segunda-feira, 20 de maio de 2013

PLÁSTICO: UM LIXO QUE SUFOCA O NOSSO PLANETA


Bolsista: Andressa Guimarães


O impacto do lixo no meio ambiente.

Facilmente moldável, resistente, impermeável, de baixo custo, o plástico, sem dúvida, é um material indispensável hoje em dia. Em nome da praticidade, porém, ele é utilizado em embalagens e produtos descartáveis. Como não se degrada facilmente no meio ambiente - leva séculos para se decompor, ele polui o solo e, principalmente os oceanos, formando verdadeiros entulhos na natureza. Nos mares, a massa plástica dificulta a troca de oxigênio da atmosfera com a água, o que causa a morte dos animais, ao consumir pedaços de plástico, por engano.
O combate ao uso excessivo das sacolas plásticas não é exclusividade de algumas cidades brasileiras. Nos últimos anos, nações de todos os continentes aboliram ou restringiram o uso ou a distribuição dos sacos plásticos em seu território. Esta tendência vem se confirmando não somente nos países desenvolvidos, mas também em nações pobres, como Tanzânia, Ruanda e Somália, em que a proibição do plástico se tornou uma questão de saúde pública.
Mesmo países que nunca se preocuparam com o problema, como os Estados Unidos, China e Japão, tem se esforçado para acabar com os sacos plásticos em suas redes de comércio, cada um à sua maneira.

Embora não haja nenhum plano global ou modelo, ao longo dos anos os países foram criando as suas próprias legislações contra o uso desenfreado das sacolas plásticas, que vão desde leis estaduais ou federais, restrições de uso, planos de conscientização ou até mesmo a prisão.
Um dos exemplos de maior sucesso é o da Irlanda, que praticamente extinguiu o uso de sacolas plásticas aplicando um tributo sobre cada unidade que é usada. Conhecido como Plas Tax, o imposto criado em 2002 cobra uma taxa de 22 centavos de euro por sacola utilizada e somente em seu primeiro ano de funcionamento reduziu o consumo em 90%, praticamente excluindo o plástico no país, mesmo sem proibir sua circulação.
As campanhas de conscientização são uma das alternativas mais usadas, adaptando-se a cada realidade. No Chile, na Alemanha e na Suécia, os comerciantes são incentivados a sugerir aos clientes alternativas de substituição do plástico, como sacolas de pano, caixas e outros materiais retornáveis. Na Somália, as pessoas voltaram a utilizar cestas e caixas. Já na França, as empresas que produzem sacolas biodegradáveis têm incentivos federais para produzir mais.
Outros países adotam posturas mais radicais para impedir a distribuição dos sacos plásticos. Na Índia, os infratores são punidos com cadeia. Em Ruanda, pertences que estiverem em sacos plásticos são confiscados.
A proibição formal, uma medida adotada em muitos países, nem sempre pode barrar a demanda crescente de plástico. Um exemplo que ilustra esta situação é o caso de Bangladesh, que proibiu a distribuição e venda das sacolas por conta da sujeira acumulada em seus bueiros, mas voltou atrás oito anos depois, e hoje os sacos poluem novamente as ruas do país.
No Brasil, embora ainda não haja uma lei nacional, capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa e Palmas já aprovaram leis que proíbem a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos caixas, e outras oito capitais, além dos estados do Maranhão e do Rio, já aprovaram leis estaduais que prevêem a substituição do plástico por materiais biodegradáveis.
O plástico é um dos materiais mais encontrados nos aterros sanitários e, por isso mesmo, um sério problema ambiental, por causa de sua alta resistência: podem durar séculos sem se decompor. De sacolinhas de supermercados a utensílios cotidianos, peças de automóveis, embalagens de produtos variados e garrafas PET, cerca de 20% do nosso lixo doméstico é composto por plásticos.
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) - uma associação sem fins lucrativos que incentiva a reciclagem entre as empresas – só em 2010, 5,9 milhões de toneladas de resinas plásticas foram consumidas pelos brasileiros. Só de garrafas PET foram nada menos que 505 mil toneladas. Esses dados mostram como é importante consumir esse material com consciência e encaminhá-lo à reciclagem, sempre que possível. Confira a seguir, a principais questões sobre a reciclagem do plástico, respondidas por especialistas no setor.

Tipos de reciclagem de plástico:
Primária ou pré-consumo – Feita com plásticos de resíduos industriais, livres de sujeira ou contaminação.
Secundária ou pós-consumo – Plásticos das mais diversas origens e resinas (são mais de 40 tipos diferentes) que são recolhidos de lixões e aterros sanitários.
Terciária – Transformação dos resíduos plásticos em produtos químicos, gases e até óleos combustíveis utilizados em diversos setores da produção industrial.

Referência

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