quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CORAÇÃO DE MERCÚRIO


Bolsista: Solange Batista de Sousa Anacleto Reis



MATERIAIS UTILIZADOS
  •          Um pouco de mercúrio (Hg);
  •          Ácido sulfúrico 6,0 mol/L;
  •          Solução de dicromato de Potássio (K2Cr2O7) 0,1 mol/L;
  •          Um vidro de relógio;
  •          Um conta-gotas ou pipeta Pasteur;
  •          Um alfinete de fraldas ou agulha de costura;
  •          Um suporte universal com garras (opcional)
PROCEDIMENTOS
  •          Antes de iniciar o experimento, leia as INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA, que se encontrarão no final desta postagem.
  •          Agora que já sabe a periculosidade de cada substância envolvida nesse experimento, está pronto pra realizá-lo.
  •          Coloque o vidro de relógio em uma superfície plana e despeje uma pequena quantidade de mercúrio dentro dele.
  •          Em seguida, usando o conta-gotas ou a pipeta Pasteur, pingue algumas gotas do ácido sulfúrico sobre o mercúrio.
  •          Agora, também usando o conta-gotas ou pipeta Pasteur, pingue três gotas da solução de dicromato de potássio sobre o ácido sulfúrico.
  •          Usando a ponta do alfinete ou da agulha, toque a superfície do mercúrio, tomando o cuidado de não deixar sua pele entrar em contato com a solução, fazendo uso da garra para segurar o alfinete ou agulha, caso se ache mais prudente.
  •          Faça esse movimento algumas vezes delicadamente e pronto, seu mercúrio começará a pulsar como se estivesse vivo.

 

O QUE ACONTECEU?????
  •          A solução de ácido sulfúrico com o dicromato de potássio promove a oxidação do mercúrio. A partir daí, ao encostar a ponta do alfinete ou da agulha, que é de ferro na gota do mercúrio, os elétrons saem do ferro e passam para o mercúrio. Ocorrendo então uma mudança entre oxidação e redução, o que gera uma alteração na tensão superficial do mercúrio, e o resultado é o movimento que mais parece o pulsar de um coração.
EXPLICANDO!!!!!
  •          Os íons cromato (CrO42-) oxidam o mercúrio metálico a mercúrio (II).
  •          Os íons de mercúrio (II) ao entrar em contato com os íons sulfatos formam uma película insolúvel, o sulfato de mercúrio (HgSO4).
  •          Essa película de sulfato, ou seja, mercúrio com carga positiva diminui a tensão superficial e isso faz com que a gota de mercúrio se torne mais achatada.
  •          Tudo isso é representada pela seguinte reação:
2CrO42-(aq)  +  Hg(l)  +  16H+(aq)  +  3SO42-(aq)    2Cr3+(aq)  +  HgSO4(s)  +  8H2O(l)
  •          No momento em que se encosta o ferro na parte positiva do mercúrio, ocorre então uma transferência de elétrons do ferro para o mercúrio, reduzindo-o a mercúrio “zero”, de acordo com a seguinte reação:  
Fe(s)  +  HgSO4(s)    Fe2+(aq)  +  SO42-(aq)  +  Hg(l)
  •          Durante essa transferência de elétrons ocorre outra mudança na tensão superficial do mercúrio, o que o torna coeso, levando o mercúrio a se afastar do ferro, levando a uma nova oxidação, o que achata a gota mais uma vez e permite que ela encoste novamente no ferro, gerando um ciclo repetitivo.
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA:
  •          O mercúrio metálico e todos os sais de mercúrio são tóxicos por isso deve-se evitar o contato deles com a pele e tomar o cuidado de não respirar seus vapores. Na hora do descarte mais um cuidado deve ser tomado: Não deve ser descartado na pia. Rotule um frasco e guarde os resíduos.
  •          A solução de ácido sulfúrico 6 mol/L é corrosiva, sendo assim deve ser evitado o contato com a pele. Mas, caso ocorre contato, lave bem a região com água corrente imediatamente.
  •          A solução de dicromato de Potássio é tóxica. Seu contato com a pele deve ser evitado e seu descarte não deve ocorrer na pia.
  •          Esse experimento só deverá ser realizado se for possível fazer a reação de maneira totalmente segura.
 
Obs.: Dúvidas, assista o vídeo no site: http://pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=471&CORACAO+DE+MERCURIO Acesso em: 18/10/2011.

REFERÊNCIAS
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/15341/Coracao_de_Mercurio.pdf?sequence=1 Acesso em: 18/10/2011

 

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