Bolsista:
Líria Amanda
Olá
pessoal!
Imagine como seriam as
plantações de arroz, soja, tomate e outras formas de agricultura, se não
houvesse a existência dos pesticidas? Com certeza haveria uma enorme devastação
nas plantações e, provavelmente, a população sofreria as consequências. Na
matéria passada falamos sobre compostos clorocarbônicos na refrigeração de
ambientes e na conservação dos alimentos. Hoje iremos falar sobre o uso de
pesticidas feitos a partir de compostos clorocabônicos e os malefícios que
trazem aos seres vivos e ao planeta.
Como citamos na matéria
passada o efeito do cloro na camada de ozônio causa danos irreparáveis. Os
pesticidas em que contém cloro são mais eficazes e de grande proveito para a
humanidade, mas sua perduração no meio ambiente produz efeitos danosos.
Dentre os pesticidas mais
eficazes e também de alto risco, encontramos a molécula do DDT (ver figura 1).
Essa molécula é um derivado de 1,1-difeniletano (ver figura 2), no qual o DDT é
uma abreviação do nome diclorodifeniltricloretano.
Figura
1:
A estrutura da molécula 1,1-difeniletano
Fontes: Os
Botões de Napoleão
Figura
2:
A estrutura da molécula DDT.
Fontes: Os
Botões de Napoleão
A molécula de DDT foi
descoberta em 1874, mas somente em 1942 descobriram que possuía efeito
inseticida. Foi utilizada na Segunda Guerra Mundial como pó para combater
piolhos e também para parar com a transmissão do tifo e acabar com larvas de
mosquitos transmissores de doenças.
As preocupações com os
efeitos do DDT sobre o meio ambiente foram surgindo bem antes do aumento de sua
produção, e além dos problemas previstos, o DDT desenvolvia a resistência dos
insetos ao produto. O produto causava sequelas sobre os animais selvagens, principalmente
nas aves de rapina como águias, falcões e gaviões. Nas aves a molécula de DDT
inibe a enzima que fornece cálcio para as cascas do ovo. Assim as cascas dos
ovos ficam frágeis e quebradiças. Quando as aves põem seus ovos, devido ao
efeito do DDT, esses ovos quebram antes de serem chocados. Então, a partir de
1940, foram notados o enorme declínio nas populações de águias, gaviões e
falcões.
Na Guerra do Vietnã foram
utilizados milhões de litros de agente laranja, o qual é uma mistura de dois
herbicidas: 2,4-D e 2,4,5-T, jogados nas áreas do sudeste da Ásia para destruir
as floretas que escondiam os guerrilheiros.
Esses compostos não são
tóxicos, mas seus danos estão envolvidos nos efeitos congênitos, como cânceres,
doenças da pele e doenças do sistema imune, em que afetam até hoje as pessoas no
local atingido.
Outro composto
clorocarbônico bastante utilizado na produção de diversos produtos é o
herbicida desfolhante, conhecido como hexaclorofeno. Seus empregos são na
fabricação de sabões, xampus, loções pós-barba, desodorantes, antissépticos
bucais. E também é usado nas fraldas, talcos e outros produtos infantis, mas
causava danos nos cérebros dos bebês, sendo assim proibido nesses produtos.
Porém, tem grande eficácia no combate de certas bactérias, em acnes e para
limpeza cirúrgica.
A utilização de compostos
clorocarbônicos em diversos produtos, trouxe facilidades para a humanidade. Mas
com o surgimento de danos causados pelo o uso desses compostos, foi preciso
eliminar alguns desses produtos.
Espero que tenham gostado,
até a próxima!
Referências
[1]
COUTEUR. P. BURRESON. J. Os Botões de
Napoleão: as 17 moléculas que mudaram a história. - Rio de Janeiro: Zahar,
2006.
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