Bolsista:
Andressa Guimarães
Atualmente
fala-se muito em ecologia, citando-se como principais problemas a poluição e a
degradação do meio ambiente. No que diz respeito à matéria, a humanidade dispõe
apenas da matéria que encontra no planeta Terra. Como sabemos, pela Lei de
Lavoisier, a matéria não pode ser criada, apenas transformada;
consequentemente, a humanidade, para garantir sua sobrevivência, só pode
transformar os materiais já existentes na Terra.
Quando
falamos em reciclagem a maioria das palavras que vem a nossa cabeça é papelão,
vidros, ou qualquer tipo de metal. Entretanto o que talvez muitos não saibam é
que os resíduos orgânicos, também conhecidos como lixo úmido, também podem ser reciclados,
sendo transformados, em muitos casos, em adubo.
Por
ano, 22 milhões de toneladas de alimentos têm um destino certo: os aterros
sanitários. Quando abandonados a céu aberto, os resíduos orgânicos se
transformam em chorume, líquido que contamina as águas subterrâneas. Além
disso, devido ao processo de decomposição, o lixo orgânico produz gás metano
(CH4), que é extremamente nocivo à camada de ozônio. Como se não bastasse, esse
tipo de dejeto atrai animais como ratos e diversos tipos de insetos, propiciando
a propagação de doenças.
O
volume de alimentos que se joga fora no Brasil daria para alimentar,
aproximadamente, 30 milhões de pessoas por ano. Além do que sobra no prato do
brasileiro, o desperdício começa no campo e se agrava no transporte de frutas,
legumes e verduras, bem como nos seus respectivos armazenamentos inadequados.
Além disso, existe toda a questão ambiental, já que para cada quilo de alimento
descartado nos aterros sanitários são emitidos 400 gramas de gás na atmosfera.
Já nas composteiras, locais onde o lixo orgânico sofre o processo de
decomposição de forma controlada, a emissão cai para quatro gramas por quilo,
ou seja, cem vezes menos.
A Vide Verde produz cerca de 30 toneladas de adubo orgânico por mês.
A
Vide Verde foi uma das primeiras empresas a acreditar no potencial do lixo
orgânico como fonte de renda, iniciando suas atividades em 2007. Atualmente, a
companhia tem faturamento mensal de 100 mil reais e atende a cerca de 30
grandes clientes. “A Vide Verde produz aproximadamente 30 toneladas de adubo
por mês, que são distribuídos para o estado do Rio de Janeiro. Já temos o
interesse de outros estados pelo nosso produto. Começamos nossa operação em
Resende (Rj). Atualmente, já temos mais uma planta em operação, localizada em
Magé (Rj), que entrou em funcionamento em 2010”, conta Marcos Rangel,
diretor comercial da empresa Vide Verde.
Para
cada dez quilos de lixo orgânico, é gerado um quilo de adubo, conforme explica
o diretor comercial. A empresa criou um processo próprio de aceleração da
compostagem do lixo orgânico, que requer misturá-lo à palha, tendo como
elemento fundamental a adição de um catalisador específico, feito à base de
lactose e algumas leveduras.
Referência
Química,
Ricardo Feltre. -6. Ed.- São Paulo: Moderna- pag. 70
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