sábado, 3 de dezembro de 2011

Rádio (Ra)

Bolsista: Leonice Paraguai
Olha pessoal! Estou de volta novamente para falar um pouco mais de outro “Elemento Químico”. Hoje vou falar do Rádio (Ra) é um elemento radioativo. A descoberta do rádio em 1898 se deve às pesquisas realizadas sobre o fenômeno da radioatividade por Pierre e Marie Curie, que o detectaram na pechblenda (minério de urânio). O rádio metálico só foi isolado em 1910, quando Marie Curie e André-Louis Debierne conseguiram sintetizar a substância por eletrólise (passagem de corrente elétrica), a partir de uma solução de cloreto de rádio (RaCl2).
A prolongada exposição à radioatividade provocou a morte, por anemia perniciosa, de Marie Curie, uma das descobridoras do rádio. O rádio, de símbolo Ra, é um elemento químico conhecido por suas intensas propriedades radioativas, que faz parte do grupo dos elementos alcalino-terrosos (IIa) da tabela periódica. É um metal brilhante e branco, quando recentemente preparado. Se exposto ao ar, enegrece. Como todos os isótopos do rádio são radioativos e de meia-vida curta em relação ao tempo geológico, todo vestígio de rádio desapareceu há muito tempo. Assim, o elemento só ocorre naturalmente como produto de desintegração nas três séries de desintegração radioativa: do tório, do urânio e do actínio.
Modernamente, o rádio é extraído de vários minerais como a carnotita, de potássio hidratado, além da pechblenda. Após a aplicação de diversos tratamentos químicos, obtêm-se pequenas quantidades de metal, que é utilizado na ionização de gases como o oxigênio para elaborar ozônio. Era empregado na produção de materiais fluorescentes para painéis e mostradores de relógios, até que se descobriu que a exposição ao elemento provocava sérios danos à saúde. Em sua presença, é preciso utilizar materiais protetores que bloqueiam a passagem da radiação.
O sulfato de rádio (RaSO4) já foi muito usado no tratamento de câncer, graças a sua radiação gama que, enfeixada sobre o tecido maligno, o destrói. Em muitas aplicações terapêuticas, no entanto, o radio foi substituído por isótopos artificiais do cobalto 60 e césio 137, mais eficazes e menos dispendiosos.
O rádio apresenta 33 isótopos, porém somente o isótopo 226Ra que surge em função do decaimento do urânio, é estável apresentando meia vida  de aproximadamente 1600 anos.
Na natureza está presente em todos os minérios de urânio, na água do mar em quantidades bastante pequenas. É produzido a partir dos resíduos da purificação do urânio. O rádio é um metal quimicamente reativo capaz de formar inúmeros compostos Ra (OH)2, RaSO4, RaCl, RaNO3 e ligas com os metais de sua família .
A partir de meados dos anos 1920, com a realização dos primeiros congressos internacionais de radiologia e com a edição das primeiras regulamentações trabalhistas nos Estados Unidos, na então Tchecoslováquia e na Alemanha (proteção aos mineiros e aos manipuladores das tintas lu­minosas), o empirismo com que a radioatividade era tratada começou a desaparecer. O início dos anos 1930 marcou o fim da “era do rádio” nos Estados Unidos. Na Europa, os lançamentos de produtos radioativos perduraram até próximo do início da II Guerra Mundial.
No Brasil, o rádio nunca foi produzido, e o alto custo dos tratamentos com sais de rádio restringia o acesso a uma parcela diminuta da população. Por isso, a “era do rádio” praticamente inexistiu por aqui. Contudo, deve-se citar que Marie Curie e sua filha Irène visitaram o país em agosto de 1926, conhecendo o “Instituto do Radium” em Belo Horizonte, primeiro centro destinado à luta contra o câncer no Brasil. Marie Curie proferiu uma conferência sobre a radioatividade e suas aplicações na medicina.
Uma ótima semana para todos e até a próxima semana com mais um “Elemento Químico”.
   Referência
Sais de rádio dão coloração vermelho-carmin à chama, similar àquela exibida pelos sais de estrôncio.

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