Bolsista
Luzia M. dos Santos
Olá
amigos do blog, hoje vamos falar dos elementos químicos metálicos,
especificamente dos metais pesados.
Mas afinal o que é um metal pesado?
O
termo metal pesado é utilizado para os metais que possuem densidade superior a 5,0
g/cm3 (sólido e líquido) e g/l(gás).Os metais são ótimos condutores
de eletricidade e calor. Possuem um brilho metálico característico, são
maleáveis e dúcteis, com tendência a formar cátions.
Alguns
metais estão presentes nas pilhas e baterias de celulares.
A energia química das pilhas e baterias gera energia elétrica para o
funcionamento dos produtos eletrônicos. Alguns dos elementos que compõem pilhas
e baterias são: mercúrio, cádmio, cobre, chumbo, zinco, níquel, manganês e
lítio. A energia química da pilha que é convertida em energia elétrica resulta
do processo de redução-oxidação. Atualmente há vários tamanhos e modelos
de pilhas e baterias disponíveis para o consumo, podendo ser definidas em
primária (Figura 1) e secundárias. A pilha secundária ou
bateria (acumulador) é recarregável e são utilizadas nos celulares e
computadores portáteis (Figura 2).
Atualmente
utilizamos as pilhas secas, aquelas que contêm NH4 Cl (cloreto de
amônio), um sal ácido. O nome de pilha seca advém do fato de que, antes da sua
descoberta, por George Leclanché, em 1866, as pilhas usadas serem feitas em
recipientes com soluções aquosas (pilhas de Daniell).
Existem também as pilhas alcalinas,
essas mais duráveis e também mais caras. Ela contém NaOH (hidróxido de sódio),
um bom condutor eletrolítico que libera energia rapidamente ao dispositivo,
indicadas para aparelhos que necessitam de energia com descargas rápidas e
fortes.
A pilha primária, uma vez descarregada, deve ser
descartada porque sua reação é irreversível.Normalmente são as utilizadas nos
controles remotos, rádios, lanternas etc.
Nossas casas foram invadidas por vários aparelhos
que utilizam esse tipo de fonte de energia, e na maioria das vezes não
descartamos de forma correta. Os metais presentes nesses produtos sofrem
redução e oxidação, esse processo em contato direto com o solo apresenta níveis
consideráveis de toxicidade para o meio ambiente. Uma vez expostos ao sol,
vento, chuva e umidade eles se oxidam e os invólucros de proteção se rompem,
indo para o lençol freático seus resíduos tóxicos.
Os
riscos do contato com metais pesados são vários, citaremos
exemplos de três deles.
Chumbo:
Afeta os sistemas neurológico, nervoso central, digestivo e reprodutor, entre
outros. Esse metal é um sério risco à saúde ocupacional quando não são tomadas
medidas de controle do ambiente.
Manganês:
Em pequena quantidade é importante para o organismo. Em excesso, causa
disfunções do sistema neurológico, resultando em alguns tipos de casos de mal
de Parkinson. Pode ainda provocar gagueira e insônia. É um dos principais
elementos constituintes das pilhas comuns (zinco-carbono e alcalinas) e aparece
ainda na pilha Li/MnO2, usada em câmeras digitais.
Zinco:
Embora seja um micronutriente essencial à dieta humana, o excesso no organismo
provoca tosse, fraqueza, dor generalizada, febre, náusea, vômito. Promove
alterações no quadro sanguíneo e problemas pulmonares. É, juntamente com o
manganês, um dos componentes principais das pilhas alcalinas e zinco-carbono.
Depois de ficarmos cientes dos
malefícios que esses metais podem nos causar é importante que cada um faça sua
parte, descartando pilhas e baterias não reutilizáveis nos pontos de coleta da
sua cidade. Sea sua cidade não dispuser desses pontos seja você o primeiro a tomar
essa atitude, por que a maioria desses rejeitos vai parar nos aterros
sanitários sem nenhum cuidado.
Até próxima pessoal.
Bons estudos!
Referências
BAIRD, Colin; CANN, Michael. Química Ambiental. – 4. Ed.
- Porto Alegre: Bookman, p. 685- 688, 2011.
GRUNKRAUT,
Melanie. Pilhas e Baterias. Coopermiti. Disponível em: <www.coopermiti.com.br/.../9e05fe429f0156e01a8554c828f30493.
pdf.> Acessado no dia 25/09/14 às 20h38min
VAITSMAN, Enilce Pereira; VAITSMAN, Delmo Santiago.
Química e Meio Ambiente: Ensino
contextualizado. – Rio de Janeiro: Interciência, 2006. – (Interdisciplinar; 4).
P. 45-46.
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