Bolsista: Luzia Morais dos Santos
Olá
amigos que acompanham as matérias do blog, tudo bem com vocês? Espero que sim. Hoje
vamos disponibilizar algumas informações a respeito do detergente. Aquele amigo
que na hora de lavar as louças nos dão a maior força.
O
nome detergente vem do latim detergere,
que significa “limpar”. E como limpam! Além do perfume agradável e da
praticidade no dia a dia, o mesmo tem um preço acessível a todos, o que faz com
que as pessoas exagerem na sua utilização. No entanto, devemos nos
conscientizar e informar às pessoas que ainda não sabem que este produto pode
sim ser um grande vilão da natureza.
Figura 1: detergentes utilizados na limpeza doméstica. Disponível em: http://www.mktmais.com/2012/03/design-ype-reformula-embalagens-de.html |
Em
1890, o químico alemão A. Krafft descobriu que pequenas cadeias de moléculas
ligadas ao álcool funcionavam como sabão. Mas foi durante a Segunda Guerra
Mundial, devido à falta de gordura para a produção de sabão na Alemanha, que os
químicos alemães H. Gunther e M. Hetzer produziram o primeiro detergente
sintético chamado Nekal. A partir daí o produto foi conquistando consumidores
mostrando sua eficácia.
Sabão
em pedra ou detergente?
O
que difere o detergente do sabão são suas estruturas moleculares. Todos possuem
poder alto limpante e desengordurante. Em geral os detergentes são
biodegradáveis, ou seja, agridem com menos intensidade as águas dos rios. Mas,
nem sempre foi assim.
Os
primeiros detergentes fabricados possuíam uma estrutura ramificada, essas
ramificações não eram e continuam não sendo reconhecidas pelos micro-organismos
existentes na água, fazendo com que os resíduos lançados nos rios e esgotos
permanecessem flutuando, impedindo a oxigenação ocasionando a morte dos animais
aquáticos.
Figura 2: estrutura de um detergente biodegradável Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/quimica/detergente-biodegradavel.htm. |
A
partir de 1965 a fabricação desses produtos foi proibida por agredirem o meio
ambiente aquático. No Brasil isso demorou um pouco mais, em 1976 foi decretado à
proibição levando ainda mais alguns anos para se concretizar. Na figura a
seguir nota-se a diferença na estrutura molecular do produto.
Figura 3: estrutura linear do detergente. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/quimica/detergente-biodegradavel.htm. |
A
estrutura linear do detergente permite que as enzimas produzidas pelos
micro-organismos existentes da água as reconheçam e façam a quebra das
ligações, decompondo-as.
Mas, qual a diferença entre o
detergente e o sabão em pedra?
A
diferença entre os dois pode ser notada pelas estruturas no detergente por
conter sais de ácido sulfúrico (H2 SO4), um ácido forte.
Nos sabões em pedra os sais presentes são derivados de ácidos carboxílicos,
ácidos fracos. O detergente é derivado do petróleo, um recurso energético
fóssil não renovável. Já o sabão é derivado de gordura e óleo, um recurso
renovável. Os dois possuem duas extremidades: apolar e polar que faz com que interajam
com a água e a gordura. A vantagem do detergente é que ele atua em águas duras e
ácidas, já o sabão em pedra não possui essa eficácia.
E o termo água dura?
Esse
termo é utilizado quando há excesso de cátions como Cálcio, Magnésio e Ferro II,
pois impedem a ação do sabão em pedra, dificultando a limpeza.
De
certa forma sabemos que todo produto de limpeza envolve muitos compostos
químicos, sejam eles biodegradáveis ou não, todos prejudicam o meio ambiente se
forem utilizados de maneira abusiva. Então, que tal diminuir a quantidade
utilizada? Algumas gotas são suficientes, não precisa usar a embalagem toda de
uma vez e intercale com o sabão de pedra. A natureza agradece.
Até mais. Espero
ter contribuído com o seu aprendizado.
Referências
Sabões-e-detergentes.pdf.
Disponível
em: http://quimicasemsegredos.com/documents/Teoria/Saboes-e-Detergentes.pdf.
Acesso: 22/03/2015
NETO, O. G. Z; PINO, J. C. D. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul Instituto de Química Área de Educação Química: Trabalhando
a Química dos sabões e detergentes. Disponível em: www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/livros/pdf/sabao.pdf.
Acesso: 22/03/2015
Capítulo I –
Introdução. Disponível
em: ftp://ftp.feq.ufu.br/...%20Projetos%20de%20Graduação/...%20Processos...
Acesso: 22/03/2015. P.1-7
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