terça-feira, 13 de dezembro de 2011

“NOVAS DESCOBERTAS EM MARTE”

Bolsista: Alessandro R. Barbosa
            Oi seguidores e amigos do QUIPIBID! Hoje atualizamos nossa coluna de atualidades com uma reportagem do portal G1, sobre mineral encontrado em Marte que pode ter sido depositado pela água.
Mineral, provavelmente gipsita, encontrado pelo Opportunity no solo de Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Cornell/ASU)

NOTÍCIA:
                O jipe-robô Opportunity, usado pela Nasa para explorar o solo de Marte, encontrou uma trilha de um mineral que parece ter sido depositado pela água. Os cientistas acreditam que a análise do material vai trazer nova compreensão sobre a história dos ambientes úmidos marcianos.  

             O Opportunity foi lançado em 2004, junto a outro jipe-robô, o Spirit, que não está mais em atividade. Os dois já levaram a importantes descobertas sobre o solo do planeta vermelho, revelando que o ambiente pode ter sido favorável ao surgimento de micróbios. 
          A trilha encontrada pelo veículo da Nasa na cratera Endeavour tem entre 1 cm e 2 cm de largura, por algo entre 40 cm e 50 cm de comprimento. O aparelho aponta que o solo tem cálcio e enxofre, e os cientistas acreditam que o mineral seja a gipsita, usada na produção de gesso.          
         “É um depósito químico relativamente puro que se formou no local em que o vemos. Isso não pode ser dito para outras amostras de gipsita em Marte nem para outros minerais relacionados à água que o Opportunity já encontrou. Não é incomum na Terra, mas, em Marte, é o tipo de coisa que faz um geólogo levantar da cadeira”, diz Steve Squyres, da Universidade Cornell, pesquisador do projeto.
Como vocês puderam observar na notícia, mais uma vez o planeta “vermelho” nos surpreende com evidências que nos levam a acreditar que pode ter existido vida por lá. Hoje vamos falar sobre a gipsita, que é um mineral que dá origem ao gesso. Vamos lá!

        A gipsita, mineral abundante na natureza, é um sulfato de cálcio hidratado cuja fórmula química é CaSO4.2H2O, que geralmente ocorre associado à anidrita, sulfato de cálcio anidro CaSO4, que tem pouca expressão econômica.
              A sua composição química média apresenta 32,5% de CaO, 46,6% de SO3 e 20,9% de H2O.  Trata-se de um mineral muito pouco resistente que, sob a ação do calor (em torno de
160oC), desidrata-se parcialmente, originando um semi-hidrato conhecido comercialmente como gesso (CaSO4.½H2O). Os termos “gipsita”, “gipso” e “gesso”, são freqüentemente usados como sinônimos. Todavia, a denominação gipsita é reconhecidamente a mais adequada ao mineral em estado natural, enquanto gesso é o termo mais apropriado para designar o produto calcinado.        

       A gipsita secundária, ou gipsita química, é gerada como sub-produto dos processos industriais de obtenção dos ácidos fosfórico, fluorídrico e cítrico, e da dessulfurização de gases gerados em termelétricas movidas a carvão. A gipsita química proveniente da produção de ácido fosfórico recebe a denominação particular de "fosfogesso", enquanto a resultante da dessulfurização dos gases denomina-se "dessulfogesso".  
         O gesso encontra a sua maior aplicação na indústria da construção civil, embora também seja muito utilizado na confecção de moldes para as indústrias cerâmica, metalúrgica e de plásticos; em moldes artísticos, ortopédicos e dentários; como agente desidratante e como aglomerante do giz.  
Até semana que vem com mais notícias interessantes e envolvendo a Química, é claro.

Fontes:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/12/nasa-encontra-em-marte-mineral-que-parece-ter-sido-depositado-pela-agua.html
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/gipsita.pdf


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