Bolsista:
Walmira Gomes
Olá
turma do Quipibid!
Vocês
devem saber que os sabões são produzidos através de reações de saponificação, a
partir de óleos e gorduras. Então como é possível o próprio sabão retirar
sujeiras, quando se lava uma vasilha gordurosa? Para entendermos a esta e
outras curiosidades, vamos conhecer um pouco da história dos sabões.
A
fabricação de sabão é considerada uma das práticas mais antigas da civilização,
segundo Feltre, a técnica da saponificação já era realizada antes de Cristo
pelos romanos e fenícios, através do aquecimento de gordura de cabra com cinzas
vegetais, contendo Na2CO3 (carbonato de sódio) e K2CO3(carbonato
de potássio). Contudo, a indústria de sabão se fortaleceu somente no século
XIX, após grandes períodos de experiências práticas e estudos teóricos, pois os
primeiros processos exigiam muita paciência. A fabricação do sabão acontecia
com a mistura de cinza vegetal e gordura animal, e o processo era esperar que
eles se reagissem entre si por um longo período.
O
sabão surgiu progressivamente de misturas de materiais alcalinos e matérias
graxas (com alto teor de gordura), somente mais tarde foi descoberto que se
tratava de uma reação química de saponificação. A revolução na produção de
sabões ocorreu por volta do ano de 1823, quando o químico francês Michel
EugéneChevreul (1742-1889)figura 1, esclareceu a composição química das
gorduras naturais, formulando as bases teóricas das reações químicas envolvidas
na produção de sabão.
Figura 1: Imagem de Michel
EugéneChevreul
Na
reação de saponificação é necessário ter um éster misturado com uma base forte
na presença de água e aquecimento, originando um produto final que é um sal
orgânico e álcool, visto na figura 2. O sal orgânico é o popular sabão e o
éster utilizado provém de um ácido graxo.
Figura
2: Reação de saponificação
O sabão comum, portanto, é um sal de
sódio que contém uma longa cadeia carbônica representada geralmente por 12 a 18
átomos de carbonos, tendo como característica principal na sua longa cadeia uma
extremidade carregada que é atraída pela água (hidrolífica) e a outra pela
gordura (lipolífica).
Figura 3: Fórmula estrutural do
sabão
Os sabões são grandes agentes que
auxiliam nos processos de limpeza, agindo fortemente na eliminação de gorduras,
que é explicada pela sua estrutura. A molécula possui um lado polar que
interage com a água e outro lado apolar, que interage com a gordura, em que
forma partículas que ficam dispersas na água e durante a lavagem são
arrastadas.
Utilizamos os sabões
corriqueiramente para tomar banho e para a higiene da casa, mas por muito tempo
os romanos empregavam os sabões em misturas com aromatizantes para os cabelos,
cosméticos e como cicatrizantes para feridas e queimaduras. O banho não ocorria
com frequência, a limpeza com sabão era apenas utilizada para lavar corpos
homenageados.
Boa leitura, pessoal!
REFERÊNCIAS:
FELTRE,
R. Química Orgânica-1928. 6º edição.
São Paulo: Moderna, 2004. vol. 03. pag. 346 e 347.
SILVA,
R. R. da; BARBOSA, A. B. Xampus, Química
Nova na Escola, nº 2 novembro 1995. Acesso em 18/07/2014.
LAMEGO,
A. P. Disponível em http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/EugenMic.htm
Acesso em 18/07/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário