sexta-feira, 16 de março de 2012

“POSSÍVEL MUDANÇA EM CORANTE DA COCA-COLA® POR SUSPEITA DE CAUSAR CÂNCER”


Bolsista: Alessandro R. Barbosa
            Oi seguidores e amigos do QUIPIBID! Hoje atualizamos nossa coluna de atualidades com uma reportagem do portal G1, sobre pesquisa americana que afirma que substância encontrada em um corante que é usado na fabricação da coca-cola® seria cancerígena.

NOTÍCIA:

            A fabricante de refrigerante Coca-Cola informou que pode reduzir a quantidade de um químico encontrado no corante caramelo após ele ter sido considerado cancerígeno pela lei do estado americano da Califórnia e por um estudo feito por um grupo de defesa do consumidor nos Estados Unidos.
            Segundo as agências de notícias Reuters e AFP, tanto Coca-Cola quanto Pepsi vão fazer a redução na Califórnia. Ao G1, a assessoria de imprensa da Coca-Cola no Brasil informou que a medida “pode” ser tomada no estado americano, mas afirmou que não se trata de uma alteração na fórmula.
          
  "O corante caramelo utilizado em nossos produtos é absolutamente seguro. Coca-Cola não alterará sua fórmula mundialmente conhecida. Mudanças no processo de fabricação de qualquer um dos ingredientes, como o corante caramelo, não têm potencial para modificar a cor ou o sabor da Coca-Cola. Ao longo dos anos já implementamos outras mudanças no processo de fabricação de ingredientes sem, entretanto, ter alterado nossa fórmula secreta. Continuamos a nos orientar por evidências científicas sólidas para garantir que nossos produtos sejam seguros. O elevado padrão de qualidade e segurança dos nossos produtos permanece sendo nossa mais alta prioridade", disse a Coca-cola, em nota.
            A AmBev, responsável pela Pepsi no Brasil, ainda não se pronunciou a respeito.
A controvérsia envolvendo o corante caramelo é antiga e atingiu seu pico nas últimas semanas. Em janeiro, o químico 4-metil imidazol (4-MI) entrou na lista de substâncias consideradas de risco na Califórnia.
            Nesta semana, um estudo conduzido por um grupo de defesa ao consumidor ( o Centro de Ciência de Interesse Público - CSPI, na sigla em inglês) afirmou que o 4-MI causaria câncer em animais.
            Na pesquisa recente do CSPI, latinhas vendidas em Washington tinham entre 103 e 153 microgramas da substância. A legislação da Califórnia prevê que o limite considerado seguro para o consumo em uma latinha é de 29 microgramas (milionésimos de grama) de 4-MI.
            Pelas normas brasileiras, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o uso da substância na produção de corantes é permitido, “desde que o teor de 4-metil imidazol não exceda no mesmo a 200mg/kg (duzentos miligramas por quilo)”.
            Segundo o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), a substância se mostrou tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg, que é pouco menos que o dobro do limite legal no Brasil.
            A vigilância sanitária dos Estados Unidos (a FDA – Administração de Comida e Drogas, na sigla em inglês), afirmou não acreditar que os refrigerantes causassem um risco real de câncer, mas que iria investigar a acusação do grupo. “Um consumidor teria que consumir bem mais de mil latas de refrigerante por dia para alcançar as doses administradas [dadas aos animais] nos estudos que mostraram relação com o câncer em roedores”, afirmou Doug Karas, porta-voz do FDA.
            Na quinta-feira, ao G1, A Coca-Cola informou em nota que os ingredientes e as quantidades utilizados nos seus produtos “seguem rigorosamente os limites estabelecidos pela ANVISA e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.
            Já a AmBev informou que a PepsiCo faz parte da Associação Americana de Bebidas, que se posicionou oficialmente:
“Isso não é nada mais que uma tática de pavor do CSPI e suas afirmações são ultrajantes. A ciência simplesmente não mostra que o 4-MI em alimentos ou bebidas seja uma ameaça à saúde humana. Na verdade, dados de agências reguladoras em todo o mundo, incluindo o FDA, a Autoridade Européia de Saúde Alimentar e a Saúde Canadá consideram o corante caramelo seguro para uso em alimentos e bebidas. O CSPI alega fraudulentamente que está operando em interesse da saúde pública, quando está claro que sua única motivação é assustar o povo americano”, acusou a associação.
            Bem meus caros amigos e seguidores do quipibid, dando continuidade aos nossos estudos químicos, vamos hoje falar sobre os corantes e pigmentos, que deixam a Química mais colorida, vamos lá?
                Corante é toda substância que, se adicionada à outra substância, altera a cor desta. “Pode ser uma tintura, pigmento, tinta ou um composto químico”.
Atualmente, existem mais de oito mil compostos diferentes no mercado. Essas substâncias podem ser tanto orgânicas como inorgânicas. A maior parte dos corantes fabricados vai para a indústria têxtil, mas as indústrias de artefatos de couro ou de papel, indústrias alimentícias, de cosméticos, tintas e plásticos também são usuários importantes.
            A seguir, vejamos uma tabela com o nome do corante e suas principais características:
Nome do corante
Cor
Origem
Elemento químico que pode ser encontrado
Urucum
Vermelho
Natural
-
colchonilha
Vermelho violeta
Natural
-
Cúrcuma ou açafrão
Amarelo
Natural
-
Clorofila
Verde
Natural
Magnésio


Nesta outra tabela podemos perceber que a Química está presente não só na cor dos alimentos, mas também em muitos outros momentos de nossa vida, vejamos agora alguns pigmentos que são a base de óxidos: 
Cor
Componente
Fórmula
Variações de Cor
Vermelho
 Óxido de ferro III
 α-Fe2O3
Amarelo-azul
Amarelo
Hidróxido de ferro
α-FeOOH
Verde-vermelho
Preto
Óxido de ferro II e III
Fe3O4
Azul-vermelho
Marrom
Óxido de ferro
Misturas

Verde
Óxido de cromo
Cr2O3
Azul-amarelo
Azul
Óxido de cobalto
Co2O4
Vermelho-verde




Espero que tenham gostado e até semana que vem!

Fontes:





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