terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Química forense: Morte por afogamento

Bolsista: Adriele Cristina Tobias

Olá amigos do quipibid!                                                        
  
Todos nós sabemos que a água é fonte de vida, e é provavelmente o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana. Apesar de ser essencial ao nosso organismo, porém em excesso pode trazer danos prejudiciais a nossa saúde.
Segundo a Sebrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), 6500 brasileiros morrem afogados anualmente no Brasil. O afogamento é uma das principais mortes de crianças e jovens no país. Veja os dados a seguir.



Dados gerais no Brasil em 2012
2a causa geral de óbitos entre 1 a 9 anos
3a causa na faixa de 10 a 19 anos
4a causa na faixa de 20 a 25 anos
6a causa na faixa de 25 a 29 anos
6.369 brasileiros (3.3/100.000 hab) morreram afogados



  O mecanismo típico de morte por afogamento é causado por anoxia cerebral irreversível em função de um longo período de hipóxia, ou seja, pode definir-se o afogamento como morte resultante de um conjunto de fenômenos bioquímicos relacionados com a penetração do líquido através do nariz e da boca “inundando” a árvore respiratória. Isso provoca a asfixia por déficit de oxigenação de sangue nos pulmões.

Figura 1. Esquema das etapas de um afogamento.
Existem dois tipos de afogamento, o seco e o molhado. O molhado é associado a respiração de líquido, tem pior diagnóstico e representa 85% dos afogamentos fatais, já o seco não apresenta aspiração pulmonar de líquido devido ao espasmo da musculatura da laringe. Cerca de 10% dos óbitos ocorrem por asfixia verdadeira. As vítimas que não aspiram líquido geralmente respondem melhor o tratamento, quando resgatadas a tempo.
Alguns indicadores químicos e bioquímicos, no que se refere a química do sangue têm sido usados para se determinar as causas do afogamento. O teste de hemodiluição e diluição da ureia ou das proteínas foi um dos considerados válidos, porém a hemodiluição só é eficaz para cadáveres recuperados nas primeiras 24 horas, já o outro foi desconsiderado por alguns autores por falta de especificidade e sensibilidade devido a fatores como fenômenos auto líticos e putrefativos.
        Esses fenômenos estão ligados a auto digestão dos tecidos e órgãos por enzimas próprias (autólise), tem como características amolecimento da suprarrenal, relaxamento dos esfíncteres, bolhas gasosas no fígado, pulmões e baço e forte odor putrefativo. Na fase gasosa da putrefação o corpo tem um aumento de volume devido a formação de gases, e a pele torna-se de cor verde. O aumento do volume provoca a protusão da língua, os olhos ficam saliento devido ao acumulo de gases proveniente da decomposição, em
 


Referências
Sobrasa (sociedade brasileira de salvamento aquático). Disponível em: http://www.sobrasa.org/new_sobrasa/arquivos/Perfil_2014/AFOGAMENTOS_Boletim_Brasil_2014.pdf. Acesso em 15/10/2015
FARIAS B.A.C. Diatomáceas no contexto da investigação das mortes por afogamento. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/26034/2/Diatom%C3%A1ceas%20no%20contexto%20da%20investiga%C3%A7%C3%A3o%20das%20mortes%20por%20afogamento%20-%20DISSERTA%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em 15/10/2015

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