segunda-feira, 11 de junho de 2012

Polônio (Po)


                                                                                                                                                                         Bolsista: Leonice Paraguai
            
Olha pessoal! Mas uma vez estou com vocês, para levar algumas informações sobre outro “Elemento Químico”. Hoje vamos conhecer um pouquinho do Polônio (Po). Pierre e Marie Curie descobriram o polônio em 1898 quando investigaram, por análise radioquímica, a pechebleda (minério de urânio). O polônio é um elemento radioativo, é muito difícil manipular o composto de 210 Po, mesmo em escala de micrograma, devido à intensa radiação alfa e à temperatura a que chega o recipiente que o contém. Por isso, equipamentos e meios de proteção especiais são adotados nos trabalhos com esse isótopo. Há pouco quando o polônio está fora do corpo, pois as partículas alfa têm pouco poder de penetração (inclusive pela epiderme).
Sua introdução no organismo se constitui num problema extramente grave de saúde. Calcule-se que 50 a 90 % do polônio ingerido são eliminados pelas fezes, ficando o restante acumulado principalmente nos rins (60%), fígado, baço e medula óssea. A meia-vida do polônio no organismo humano é de cerca de 50 dias. O polônio inalado ou produzido no decaimento do radônio concentra-se nos pulmões, levando ao câncer pulmonar com o tempo. A quantidade máxima admitida para ingestão de 210 Po é 1.100 Bq (Bq = becquerel é uma desintegração máxima admitida de 210 Po no ar é 10 Bq/m2). O polônio é muito mais tóxico que o HCN (cianeto de hidrogênio).

 O assassinato, em novembro de 2006 em Londres, do dissidente russo Alexander Litvinenko, ex-espião da KGB (Polícia Secreta Russa), foi devido ao envenenamento por 210 Po, o espião perdeu todo o seu cabelo devido o envenenamento e morreu um mês depois. Suspeita-se que a filha do casal Curie, Iréne Joliot Curie, (1897- 1956), morreu devido ao polônio. Dez anos antes de sua morte (leucemia), uma cápsula contendo polônio explodiu numa bancada de seu laboratório, expondo-a contaminação pela toxidade do elemento. O polônio foi o terceiro elemento radioativo identificado (depois do urânio e do tório) e foi um dos motivos que levou Marie Curie a receber o Prêmio Nobel de Química em 1911.
 








A ocorrência de polônio nas faunas e floras terrestre e marinha vem sendo estudada há mais de 30 anos. E nesse contexto que se inserem os trabalhos feitos no Brasil envolvendo esse elemento. Sua presença na biosfera desperta interesse pela possibilidade de bioacumulação em espécies vegetais e animais. Suspeita-se que certos migro organismos podem metilar o polônio, como no caso do Selênio, Telúrio e mercúrio, produzindo compostos organometálicos.

 






Ele é absorvido da água por algas marinhas. Nos vegetais (como o fumo), o polônio pode provir do ar (decaimento do radônio) ou da absorção pelas raízes, concentrando-se principalmente nas folhas mais novas. A presença de polônio em cigarros é bem conhecida desde o inicio dos anos 1960. Estudos demonstraram que mais de 70% do polônio presente no cigarro vai para o tecido pulmonar. Não é por acaso que se observa uma maior quantidade desse elemento nos pulmões de fumantes em relação aos não fumantes, sendo apontado como uma das causas de câncer pulmonar.

Bom pessoal! Estarei de volta na próxima semana com mais um “Elemento Químico”. Uma ótima semana para todos e lembre-se você sozinho não é capaz de mudar o mundo, mas se você fizer sua parte, estará contribuindo para um mundo melhor.



Referência
qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_2/09-EQ0910.pdf



                                                                                                                                                                          

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