Natália Bruna de S. Lourenço |
Bolsistas: Luzia M. Santos |
Olá amigos leitores do blog, hoje vamos
falar um pouco a respeito dos resíduos gerados pelos salões de beleza. A busca
pelos cuidados com a pele, unhas e cabelos aumentam a cada dia, o que faz
crescer o número de produtos para beleza (Figura 1). A moda faz com que mulheres
e homens dediquem boa parte do seu tempo em busca da beleza, muitas vezes de
forma exagerada, mas não tem jeito, o cabelo de hoje com certeza não será o
mesmo depois de uma visita no salão, são cortes, tinturas, alisamentos, enfim,
há uma infinidade de recursos e técnicas para o embelezamento. Mas será que
todos os profissionais deste ramo destinam corretamente os resíduos gerados em
seus salões?
Figura 1: Produtos para embelezamento dos
cabelos.
Fonte:
Disponível em:
http://www.cuiket.com.br/empresa/salao-de-beleza-sensatons_5001498.html
As medidas de biossegurança visam prevenir, minimizar e ou
eliminar os riscos envolvidos no local de trabalho e são elas que propõem a
utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), limpeza adequada a
cada ambiente, higienização e desinfecção a cada processo realizado e
gerenciamento de resíduos, medidas que devem ser seguidas por todos os
estabelecimentos. Os EPI’s obrigatórios devem ser: luvas (látex e tecido), máscaras
com filtro, óculos de segurança, avental de plástico, entre outros. Os riscos
gerados no manuseio podem ser classificados em químicos, biológicos, físicos,
ergonômicos e de acidentes.
Quanto aos resíduos gerados, é de responsabilidade de todos
que trabalham nesta área gerenciarem os resíduos classificando-os corretamente.
São eles: material cortante e perfurante; embalagens plásticas, de vidro e
metais, restos de produtos químicos. Muitos produtos como tinturas e alisantes apresentam
em sua composição química metais pesados como cádmio, chumbo, cromo e arsênio, além
de hidróxido de sódio, tioglicolato de amônia (Figura 2) e
hidróxido de guanidina. Esses produtos quando entram em contato com o solo são
absorvidos pela umidade podendo vir a alcançar os lençóis freáticos. Os
resíduos que vão parar nos ralos nem sempre recebem o devido tratamento,
causando a eutrofização das águas fluviais (fenômeno causado pelo excesso de
nutrientes que provoca o aumento de algas).
Figura 2: estrutura química do tioglicolato
de amônio.
Existem medidas que minimizam o impacto no meio ambiente,
uma delas é acondicionar esses resíduos no local correto e não em lixo comum. Nos
salões as melhores opções são as lixeiras com pedal onde não há o contato com
as mãos.
De acordo com as normas
da vigilância sanitária todo estabelecimento deve ter licença sanitária, e
jamais manipular produtos alterando sua formulação. Portanto, pessoal, o cuidar
da beleza não se limita a uma visitinha no salão, tem todo um cuidado com a saúde
do profissional que manipula os produtos e com o meio ambiente do qual fazemos
parte.
Até
a próxima matéria!
Referências
SOUZA,
N, F. O; NETO, J. L. S. Caracterização
do potencial poluidor por salões de beleza em Palmas-TO. Disponível em: <http://www.catolica-to.edu.br>
CRUZ. L. C. Salão de beleza como
um estabelecimento ecologicamente correto. Disponível em:
<http://www.webartigos.com/artigos/salao-de-beleza-como-um-estabelecimento-ecologicamente-correto/47294/>.
Acesso 13/05/2015.
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