Bolsista: Leonice Paraguai
Olha galerinha do blog! Na matéria
de hoje vamos conhecer as características de outro elemento químico, o Disprósio
(Dy). Muitos de vocês não devem conhecê-lo, pois ele não é muito citado, mas
vamos ao que interessa, vamos nutrir nossos neurônios com conhecimento
científico!
O disprósio é metal que foi
descoberto no ano de 1886 pelo cientista francês Boisbaldran, porém só foi isolado
no ano de 1950 pela Speeding& Associados, com o desenvolvimento de técnicas
metalográficas através de redução e troca iônica. O seu nome disprósio é
originado da palavra grega dyprositos, que significa difícil de
chegar.
O disprósio forma diversos
compostos tais como: óxido,
hidróxido, nitrato, hidreto, carbonato, acetato, haletos, oxalato e sulfato,de
acordo com alguns exemplos de reações:
Reação do disprósio com ácido sulfúrico:
2Dy(s) + 3H2SO4(l) Dy2(SO4)3(s) + 3H2(g)
Reação do disprósio com água:
Dy(s) + 3H2O(l) Dy (OH)3 + 3/2H2(g)
O
disprósio ocorre em minerais como xenotima, fergusonite, policrase, euxinite,
blomstrandine, porém como a maioria das terras raras, ocorre na presença dos
minerais monazitas e bastnasitas. O metal é obtido com maior grau de pureza a
partir da redução do fluoreto de disprósio com cálcio metálico. Segundo a
reação:
As utilizações do disprósio são limitadas, porém alguns usos mais frequentes
que se dão em virtude do metal possuir características físico-químicasinteressantes
para da indústria são:
Ø Em função do alto ponto de fusão e inércia
química, é utilizado na metalurgia de aços inoxidáveis especiais para
fabricação de revestimento para reatores nucleares, e na fabricação de
equipamentos resistentes a altas temperaturas.
Ø Outro ponto importante é a formação de liga com o
níquel, utilizado em sistemas de refrigeração para reatores nucleares, além de
possuir capacidade de absorção de nêutrons, com Fe +Nd + B.Forma
liga especial com alto poder magnético e uso em cerâmicas especiais.
Ø Em combinação com Vanádio e o Cádmio,e outros
elementos das terras raras, tem sido utilizado na fabricação de equipamentos
emissores de infravermelho no estudo de reações químicas.
O Brasil, mesmo tendo
sido produtor de terras-raras, não apresenta, no momento, grandes reservas de
terras-raras, conforme dados do Departamento Nacional de Produção Mineral –
DNPM (Andrade, 2010). Apresenta, no entanto, depósitos com grande potencial de
produção de minerais contendo terras-raras (Loureiro, 1994). Atualmente,
existem alguns projetos minerais em andamento ou análise. Na área de pesquisa e
desenvolvimento, existem instituições de destaque envolvidas com a temática.
Apesar de importantes iniciativas, é clara a falta de uma política industrial
para os terras-raras no Brasil.
Por hoje é só pessoal! Boa leitura e até o próximo Elemento Químico!
Referências
RIBEIRO, Paulo Cesar. Terras-raras: Elementos Estratégicos Para o Brasil,
Consultor Legislativo de área XII,
Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos,
fevereiro de 2012. Brasília, DF.
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