quarta-feira, 11 de junho de 2014

Carbono (C)

Bolsista:Ricardo Paraguai

Estou aqui mais uma vez para trazer-lhes uma matéria bem interessante, que vai nutrir a fome de conhecimento que eu e todos os bolsistas do blog sabemos que vocês têm.
Bem, essa semana na nossa coluna “CineQuímica” falaremos do Carbono (C), um elemento muito presente em nossas vidas, literalmente falando, 18% do nosso corpo é composto por Carbono. Dando seguimento à semana passada, falaremos da citação de uma propriedade do Carbono citada no anime FullmetalAchemist.
                                 
Em um episódio, Edward Elric acaba por enfrentar Greed (Ganância), um homúnculo muito poderoso, que tem como principal habilidade um tipo de escudo, esse formado por átomos de carbono. Após tomar muitos golpes de Greed, Edward percebe que não adianta continuar a golpea-lo da mesma forma, então analisa a informação dada pelo inimigo durante o combate, que diz que seu corpo é normal, exatamente como o de um humano, porémcom recuperação rápida.


O escudo de Greed formado por carbono tinha seus átomos alocados de uma forma que proporcionava a ele uma dureza absoluta, onde nada penetrava. Porém, Edward com a ajuda da alquimia e conhecimentos químicosconsegue feri-lo. E aproveitando as aberturas deixadas pelo inimigo enquanto o ataca, usa a transmutação para reorganizar os átomos de carbono que compõe o escudo, fazendo com que ele fique tão fraco quanto grafite.
E é justamente desse elemento que vamos falar hoje. Em algumas séries e filmes sãomencionados que “somos formas de vida baseadas em carbono”, isso é uma afirmação totalmente correta.Hoje conheceremos mais um pouco deste elemento tão importante e presente em nossas vidas.
Carbono, o nome foi dado por Lavoisier em 1789, e provém do latim carbo, carvão, (carbone, em Francês). No mesmo ano, A.G. Werner e D.L.G. Haesten propuseram o nome de grafite (da palavra grega para “escrever”) para uma das formas alotrópicas.
Como carvão, o carbono aparecenos mais antigos escritos da humanidade como, por exemplo, na Bíblia.
As escrituras hindus, os Vedas, o Ramayana e o Mahabharata, mencionam o diamante outra forma alotrópica do carbono. Embora conhecido de longa data, o carbono só veio a ser reconhecido como elemento químico aos poucos e pelo trabalho de muitos pesquisadores ao longo da história da humanidade, entre eles R.-A.-F. de Réaumur, H.-L. Duhamel Du Monceau, C.W. Scheele, C.-L. Berthorllet, A.-L. Lavoisier e outros...

Esse elemento existe em pelo menos sete formas alotrópicas: grafite(alfa e beta), diamante, lonsdaleíta (diamante hexagonal), caoíta, carbono(VI) e os fulerenos. Na realidade, são vários os tipos de fulerenos, alótropos que tem estrutura poliédrica com um átomo de carbono em cada vértice. Dois exemplos típicos são C60 e C70

Figura 1. Estrutura do fulereno.

Todas essas formas essas formas alotrópicas do carbono tem uma estrutura cristalina bem definida. Existem, porém outras formas de carbono que são amorfas, ou que possuem um baixo grau de cristalinidade; entre estas estão o negro de fumo (usado em pneus, tintas, papel carbono, etc.), o carvão comum (de uso doméstico como combustível em churrasqueiras, na fabricação de filtros etc.) e o coque, usado em siderúrgicas. Cada um destes tem um conjunto de propriedades físico-químicas.
O diamante e a grafite são as formas mais importantes de carbono. Atualmente, no Brasil, a grafite é produzida industrialmente na Bahia, para ser usada em eletrodos industriais. Enquanto o grafite é m lubrificante, o diamante é extremamente duro. Apesar de poder ser quebrado facilmente, ele é tão duro que pode riscar qualquer material de maior dureza conhecido até hoje. O nome diamante parece vir do grego adamas, invencível; termos que já podem ser encontrados em documentos do século VIIIa.C. Até 1729, todos os diamantes vinham de Borneo ou da índia. No século XVIII ele passou a ser descoberto no Ocidente e no Brasil, oferecendo mais uma “razão” para a exploração colonial na América Latina. Embora haja uma produção substancial de diamantes em garimpos, essa produção pouco aparece oficialmente, levando-nos a crer que grande parte da produção brasileira é clandestina.

Bem, essa foi uma pequena explanação sobre o carbono, um pouco de sua história, onde é utilizado, suas formas alotrópicas, etc. Espero que tenham gostado, volto qualquer dia trazendo para vocês apreciadores da química mais. Obrigado.



Referência:
PEIXOTO, E. A. M. Carbono. Química Nova na Escola, nº 05, maio, 1997.

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