Bolsista: Tatiane dos Santos Ferreira
Olá
leitores do blog quipibid!
Hoje
falaremos do mercúrio, e em especial, da sua utilização em lâmpadas.
Você
certamente já ouviu falar sobre a toxicidade do mercúrio, (na coluna de
elementos químicos deste mesmo blog você poderá encontrar mas sobre esse
elemento) pois, esse assunto já é discutido a bastante tempo, e acreditem, até
hoje é desconhecida uma função do mercúrio que seja eficaz para quaisquer
organismos vivos.
A
contaminação de rios, lagos e mares pode ser prejudicial à saúde, pois o
mercúrio se acumula em peixes e traz um grande risco ao ser humano e aos que se
alimentam desses peixes.
Mas
se traz tantos riscos, por que utiliza-lo em lâmpadas?
Figura 1: Lâmpadas de Mercúrio
Fonte: Google Imagens
A
questão aqui é de economia tanto doméstica, quanto comercial e industrial, pois
a eficácia que essas lâmpadas apresentam quando comparadas a outras é bem
superior, por exemplo, se comparada com as incandescentes as lâmpadas que contém
mercúrio possuem energia luminosa de 3 a 6 vezes maior, 80% da redução de
energia, vida útil de 4 a 15 vezes maior, entre outras vantagens. Sendo assim,
podemos destacar que elas diminuem o consumo de recursos naturais para
iluminação, gerando assim menos resíduos.
Porém,
com o aumento da utilização destas lâmpadas surge um novo impasse ambiental, como
descartar as lâmpadas queimadas? Pois o que se sabe é que o mercúrio presente nelas
pode contaminar água, solo, plantas e animais.
Estima-se
que no Brasil são comercializadas 100 milhões dessas lâmpadas por ano, o que
complica ainda mais a questão do descarte. Outro problema relevante é que as
fabricantes são responsáveis por apenas 6% das lâmpadas queimadas em todo o
país, ou seja, a coleta reversa é praticamente nula. Isto porque o custo da
reciclagem e a descontaminação para o gerador de resíduos são muito altos.
Para
descontaminação uma empresa tradicional do ramo cobra entre 0,60 e 0,70
centavos por lâmpada queimada, sem contar diversos custos envolvidos nesse
processo, como transporte, embalagem, entre outros.
Dessa
forma entende-se que as empresas que arcam com os custos da reciclagem, são
muito bem estruturadas, possuindo um programa de controle ambiental mais
elaborado.
O
processo mais utilizado de reciclagem dessas lâmpadas no Brasil envolve duas
fases: na primeira as lâmpadas são implodidas e quebradas em pequenos
estilhaços, nessa fase todos os componentes da lâmpada são separados, sendo
esse processo um processo físico. A segunda fase constitui um processo químico
de separação do mercúrio, e um processo térmico, onde o material é aquecido a
altas temperaturas, depois de tratado o mercúrio recuperado pode ser
reutilizado.
E
por hoje é isto meus amigos. Nos encontramos aqui no próximo mês para tratar de
outro assunto de química presente no dia a dia.
Referências
JÚNIOR,
Walter Alves Durão; WINDMÖLLER, Cláudia Carvalhinho. A questão do mercúrio em
lâmpadas fluorescentes. Revista Química Nova na Escola, n. 28, 2008.
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