quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

“O PÃO FRANCÊS NA MIRA DA ANVISA”

Bolsista: Alessandro R. Barbosa
            Oi seguidores e amigos do QUIPIBID! Hoje atualizamos nossa coluna de atualidades com uma reportagem do portal G1, sobre a recomendação da Anvisa de se utilizar menos sal na fabricação do pão francês.
NOTÍCIA:
            A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um documento que deverá servir de modelo para o preparo de alimentos, com o objetivo de controlar os nutrientes usados na alimentação brasileira e combater doenças crônicas como pressão alta e problemas cardiovasculares. Entre as principais indicações, está a redução do teor de sal no pão francês.                                                     
       Com o nome de Guia de Boas Práticas Nutricionais, o texto está disponível no site da agência.   
         A Anvisa cita dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) para elencar os benefícios da redução do sal na dieta brasileira. A adoção ao guia é voluntária.                                                                                                                                 
        Segundo o órgão ligado às Nações Unidas, a queda no consumo de sal para 5 gramas por dia reduziria em até 10% a pressão arterial dos brasileiros e óbitos por infarto e em 15% os casos de mortes por derrames.                                                               
         Para a Anvisa, essa meta faria a expectativa de vida dos hipertensos aumentar em quatro anos no país, com 1,5 milhão de pessoas sendo dispensadas da necessidade de remédios para controlar a doença.                                            
        Segundo a Anvisa, o pão francês é uma das principais rotas para a entrada do sódio na população brasileira. Encontrado no sal de cozinha comum, o elemento químico pode elevar a incidência de doenças crônicas comuns e não transmissíveis como as cardíacas e as renais.                                                                                                   
         O sal em excesso é misturado com a farinha de trigo usada na produção do pãozinho. Atualmente, cada unidade contém 50 gramas, sendo 320 miligramas de sódio. O objetivo da Anvisa é reduzir esse teor em até 10% em 2014, derrubando para 289 miligramas o volume do elemento químico no alimento.                                            
       No Brasil, o sódio é ingerido acima da recomendação da OMS. Jovens entre 10 e 13 anos consomem o elemento químico além do máximo tolerável. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média do consumo diária de pão é de 53 gramas (pouco mais que um pãozinho).                                                           
O Ministério da Saúde assinou em dezembro de 2011 um termo de compromisso para redução do teor de sódio no pão francês de 2% para 1,8% até 2014. O acordo foi feito junto a órgãos ligados à produção do alimento como as associações brasileiras das indústrias de Alimentação (Abia), de Massas Alimentícias (Abima) e de Panificação e Confeitaria (Abip), além da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo).                                                                          
         Bem, como todos nós sabemos o excesso de sal de cozinha (cloreto de sódio) pode levar a muitas doenças, como já citadas acima na reportagem, isso acontece por causa de um elemento químico, o sódio, que está presente no sal de cozinha. Contudo, esse elemento, ingerido na quantidade correta, é essencial para o nosso organismo. Então vamos ver o aspecto químico do cloreto de sódio?
            Nossas células necessitam de sódio, presente no sal de cozinha, o tempo todo, uma vez que ele é um importante controlador. No transporte ativo, ocorre a passagem de substâncias através das membranas celulares. Este transporte se dá por um mecanismo denominado bomba de sódio, o qual ocorre quando íons como o sódio (Na+) e o potássio (K+) têm que atravessar a membrana contra um gradiente de concentração.         
            Encontramos concentrações diferentes, dentro e fora da célula, para o sódio e o potássio.Na maioria das células dos organismos superiores a concentração do íon sódio é bem mais baixa dentro da célula do que fora desta. O íon potássio apresenta situação inversa, ou seja, a sua concentração é mais alta dentro da célula do que fora.
            Ingerindo de seis a oito gramas de cloreto de sódio por dia, conseguimos manter o equilíbrio do corpo, isto é, um balanço ideal dos nutrientes e de água dentro das células.     
            O Cloreto de Sódio (NaCl), mais conhecido como sal de cozinha, é classificado como sendo um composto iônico cristalino, formado pela ligação de ânions Cl- e cátions Na+.
           No sal de cozinha, além do cloreto de sódio existe uma pequena quantidade de iodeto de sódio (Nal) e de potássio (Kl). Isso previne o organismo contra o bócio ou "papo", doença que se caracteriza por um crescimento exagerado da glândula tireóide, quando a alimentação é deficiente em sais de iodo.                                      
       A influência do sal na pressão arterial está relacionada a uma propriedade desta substância: precisa estar dissolvida em água para agir. Ou seja, quanto mais sal a pessoa ingerir, mais líquidos precisa para dissolvê-lo, sobrecarregando o sistema circulatório.                                                                                                                                 
           Com um consumo excessivo de sal ocorrendo todos os dias, a tendência seria a pessoa inchar indefinidamente. Mas o organismo possui um mecanismo para eliminar o excesso de sal e, junto dele, o excesso de água. O órgão envolvido nesse processo são os rins. O equilíbrio se desfaz, porém, para os que têm problemas renais. Desta forma, o órgão fica sobrecarregado, a pessoa acumula mais líquidos e pode desenvolver fibrose renal e chegar à falência do órgão.
            Então pessoal cuidado com o excesso de sal de cozinha e até a próxima!
Fontes:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/anvisa-recomenda-menos-sal-na-producao-do-pao-frances.html
http://www.brasilescola.com/quimica/sais.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/cloreto-sodio.htm
http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2005ago_qnc_sal.pdf

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