sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TATUAGENS QUÍMICAS


Bolsista: Solange Batista de Sousa Anacleto Reis
Este título pode sugestionar que iremos aprender a fazer tatuagens na pele, mas não é nada disso, pelo menos não dessa vez. O que vai acontecer aqui é que iremos aprender a transferir imagens de uma superfície para outra.

 
MATERIAIS UTILIZADOS
  •          Imagens impressas ou fotocopiadas em papel
  •          Solvente para tinta a óleo (thinner)
  •          Pincel
  •          Uma lata ou apenas a tampa da lata (lata de biscoitos)
  •          Uma lixa bem fina
PROCEDIMENTOS
  •          Pra iniciar, deve-se preparar a superfície da região a ser transferida a imagem, lixando-a para retirar a tinta e lavando-a bem com água e detergente.
  •          Superfície preparada para receber a imagem, chegou a hora de escolhê-la.
  •          A imagem selecionada deve ser fotocopiada ou impressa com uma impressora a laser. Saiba que a quantidade de tonner torna a imagem mais clara ou escura e que as imagens muito escuras tendem a borrar mais.
  •          Usando o pincel, aplique uma camada fina de solvente (thinner) sobre a lata.
  •          Coloque a foto selecionada sobre a lata e aperte levemente, cuidando para não mover o papel sobre a lata
  •          Aplique uma nova camada de solvente, agora sobre o papel. Mas, cuidando para não aplicar solvente demais.
  •          Agora, com cuidado, retire o papel levantando um dos lados.
  •          Deixe a lata secar bem antes de manuseá-la novamente.
O QUE ACONTECE
Impressoras a laser e fotocopiadoras utilizam um pó (toner) que forma imagens no papel. Esse pó contém um pigmento e uma cera ou polímero com baixo ponto de fusão.
 No caso do toner preto, o pigmento mais utilizado é o negro de fumo, que é basicamente constituído de carbono obtido na combustão incompleta de materiais orgânicos. O negro de fumo é a fuligem liberada na queima de uma lamparina a óleo ou uma vela. Para ser usado no toner, ele é produzido de modo a ter o tamanho das partículas bem controlado.
Ao atritarmos um material, ele pode se tornar eletrizado. O que mostra que algumas cargas elétricas foram transferidas de um material para outro. Se o material em questão perdeu cargas negativas, por exemplo, ela vai ficar com cargas positivas em excesso. Com isso ele consegue atrair materiais que tenham cargas opostas ou mesmo neutras.
Mas qual a relação disso com as fotocopiadoras e impressoras a laser?
Se eletrizarmos uma placa do tamanho de uma folha de papel e colocarmos o papel por cima dela, a folha seria capaz de atrair um pigmento em pó. Mas, ao eletrizar a placa toda, a folha ficaria toda coberta de pigmento, mas sem foto alguma, sendo assim, isso não funcionaria.
Mas o inventor do processo de fotocópia descobriu que certos materiais perdem as cargas quando expostos à luz. Assim, a placa eletrizada ao ser exposta à luz apenas em alguns pontos, esses pontos não ficarão carregados, e consequentemente não atrairão o pigmento. Conseguimos assim então uma foto na folha.
No processo de fotocópia, a placa é carregada eletricamente o original é iluminado por uma lâmpada, e a luz que reflete e direcionada para a placa. Deste modo, áreas escuras do original absorvem a luz e correspondem a áreas carregadas da placa. O toner é aplicado no papel que cobre a placa e fica eletrostaticamente grudado nele. Por fim, o papel é aquecido, o q faz com o toner se funda, ficando preso no papel.
No caso das impressoras a lazer, em vez de uma luz refletida de um original iluminado, a luz usada para descarregar a placa vem de um laser, que é controlado pelo computador para dizer se cada ponto fica ou não carregado. Nas impressoras coloridas é usado o mesmo processo, porém este é repetido para cada cor de toner: ciano, magenta amarelo e preto.
No nosso experimento, ao aplicarmos um solvente orgânico conseguimos retirar pare do toner fundido no papel. O solvente consegue dissolver parte da cera ou polímero que segura o pigmento no papel, permitindo a sua transferência.
Ao utilizarmos água como solvente, não conseguiremos uma interação forte com o toner e ele permanece grudado no papel. Já o tinner que é constituído de moléculas apolares que vai interagir com o toner.

Obs.: Pode-se substuir o tinner pelo óleo da casca da laranja, que possui um composto chamado limoneno.
REFERÊNCIAS
MATEUS, Alfredo Luís. Química na cabeça 2. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
 

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