quinta-feira, 25 de setembro de 2014

LAVOISIER E A QUÍMICA MODERNA

Bolsista: Walmira Gomes



Olá galerinha do blog!
Vocês devem conhecer a famosa frase, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”,que se originou da Lei da Conservação da Massa ou da Lei de Lavoisier. Então vamos falar de um grande cientista que revolucionou a história da química, com suas inúmeras contribuições.
O químico francês, Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794), figura 1,nasceu em Paris no dia 26 de agosto, filho do advogado Jean-Antoine Lavoisier e de Emilie Punctis, que veio a falecer quando ele tinha cinco anos. Lavoisier estudou em ótimas escolas e formou-se em direito, mas interessou-se cedo pela ciência, em particular pela química. Isso contribuiu para o título de fundador da Química Moderna (FIGUEIRAS, 2007).
Em 1765, aos 22 anos, Lavoisier recebeu uma medalha de ouro da Academia das Ciências por seu projeto de iluminar as ruas de Paris, após vários testes com combustíveis e lanternas, usando sua experiência com azeite de oliva. Logo em seguida, recebeu outros prêmios por apresentar um trabalho sobre o gesso e sua hidratação, e também pela colaboração que prestou ao atlas mineralógico da França. 



Com apenas 25 anos de idade, Lavoisier passa a ser membro da Academia de Ciências e nesse mesmo ano, compra ações de uma sociedade privada, a FermeGénérale, em que cobrava impostos, gerando para si riquezas, assim como a antipatia da população.
Em seus estudos sobre reações químicas, Lavoisier determinou a Lei da Conservação das Massas, ao concluir que, num recipiente fechado em que ocorre uma reação química a massa dos produtos é igual à massa dos reagentes, ou seja, a massa permanece constante. Um exemplo é a reação da formação da água, H2O, que contém oxigênio e hidrogênio. Se 16 gramas de oxigênio reagem com 2 gramas de hidrogênio, forma-se 18 gramas de água H2O, conforme animação presente na figura 2.


Portanto, pode-se concluir que:
“Numa reação química existe a conservação da massa, porque não ocorre nem criação nem destruição de átomos. Os átomos são conservados, apenas se rearranjam. Os agregados atômicos dos reagentes são desfeitos e novos agregados atômicos são formados”. Logo, a frase famosa de Lavoisier nada mais é do que o resumo desta conclusão.
Lavoisier publica em 1789 um livro intitulado de TraitéÉlementairedeChimie (Tratado Elementar de Química), nele continha textos modernos de química, no qual apresentava uma nomenclatura moderna para os elementos químicos e discussões sobre química teórica.
Dentre as inúmeras contribuições para a revolução da química, demonstrou que a combustão é uma forma de reação química, e que para ela acontecer, é necessário um constituinte do ar, o que nomeou de oxigênio, derrubando a teoria do flogístico. Mostrou que a água é um composto de oxigênio e hidrogênio, denominando as regras das combinações químicas. Estabeleceu que compostos orgânicos contêm carbono, hidrogênio e oxigênio. Podemos destacar também, a comprovação de que qualquer substância pode existir nos estados sólido, líquido e gasoso. Realizou o primeiro experimento da área de termoquímica em um calorímetro, e outros sobre a teoria dos ácidos (NEVES, 2001).
Por sua profissão de cobrador de impostos, Lavoisier fez grandes inimigos, o que resultou em uma condenação de morte em 1794. Seu último pedido foi ter mais duas semanas para terminar alguns experimentos, sendo então negado pelo juiz, que relatou que a ”A república não precisa de sábios”.
Antoine Laurent de Lavoisier foi guilhotinado em 8 de maio de 1794. Comentado pelo matemático Joseph Louis Lagrange, que:
“Bastou um momento para fazer rolar essa cabeça, mas talvez cem anos não serão suficientes para produzir outra semelhante” (CHASSOT, 2004).
Boa leitura, pessoal!

REFERÊNCIAS:
NEVES, L. S. das; FARIAS, R. F. de. História da Química Um livro texto para a graduação. Campinas- SP: Editora Átomo, 2001, p. 54 – 57.
FIGUEIRAS, C. A.L. Lavoisier: O estabelecimento da química moderna. São Paulo: Odysseus Editora, 2007, p. 32- 35, 38 e 39.
CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos.São Paulo: Moderna, 2004,p. 174- 178, 181.

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