Bolsista: Roniel Francisco
Olá pessoal do QUIPIBID, nessa semana, na coluna de atualidades, vamos falar um pouco sobre uma matéria do portal G1, exibida dia 15/11/13, que relata o surgimento do cachorro doméstico na Europa, há pelo menos 19 mil anos atrás. Mas como identificar aproximadamente a idade dos fósseis encontrados?
Notícia:
Uma análise detalhada de DNA apontou que
os cães modernos surgiram na Europa entre 19 mil e 32 mil anos atrás.
Pesquisas anteriores haviam sugerido, no
entanto, que a origem do melhor amigo do homem seria o leste asiático ou o
oriente médio. O debate sobre qual teoria é verdadeira, não deve terminar tão
cedo. Todos concordam, porém, que os cães se originaram dos lobos.
Durante um longo processo, os cães foram
domesticados e se mostraram úteis para caçar e proteger seus donos.
O DNA dos cães modernos mostrou grandes
semelhanças com as espécimes de antigos cachorros europeus e também com o dos
lobos europeus modernos.
Um dos responsáveis pelo estudo disse
que agora há três possíveis hipóteses sobre as origens dos cães e que o tipo de
lobo que deu origem a esses animais domésticos já foi extinto. (fonte:Notícia)
Entendendo como se determina a idade de
um fóssil
Primeiramente
vamos esclarecer o que são isótopos. Duas espécies dizem-se isótopos quando
apresentam mesmo número atômico e diferem no número de massa, ou seja,
apresentam maior ou menor número de nêutrons.
No
caso do carbono existem inúmeros isótopos, sendo que os mais famosos vão do 8
até 22. Os isótopos mais abundantes e mais importantes são o 11, 12, 13 e 14 (ver
figura abaixo). O fato de serem os isótopos mais importantes deve-se ao fato
dos seus tempos de meia-vida serem grandes, no caso do 11 o tempo de meia-vida
é de aproximadamente 20 minutos e o 14 cerca de 5700 anos.
ALGUNS ISÓTOPOS DO CARBONO 12
O carbono-12, por ser um isótopo estável, não
é radioativo e por ser o mais abundante está envolvido em toda a química
orgânica. Já o isótopo de carbono-14 é usado na datação radioativa, em que é
possível determinar a idade de certos compostos orgânicos e inorgânicos através
da medição da atividade deste isótopo. No carbono-14 a meia-vida ou período de
semidesintegração é de 5700 anos, ou seja, este é o tempo necessário para uma
determinada massa deste isótopo instável decair para a metade da sua massa. Logo,
se tivéssemos 10 g de carbono-14, daqui a 5700 anos teríamos 5 g desse mesmo
elemento.
Datação
radioativa
O método usado
para determinar a idade de um fóssil é chamado de datação radioativa, se baseia
no fenômeno da radioatividade, descoberto no final do século XIX. A
radioatividade faz os átomos perderem partículas (prótons ou nêutrons) na forma
de radiação, causando variação no seu número de massa ou em seu número atômico.
No caso de fósseis de seres vivos, costuma-se usar carbono 14 (com seis prótons
e oito nêutrons) para fazer a datação. O carbono 14 emite radiação, perdendo
dois nêutrons e se transformando em carbono 12. Em 5.700 anos, certa quantidade
de carbono 14 ficará reduzida à metade, sendo a outra metade transformada em carbono-12.
Por isso, esse tempo é chamado de meia-vida.
A química está presente nesse processo, mais
precisamente o elemento carbono. A datação de um fóssil pode ser feita com base
no percentual já conhecido do carbono-14 em relação ao carbono-12 da matéria
viva.
O carbono-14 é formado continuamente na atmosfera
e é resultante do processo de bombardeio de raios cósmicos. Ele entra no
processo de fotossíntese e em consequência disso todos os seres vivos possuem
em sua composição geral certa porcentagem de carbono-14, ainda que em pequena
quantidade.
Quando o ser vivo morre inicia-se uma diminuição
da quantidade de carbono-14, devido a sua desintegração radioativa. Os
cientistas então, se baseiam no cálculo comparativo entre a quantidade habitual
encontrada na matéria viva, e aquela que foi descoberta no fóssil, determinando
assim a idade do mesmo.
Espero que tenham gostado, bons estudos e até a
próxima.
Referências:
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