segunda-feira, 20 de maio de 2013

CORANTES NA INDÚTRIA TÊXTIL



   Bolsistas: Walmira Gomes

    Olá galera do Pidid! Vamos conhecer um pouco a história dos corantes?
    A grande tarefa dos químicos do século XIX constitui em extrair dos resíduos indesejáveis das fábricas de carvão os espessos alcatrões de hulha, a malva, a fusteína, o vermelho Magenta, o azul da Prússia, o amarelo auramina, o verde ácido e o indigo. Longe de ser uma busca solitária, o fabrico dos corantes sintéticos é uma tarefa coletiva que mobilizam várias equipes e várias gerações de químicos. Em particular, a síntese dos corantes artificiais era impensável sem o conhecimento dos corantes extraídos dos vegetais, nomeadamente sem os trabalhos de Chevreul, que os isolou e analisou sistematicamente. Então, o aperfeiçoamento dos corantes sintéticos passa pela expansão da indústria dos gases e por um enorme esforço de investigação dos produtos de destilação da hulha: análises sistemáticas dos alcatrões de hulha realizadas na primeira metade do século XIX permitiram a descoberta da naftalina em 1820, do antraceno em 1832, do fenol em 1834, do benzeno, da anilina e do tolueno. Em 1865, foi descoberta a estrutura do benzeno por Kekule (Balard, 1862, p. 213).


    A história dos corantes sintéticos começa em Londres em 1856, envolvendo três gerações sucessivas de corantes. Por um lado, desenrola-se uma longa batalha com os elementos, para estabelecer reações complexas e variar os processos de fabrico; por outro lado, com os concorrentes, para conquistar os mercados, renovar constantemente as cores propostas e baixar os preços. Estes quarenta anos de história definiram um novo perfil da química: a indústria fina, estreitamente ligada à investigação.

    William Henry Perkin (1838-1907), jovem assistente de Hofmann no Royal College of Chemistry de Londres, abriu caminho para o primeiro corante sintético.
 Enquanto Perkin, realizava estudos para obter quinina (usada no tratamento da malária), sua intenção era oxidar a alitoluidina (C10H12N, um derivado da anilina), para posterior formação de quinina. Por sorte do destino, seu experimento não foi bem sucedido, e o resultado? Ao tentar limpar “a sujeirinha” que fez, com álcool, notou que o sólido produzido na reação se dissolvia e deixava o álcool roxo. Mal sabia que o que tinha em suas mãos seria o primeiro corante sintético, uma descoberta de enorme importância para as indústrias têxtil e química.
 Parkin instala uma fábrica em Greenford Green. Parkin e consegue não só encontrar métodos apropriados para realizar as diferentes reações necessárias para a transformação do alcatrão de hulha em malva, como também preparar um acústico para tingir algodão e lã.   
                                                                                                           
    O novo corante encontra adeptos, quer nos meios industriais, onde beneficia o impulso da indústria têxtil, quer no meio acadêmico, onde beneficia da pesquisa sistemática em química orgânica. Industriais franceses produzem o corante de Perkin com o nome de “malva”. A malva virou a cor da moda naquele ano e em questões de dias a fama do corante se espalhou, o que resultou em uma grande demanda.

     Boa leitura!

Referências:
Stengers, Isabelle /Bensaude-Vincent, Bernadette. História da Química, Coleção-Histórias e Biografias. Instituto Piaget, 1992.
-http://www.brasilescola.com/quimica/william-perkin.htm.
-http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/william-perkin/william-perkin.php

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário