Bolsista:Ricardo Paraguai
Estou aqui mais uma vez para trazer-lhes uma matéria
bem interessante, que vai nutrir a fome de conhecimento
que eu e todos os bolsistas do blog sabemos que vocês têm.
Bem, essa semana na nossa coluna “CineQuímica”
falaremos do Carbono (C), um elemento muito presente em nossas vidas,
literalmente falando, 18% do nosso corpo é composto por Carbono. Dando
seguimento à semana passada, falaremos da citação de uma propriedade do Carbono
citada no anime FullmetalAchemist.
Em um episódio, Edward Elric acaba por enfrentar
Greed (Ganância), um homúnculo muito poderoso, que tem como principal habilidade
um tipo de escudo, esse formado por átomos de carbono. Após tomar muitos golpes
de Greed, Edward percebe que não adianta continuar a golpea-lo da mesma forma,
então analisa a informação dada pelo inimigo durante o combate, que diz que seu
corpo é normal, exatamente como o de um humano, porémcom recuperação rápida.
O escudo de Greed formado por carbono tinha seus
átomos alocados de uma forma que proporcionava a ele uma dureza absoluta, onde
nada penetrava. Porém, Edward com a ajuda da alquimia e conhecimentos químicosconsegue
feri-lo. E aproveitando as aberturas deixadas pelo inimigo enquanto o ataca, usa
a transmutação para reorganizar os átomos de carbono que compõe o escudo,
fazendo com que ele fique tão fraco quanto grafite.
E é justamente desse elemento que vamos falar hoje. Em
algumas séries e filmes sãomencionados que “somos formas de vida baseadas em
carbono”, isso é uma afirmação totalmente correta.Hoje conheceremos mais um
pouco deste elemento tão importante e presente em nossas vidas.
Carbono, o nome foi dado por Lavoisier em 1789, e
provém do latim carbo, carvão,
(carbone, em Francês). No mesmo ano, A.G. Werner e D.L.G. Haesten propuseram o
nome de grafite (da palavra grega para “escrever”) para uma das formas
alotrópicas.
Como carvão, o carbono aparecenos mais antigos
escritos da humanidade como, por exemplo, na Bíblia.
As escrituras hindus, os Vedas, o Ramayana e o
Mahabharata, mencionam o diamante outra forma alotrópica do carbono. Embora
conhecido de longa data, o carbono só veio a ser reconhecido como elemento
químico aos poucos e pelo trabalho de muitos pesquisadores ao longo da história
da humanidade, entre eles R.-A.-F. de Réaumur, H.-L. Duhamel Du Monceau, C.W.
Scheele, C.-L. Berthorllet, A.-L. Lavoisier e outros...
Esse elemento existe em pelo menos sete formas
alotrópicas: grafite(alfa e beta), diamante, lonsdaleíta (diamante hexagonal),
caoíta, carbono(VI) e os fulerenos. Na realidade, são vários os tipos de
fulerenos, alótropos que tem estrutura poliédrica com um átomo de carbono em
cada vértice. Dois exemplos típicos são C60 e C70
Figura
1.
Estrutura do fulereno.
Todas essas formas essas formas alotrópicas do
carbono tem uma estrutura cristalina bem definida. Existem, porém outras formas
de carbono que são amorfas, ou que possuem um baixo grau de cristalinidade; entre
estas estão o negro de fumo (usado em pneus, tintas, papel carbono, etc.), o
carvão comum (de uso doméstico como combustível em churrasqueiras, na
fabricação de filtros etc.) e o coque, usado em siderúrgicas. Cada um destes
tem um conjunto de propriedades físico-químicas.
O diamante e a grafite são as formas mais
importantes de carbono. Atualmente, no Brasil, a grafite é produzida
industrialmente na Bahia, para ser usada em eletrodos industriais. Enquanto o
grafite é m lubrificante, o diamante é extremamente duro. Apesar de poder ser
quebrado facilmente, ele é tão duro que pode riscar qualquer material de maior
dureza conhecido até hoje. O nome diamante parece vir do grego adamas, invencível; termos que já podem
ser encontrados em documentos do século VIIIa.C. Até 1729, todos os diamantes
vinham de Borneo ou da índia. No século XVIII ele passou a ser descoberto no
Ocidente e no Brasil, oferecendo mais uma “razão” para a exploração colonial na
América Latina. Embora haja uma produção substancial de diamantes em garimpos,
essa produção pouco aparece oficialmente, levando-nos a crer que grande parte
da produção brasileira é clandestina.
Bem, essa foi uma pequena explanação sobre o
carbono, um pouco de sua história, onde é utilizado, suas formas alotrópicas,
etc. Espero que tenham gostado, volto qualquer dia trazendo para vocês
apreciadores da química mais. Obrigado.
Referência:
PEIXOTO,
E. A. M. Carbono. Química Nova na
Escola, nº 05, maio, 1997.
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