveis quanto nas camadas deve bater com o número atômico, como no exemplo da Platina:
Mas, independentemente disto, é muito importante conhecer os mecanismos que regem esta distribuição, e particularmente o conceito de níveis e subníveis de energia, ponto de partida para estudos mais avançados como os princípios da mecânica quântica.


Referências

 
Assim, seguindo o diagrama de Pauling, podemos montar a distribuição eletrônica de qualquer elemento químico, como por exemplo: 


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