Bolsista:
Darlyane Ribeiro
Olá caros
leitores! Você já parou pra se perguntar, até quando devo utilizar o óleo de
cozinha (óleo vegetal)? Caso seja utilizado por várias vezes, o que poderá
acontecer com nosso organismo? O descarte é fácil, apenas deixar ir pelo
esgoto? Qual forma mais correta para descartá-lo e o que acontece quando é jogamos
no ralo? Com certeza muitos não pararam para questionar sobre essa substância tão
utilizada na cozinha. E nem para saber sobre os malefícios causados por ela
quando utilizada de forma irregular e os benefícios ao ser reutilizados.
A correria do dia-a-dia levou a
população a consumir alimentos preparados com maior rapidez, dentre eles está os
alimentos preparados pela fritura. Assim aumentando o consumo do óleo de soja em
grande escala. Este consumo, por muitas vezes não é tratado de forma adequada,
levando os restaurantes, barraquinhas, lanchonetes, entre outros a utilizar o
óleo por várias vezes, prejudicando a saúde dos consumidores, ainda degradando
o meio ambiente ao fazer o descarte irregular do óleo utilizado nas frituras.
Segundo SILVA (2010), citado por PINHEIRO et al, e DORSA
(2008 e 2004). O óleo bruto de soja é consumido em larga escala pela indústria
alimentícia, mas para se tornar próprio para o consumo, o óleo bruto passa pelo
processo de refino, sendo as principais etapas: degomagem (hidratação),
neutralização (desacidificação) e branqueamento (clarificação). Tem como
finalidade a melhora da aparência, odor e sabor do óleo, o que ocorre devido à
remoção das substâncias indesejáveis.[3]
O óleo quando submetido ao
aquecimento em alta temperatura sofre uma alteração térmica. Ao adicionar o
alimento no óleo para ser frito acontece a liberação de água, por parte do
alimento, provocando alteração hidrolítica em seus triglicerídeos, o gás
oxigênio entra em contato com a massa do óleo, provocando oxidação nos ácidos
graxos, assim os sabores e odor desagradáveis se deve a oxidação lipídica. Ou
seja, esses três agentes causam danos à estrutura molecular do óleo, afetando
sua qualidade perdendo seus constituintes naturais e formando compostos
tóxicos, como radicais livres e hidroperóxidos. Estes compostos causam danos à
saúde, aumentando as possibilidades de adquirir uma arteriosclerose, uma doença
que se caracteriza pelo depósito de gordura nas paredes das artérias
obstruindo-a, também possibilitando uma ação carcinogênica. [1],[4],[6]
Para as pessoas que consomem
alimentos preparados por frituras é sempre bom ficar atentos. Os alimentos
feitos em óleos novos, suas características são visíveis, eles ficam mais
claros, crocantes, seu cheiro e sabor são agradáveis.
A forma correta para se fazer o descarte desse óleo utilizado,
não é jogá-lo pelo ralo. Pode ser colocado em um recipiente e descartá-lo junto
com o lixo como mostra a Figura1, ou levá-lo ao ponto de coleta caso exista,
como mostra a Figura 2.
O
óleo que é jogado pelo ralo, causa incrustação nas paredes dos canos levando ao
entupimento e mau cheiro. Caso um cano de tubulação estoura o óleo pode chegar
ao lençol freático contaminando-o, pois apenas um litro de óleo é capaz de
contaminar um milhão de litros de água. Nas estações de tratamento torna
difícil o desempenho dos decantadores e dos biodigestores anaeróbicos,
fabricando muito lodo e espuma.
Quando o óleo chega aos rios, por
possuir uma densidade menor que a da água, ele flutua, assim impossibilita que
o oxigênio e a luz penetrem na água, prejudicando o desenvolvimento dos
organismos plâncton base da cadeia alimentar dos peixes. [2], [5]
Bibliografia:
[1]PEREIRA, Crislene Balbino; et al. Avaliação das características
físico-químicas do óleo de soja utilizado no processo de fritura de linguiças e
empanados de frangos.VII CONNEP. 2012. Disponível em: http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/1631/2864 Acessado dia
06/06/2015.
[2]OLIVEIRA,Breno
Machado Gomes de; SOMMERLATTE, Breno Resende. Planode Gerenciamento Integrado do Resíduo Óleo de Cozinha. Fundação
Estadual do Meio Ambiente :Fundação Israel Pinheiro, 2009. Disponível em: http://israelpinheiro.org.br/wp-content/uploads/2010/12/Oleo-de-cozinha.pdf Acessado dia
06/06/2015
[3]SILVA,
Alessandra Ferreira da. Determinação do Índice de Acidez, Índice de Peróxido
e Índice de Saponificação de Óleo de Soja. Engenharia de alimentos UFG-GO.
2010.
[4]Disponível
em: http://www.sbacv.com.br/index.php/publico/arteriosclerose.html
acessado dia 24/06/2015.
[5]Disponível em: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/54-oleos/2293-o-que-fazer-saiba-como-onde-jogar-fora-descartar-coleta-forma-correta-destino-oleo-cozinha-comestivel-fritura-domestico-velho-usado
soja-risco-saude-poluicao-contaminacao-meio-ambiente-utilidade-dica
reaproveitamento-reciclagem-sabao-caseiro-biodiesel.html
acessado dia 24/06/2014
[6]Os tipos e os efeitos da rancidez oxidativa em alimentos. Revista-fi. 2014
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