Bolsista: Roniel Dos Santos
Olá
seguidores do QUIPIBID! Hoje atualizamos nossa coluna de atualidades com uma
reportagem do portal de notícia G1, sobre um avião agrícola que sobrevoava
escola e intoxicou dezenas de crianças.
Dezenas
de alunos e alguns professores ficaram intoxicados após um avião agrícola
sobrevoar uma escola pública localizada no Assentamento Goiás, na manhã desta
sexta-feira (03 de maio). A aeronave estava realizando o trabalho de combate às
pragas em uma lavoura utilizando um inseticida chamado engeo pleno, segundo
informações do Corpo de Bombeiros. No momento do sobrevoo, 122 crianças
estudavam nas salas de aula, informou o coronel do Corpo de Bombeiros de Rio
Verde, Cléber Cândido.
De acordo
com o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) até o final do dia, 42
crianças tinham sido encaminhadas para o hospital de montividiu intoxicadas. Destas,
28 continuavam internadas até o início da tarde, em estado regular. Segundo o
Samu, diversos alunos estavam vomitando e sentido tonturas e fortes dores de
cabeça, que segundo o órgão, é comum em casos de intoxicação. O samu informou
ainda que as outra crianças e os professores intoxicados foram atendidos no
local e, logo em seguida, liberados. Alguns foram socorridos pelos próprios
pais e moradores da região.
O
agrotóxico engeo pleno, não poderia ser usado em aviões. A informação é do
delegado regional de Rio verde, Danilo Carvalho, que apreendeu a nota fiscal do
produto utilizado. Segundo ele, pelas leis ambiental e de utilização de
agrotóxicos, o inseticida só pode ser aplicado via terrestre. O delegado
explicou também que o receituário agronômico do veneno é bem claro ao dizer que
ele não pode ser pulverizado de forma aérea, somente pelo chão. “mesmo assim,
tomando todas as medidas de precaução para evitar que ele pudesse contaminar e
trazer risco a saúde de qualquer ser humano”, explicou.
Produtos
químicos utilizados na agricultura para controlar pragas e doenças de plantas,
os agrotóxicos são consequentemente os responsáveis pelo aumento da produção
agrícola. Entretanto podem causar doenças e intoxicações se forem utilizados
sem os cuidados necessários.
Dos cerca
de 115 elementos químicos atualmente, 11 podem estar presentes nas formulações
dos agrotóxicos dentre eles: bromo (Br), carbono(C), cloro (Cl), enxofre(S),
fósforo(P), hidrogênio(H), nitrogênio(N) e oxigênio (O). A toxicidade dessas
substâncias também pode variar de acordo com o modo de administração, e os
rótulos dos produtos são identificados por meio de faixas coloridas, sendo que
a faixa vermelha é referente ao
agrotóxico extremamente tóxico; amarela:
altamente tóxico; azul: mediamente
tóxico e verde: pouco tóxico.
A
aplicação incorreta de agrotóxicos pode causar efeitos agudos e crônicos nos
organismos vivos. A magnitude dos efeitos depende da toxicidade da substância,
da dose, do tipo de contato e do organismo. Os efeitos agudos são aqueles que
aparecem durante ou após o contato da pessoa com os agrotóxicos, já os efeitos
de exposição crônica podem aparecer semanas, meses e até anos após o período de
contato.
Um marco importante para a Química foi a descoberta da atividade
inseticida do 1,1,1-tricloro-2,2-di(ρ-clorofenil) etano em 1939, conhecido como
DDT. Esse inseticida foi utilizado pela primeira vez em 1943, durante a Segunda
Guerra Mundial, para combater piolhos que infestavam tropas norte-americanas na
Europa e que transmitiam uma doença chamada tifo exantemático.
O DDT é classificado como um organoclorado, composto por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e cloro (Cl). Outros exemplos de inseticidas organoclorados desenvolvidos nessa época são aldrin, dieldrin, heptacloro e toxafeno. As principais características dos organoclorados são: insolubilidade em água; solubilidade em líquidos apolares como éter, clorofórmio e, consequentemente, em óleos e gorduras, o que ocasiona o acúmulo do DDT no tecido adiposo dos organismos vivos; e alta estabilidade, pois demora muitos anos para ser degradado na natureza devido à baixa reatividade das ligações químicas presentes no composto em condições normais.
Espero que vocês tenham gostado,
bons estudos e até a próxima!
Referências:
1. qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/03-QS-02-11.pdf
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