Tatiane
dos Santos Ferreira
Olá
amigos do QUIPIBID!
Venho hoje tratar de um
assunto que foi bastante polêmico há uns anos atrás: A utilização do Bisfenol A
ou (BPA), produto químico muito empregado na produção de plásticos do tipo policarbonato
e resinas epóxi.
O Bisfenol A é um composto
transparente, fácil de ser processado, leve e altamente resistente a impactos;
suas características físico-químicas são semelhantes ao vidro, porém bem mais
forte.
Com todos esses atributos o (BPA) passou a ser muito utilizado na
produção de materiais plásticos, em especial do Policarbonato (Figura 1) que pode
ser encontrado em CDs, janelas de segurança, vidros à prova de bala,
mamadeiras, brinquedos, coberturas, divisórias e em diversos utensílios
domésticos.
Figura 1: Reação de Condensação do
Policarbonato
Como podemos observar na Figura 1, o policarbonato é um polímero
resultante da reação de condensação do fosgênio e do Bisfenol A. A reação
ocorre da seguinte forma:
O Fosgênio que é nosso primeiro reagente
(COCl2) reage com o Bisfenol A (C15H16O2)
para formar o policarbonato, que consequentemente é o nosso produto. Por ser
uma reação de condensação há a eliminação do HCl, pois como sabemos em uma
reação de condensação sempre há eliminação de moléculas pequenas, tais como:
HCN, HCl, NH3 ou moléculas de água que não farão parte do polímero
que nesse caso é o Policarbonato.
Mas com tantas vantagens em sua utilização qual será a polêmica por trás
dessa substância?
Há alguns anos atrás surgiram diversas especulações sobre os riscos por
trás da utilização do BPA, pois alguns estudos indicavam que essa substância
poderia ser cancerígena.
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2010 a Organização
Mundial da Saúde se reuniu com especialistas para discutir sobre estes riscos
apontado se concluíram que em altas doses o BPA pode causar sérios problemas à saúde,
outros poucos estudos alertaram para seu risco também em doses baixas.
Foi então que por precaução, o Brasil, entre outros países,decidiu proibir
a utilização da substância nas mamadeiras, pois consideram que os bebês são os
usuários mais expostos. Sendo assim, desde Janeiro de 2012
mamadeiras em policarbonato não podem ser vendidas no Brasil.
Referências
BESERRA, Marli Rocha et al.
O Bisfenol A: Sua Utilização e a Atual Polêmica em Relação aos Possíveis Danos
à Saúde Humana. Revista Eletrônica TECCEN. Vassouras. 2012.
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