Líria Amanda da Costa silva |
Olá pessoal!
Para os que não me conhecem, sou a Líria Amanda, a
nova integrante do Pibid. Mensalmente irei publicar matérias que falam sobre
Compostos Orgânicos, sua origem, suas características químicas, suas aplicações
e etc.
Nesse mês irei falar sobre a ureia, (NH2)2CO.
Classificada como amida por conter o grupo funcional, -N-C=O, é chamada
cientificamente de metanodiamida, um
produto orgânico obtido pelo aquecimento do cianeto de amônio. A ureia é um
produto nitrogenado encontrado no organismo humano e dos animais carnívoros (1).
Foi descoberta em 1773, pelo farmacêutico Hilaire
Rouelle (figura 1), através da urina humana (2-3). Outro
cientista que obteve a ureia pelo aquecimento do cianeto e quem a denominou de
metanomiamida, foi o químico alemão Friedrich Wohler (figura 2), em 1828. Apenas
em 1845, Kolpe (figura 3) denominou de síntese, a produção de compostos
orgânicos por intermédio de compostos inorgânicos, nos quais a ureia é obtida. (1),
(4)
Figura
1: Hilaire
Rouelle. Figura 2: Friedrich Wohler. Figura
3: Hermann
Kolbe.
Figura 4: Estrutura química da ureia.
Características
Químicas e Físicas da Ureia (5):
Estado
físico: Sólido cristalino em forma de Pérolas.
Cor: Branco
Odor: Inodoro
Ponto de ebulição: N. A. (Não
Aplicável)
Ponto de fusão: 132,7
ºC
Densidade livre: 1,34
g/cm3
Peso
molecular: 60,07
Quais
são as áreas de utilização da ureia?
Ø Na
fabricação de painéis aglomerados para pisos laminados de madeira, a ureia é
utilizada na forma de resina juntamente com outros compostos, para a não
transmissão de umidade no material.
Exemplo de
resinas:
·
Antigamente a ureia-formaldeído era a
mais utilizada por causa do baixo custo, mas tinha baixa resistência à umidade.
·
Fenol-formaldeído e melamina-formaldeído
são as mais indicadas, pela alta resistência a umidade.
·
Atualmente os fabricantes optaram pelas
resinas compostas, como
melamina-uréia-formaldeído
e fenol-melamina-uréia-formaldeído, com maior resistência a umidade e custos
mais compatíveis, para a produção em escala comercial (6)
Ø Outro
produto que possui ureia são fertilizantes agrícolas. Esses fertilizantes estão
recobertos de resinas e derivados da ureia, em que são essenciais na liberação
lenta de nutrientes. Dando um fornecimento continuo de nutrientes para as
plantas, ajudando no crescimento e diminuindo os custos da produção (7).
Ø Também
são encontrados, como estabilizadores em explosivos de nitrocelulose, na
alimentação de ruminantes, em condicionadores de cabelos e loções, entre
outros.
Então,
galerinha, estou finalizando esse assunto, espero vou falar sobre outras moléculas
orgânicas, parte significativa da ciência. Espero que tenham gostado, até a
próxima!
Bibliografia
[1]
Aragão. M. História da Química.
Interciência – 2008
[2] Fernandes. É. Estudo de caso do processo de embalagem
de lamivudina+zidovudina (150+300)Mg comprimidos com foco em desperdícios de
tempo.
Rio de Janeiro – 2012. Disponível em: http://www.arca.fiocruz.br/xmlui/bitstream/handle/icict/7769/43.pdf?sequence=2 Acesso
em: 22/ 05/ 2015.
[3] Andreis. F. Caracterização Filogenética de Ureases.
Porto Alegre – 2013. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/78073/000897159.pdf?sequence=1 Acesso em: 22/ 05/ 2015.
[4] Abreu. D. Ureia de Liberação Lenta em Dietas para Vacas Leiteiras Mestiças em
Pasto ou Confinadas. Viçosa – MG – 2010. Disponível em: http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/2/TDE-2011-02-02T064828Z-2836/Publico/texto%20completo.pdf Acesso em: 22/05/2015.
[5] Ficha de Informações sobre
Produtos Químicos Ureia Pecuária. Disponível em: http://www.indukern.com.br/arquivosUp/197_UR%C3%89IA_PECU%C3%81RIA.pdf Acesso em: 22/05/2015.
[6] Produção de Painéis Aglomerados
de Alta Densificação com Uso de Resina Melamina-Uréia-Formaldeído. Disponível
em: http://www.researchgate.net/profile/Jose_Prata/publication/26469231_PRODUCTION_OF_HIGH_DENSITY_PARTICLEBOARD_USING_MELAMINE-UREA-FORMALDEHYDE_RESIN/links/00b7d53be5be122ac1000000.pdf Acesso em: 22/05/2015.
[7] Girardi. E. et al. Emprego de Fertilizantes de Liberação Lenta
da Formação de Pomares de Citros. Disponível em: http://revistalaranja.centrodecitricultura.br/edicoes/7/11/v24%20n2%20art18.pdf
Acesso em: 22/05/2015.
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