segunda-feira, 3 de junho de 2013

Alumínio: um elemento reciclável

Bolsista: Andressa Guimarães

Atualmente, milhões de toneladas de alumínio são gastas no mundo inteiro para fabricar recipientes (“latas”) de refrigerantes, cervejas, água e outras bebidas. A utilização do alumínio nesse tipo de indústria deve-se principalmente ao fato de ele ser leve, não-tóxico, inodoro, insípido e um bom condutor de calor, o que permite ao líquido contido nessas “latas” ser resfriado rapidamente.
O grande inconveniente da utilização do alumínio para esse fim é que anualmente milhões de toneladas desse metal vão para o lixo, causando, além da sujeira no meio ambiente, um significativo desperdício para a sociedade de consumo. Não podemos nos esquecer também de que o alumínio é extraído de um recurso finito, que é o mineral bauxita.
            Sem dúvida, a melhor solução para resolver esses problemas causados pelo desperdício das “latinhas” de alumínio é a reciclagem.
            Nos últimos anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial em reciclagem de latas de alumínio. Em 2006, o país reaproveitou 94,4% do alumínio consumido. O Japão ficou em segundo com 90,9%, seguido pela Argentina, com 88,2%.
Os dados são publicados e atualizados pela Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e pela Associação da Indústria de Latas (Abralatas). O Brasil conseguiu formar um ciclo permanente de reciclagem e reaproveitamento do alumínio contido nas latinhas.

A reciclagem de alumínio representa uma importante economia de energia  para as indústrias. O processo de reciclagem consome 700 kw/h ao ano, o que representa 5% a menos em comparação ao gasto na fabricação que abrange os processos de elaboração inicial do alumínio, de transformação da bauxita em alumina e a finalização do material em barras de alumínio.
A economia de energia elétrica alcançada com o processo de reciclagem daria para abastecer uma cidade do tamanho de Campinas – SP. No outro extremo, o ciclo de reciclagem gera oportunidades de ganho financeiro e de mercado para os catadores de latinha e para as cooperativas. A latinha catada nas ruas rende por unidade mais do que o quilo do papel e das garrafas pet.
A cada 74 latinhas recolhidas, o catador recebe cerca de 3 reais, enquanto que pelo quilo de papel, recebe 10 centavos; por 20 garrafas pet de 2 litros, recebe 0,30 centavos.
Estima-se que o alumínio pode levar de 100 a 500 anos para se degradar por completo na natureza, enquanto que o ciclo da reciclagem o elimina em 30 dias.
O alumínio é uma material 100% reciclável, e seu reaproveitamento elimina a necessidade de emissão de CO2 na atmosfera pela produção. A emissão cai para 5% no processo de reciclagem.
A reciclagem é feita em dez etapas, por possuir um valor residual mais elevado torna-se uma fonte de renda mais atrativa em comparação ao plástico e ao papel. A sucata de alumínio vale 33 vezes a mais do que o aço e, 55 vezes a mais, do que o vidro.



Esquema da reciclagem do alumínio


Referencias:

Química na abordagem do cotidiano/ Francisco Miragaia Peruzzo (Tito), Eduardo Leite do Canto.- 4.ed.-São Paulo: Moderna, 2006


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