terça-feira, 22 de setembro de 2015

RESÍDUOS DE SALÃO DE BELEZA

Natália Bruna de S. Lourenço
                                                                            
                                                                                                Bolsistas: Luzia M. Santos
          Olá amigos leitores do blog, hoje vamos falar um pouco a respeito dos resíduos gerados pelos salões de beleza. A busca pelos cuidados com a pele, unhas e cabelos aumentam a cada dia, o que faz crescer o número de produtos para beleza (Figura 1). A moda faz com que mulheres e homens dediquem boa parte do seu tempo em busca da beleza, muitas vezes de forma exagerada, mas não tem jeito, o cabelo de hoje com certeza não será o mesmo depois de uma visita no salão, são cortes, tinturas, alisamentos, enfim, há uma infinidade de recursos e técnicas para o embelezamento. Mas será que todos os profissionais deste ramo destinam corretamente os resíduos gerados em seus salões?

Figura 1: Produtos para embelezamento dos cabelos.


Fonte: Disponível em: http://www.cuiket.com.br/empresa/salao-de-beleza-sensatons_5001498.html


          As medidas de biossegurança visam prevenir, minimizar e ou eliminar os riscos envolvidos no local de trabalho e são elas que propõem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), limpeza adequada a cada ambiente, higienização e desinfecção a cada processo realizado e gerenciamento de resíduos, medidas que devem ser seguidas por todos os estabelecimentos. Os EPI’s obrigatórios devem ser: luvas (látex e tecido), máscaras com filtro, óculos de segurança, avental de plástico, entre outros. Os riscos gerados no manuseio podem ser classificados em químicos, biológicos, físicos, ergonômicos e de acidentes.
          Quanto aos resíduos gerados, é de responsabilidade de todos que trabalham nesta área gerenciarem os resíduos classificando-os corretamente. São eles: material cortante e perfurante; embalagens plásticas, de vidro e metais, restos de produtos químicos. Muitos produtos como tinturas e alisantes apresentam em sua composição química metais pesados como cádmio, chumbo, cromo e arsênio, além de hidróxido de sódio, tioglicolato de amônia (Figura 2) e hidróxido de guanidina. Esses produtos quando entram em contato com o solo são absorvidos pela umidade podendo vir a alcançar os lençóis freáticos. Os resíduos que vão parar nos ralos nem sempre recebem o devido tratamento, causando a eutrofização das águas fluviais (fenômeno causado pelo excesso de nutrientes que provoca o aumento de algas).

Figura 2: estrutura química do tioglicolato de amônio.


          Existem medidas que minimizam o impacto no meio ambiente, uma delas é acondicionar esses resíduos no local correto e não em lixo comum. Nos salões as melhores opções são as lixeiras com pedal onde não há o contato com as mãos.
De acordo com as normas da vigilância sanitária todo estabelecimento deve ter licença sanitária, e jamais manipular produtos alterando sua formulação. Portanto, pessoal, o cuidar da beleza não se limita a uma visitinha no salão, tem todo um cuidado com a saúde do profissional que manipula os produtos e com o meio ambiente do qual fazemos parte.

Até a próxima matéria!





Referências
SOUZA, N, F. O; NETO, J. L. S. Caracterização do potencial poluidor por salões de beleza em Palmas-TO. Disponível em: <http://www.catolica-to.edu.br>

ANVISA. Salões de beleza e similares. Disponível em: <http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/cmw>

CRUZ. L. C. Salão de beleza como um estabelecimento ecologicamente correto. Disponível em:

<http://www.webartigos.com/artigos/salao-de-beleza-como-um-estabelecimento-ecologicamente-correto/47294/>. Acesso 13/05/2015. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário