Bolsista: Andressa
Guimarães
Atualmente,
milhões de toneladas de alumínio são gastas no mundo inteiro para fabricar
recipientes (“latas”) de refrigerantes, cervejas, água e outras bebidas. A
utilização do alumínio nesse tipo de indústria deve-se principalmente ao fato
de ele ser leve, não-tóxico, inodoro, insípido e um bom condutor de calor, o
que permite ao líquido contido nessas “latas” ser resfriado rapidamente.
O
grande inconveniente da utilização do alumínio para esse fim é que anualmente
milhões de toneladas desse metal vão para o lixo, causando, além da sujeira no
meio ambiente, um significativo desperdício para a sociedade de consumo. Não
podemos nos esquecer também de que o alumínio é extraído de um recurso finito,
que é o mineral bauxita.
Sem dúvida, a melhor solução para resolver esses
problemas causados pelo desperdício das “latinhas” de alumínio é a reciclagem.
Nos últimos anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no
ranking mundial em reciclagem de
latas de alumínio. Em 2006, o país reaproveitou 94,4% do alumínio
consumido. O Japão ficou em segundo com 90,9%, seguido pela Argentina, com
88,2%.
Os
dados são publicados e atualizados pela Associação Brasileira de Alumínio
(Abal) e pela Associação da Indústria de Latas (Abralatas). O Brasil conseguiu
formar um ciclo permanente de reciclagem e reaproveitamento
do alumínio contido nas latinhas.
A
reciclagem de alumínio representa uma importante economia de energia para
as indústrias. O processo de reciclagem consome 700 kw/h ao ano, o que
representa 5% a menos em comparação ao gasto na fabricação que abrange os
processos de elaboração inicial do alumínio, de transformação da bauxita em
alumina e a finalização do material em barras de alumínio.
A
economia de energia elétrica alcançada com o processo de reciclagem daria para
abastecer uma cidade do tamanho de Campinas – SP. No outro extremo, o ciclo de
reciclagem gera oportunidades de ganho financeiro e de mercado para os
catadores de latinha e para as cooperativas. A latinha catada nas ruas rende
por unidade mais do que o quilo do papel e das garrafas pet.
A
cada 74 latinhas recolhidas, o catador recebe cerca de 3 reais, enquanto que
pelo quilo de papel, recebe 10 centavos; por 20 garrafas pet de 2 litros,
recebe 0,30 centavos.
Estima-se
que o alumínio pode levar de 100 a 500 anos para se degradar por completo na
natureza, enquanto que o ciclo da reciclagem o elimina em 30 dias.
O
alumínio é uma material 100% reciclável, e seu reaproveitamento elimina a
necessidade de emissão de CO2 na atmosfera pela produção. A emissão cai para 5%
no processo de reciclagem.
A
reciclagem é feita em dez etapas, por possuir um valor residual mais elevado
torna-se uma fonte de renda mais atrativa em comparação ao plástico e ao papel.
A sucata de alumínio vale 33 vezes a mais do que o aço e, 55 vezes a mais, do
que o vidro.
Esquema da
reciclagem do alumínio
Referencias:
Química
na abordagem do cotidiano/ Francisco Miragaia Peruzzo (Tito), Eduardo Leite do
Canto.- 4.ed.-São Paulo: Moderna, 2006
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