Bolsistas:
Walmira Gomes
Olá galera do Pidid! Vamos conhecer
um pouco a história dos corantes?
A grande tarefa dos químicos do século XIX
constitui em extrair dos resíduos indesejáveis das fábricas de carvão os
espessos alcatrões de hulha, a malva, a fusteína, o vermelho Magenta, o azul da
Prússia, o amarelo auramina, o verde ácido e o indigo. Longe de ser uma busca
solitária, o fabrico dos corantes sintéticos é uma tarefa coletiva que mobilizam
várias equipes e várias gerações de químicos. Em particular, a síntese dos
corantes artificiais era impensável sem o conhecimento dos corantes extraídos
dos vegetais, nomeadamente sem os trabalhos de Chevreul, que os isolou e
analisou sistematicamente. Então, o aperfeiçoamento dos corantes sintéticos
passa pela expansão da indústria dos gases e por um enorme esforço de
investigação dos produtos de destilação da hulha: análises sistemáticas dos
alcatrões de hulha realizadas na primeira metade do século XIX permitiram a
descoberta da naftalina em 1820, do antraceno em 1832, do fenol em 1834, do
benzeno, da anilina e do tolueno. Em 1865, foi descoberta a estrutura do
benzeno por Kekule (Balard, 1862, p. 213).
A história dos corantes sintéticos
começa em Londres em 1856, envolvendo três gerações sucessivas de corantes. Por
um lado, desenrola-se uma longa batalha com os elementos, para estabelecer
reações complexas e variar os processos de fabrico; por outro lado, com os
concorrentes, para conquistar os mercados, renovar constantemente as cores
propostas e baixar os preços. Estes quarenta anos de história definiram um novo
perfil da química: a indústria fina, estreitamente ligada à investigação.
William Henry Perkin (1838-1907), jovem
assistente de Hofmann no Royal College of Chemistry de Londres, abriu caminho
para o primeiro corante sintético.
Enquanto Perkin, realizava estudos para obter
quinina (usada no tratamento da malária), sua intenção era oxidar a
alitoluidina (C10H12N, um derivado da anilina), para posterior formação de
quinina. Por sorte do destino, seu experimento não foi bem sucedido, e o
resultado? Ao tentar limpar “a sujeirinha” que fez, com álcool, notou que o
sólido produzido na reação se dissolvia e deixava o álcool roxo. Mal sabia que
o que tinha em suas mãos seria o primeiro corante sintético, uma descoberta de
enorme importância para as indústrias têxtil e química.
Parkin instala uma fábrica em Greenford Green.
Parkin e consegue não só encontrar métodos apropriados para
realizar as diferentes reações necessárias para a transformação do alcatrão de
hulha em malva, como também preparar um acústico para tingir algodão e lã.
O novo corante encontra adeptos, quer
nos meios industriais, onde beneficia o impulso da indústria têxtil, quer no
meio acadêmico, onde beneficia da pesquisa sistemática em química orgânica. Industriais
franceses produzem o corante de Perkin com o nome de “malva”. A malva virou a
cor da moda naquele ano e em questões de dias a fama do corante se espalhou, o
que resultou em uma grande demanda.
Boa leitura!
Referências:
Stengers, Isabelle
/Bensaude-Vincent, Bernadette. História
da Química, Coleção-Histórias e Biografias. Instituto Piaget, 1992.
-http://www.brasilescola.com/quimica/william-perkin.htm.
-http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/william-perkin/william-perkin.php
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