quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

BISFENOL A

Tatiane dos Santos Ferreira 

Olá amigos do QUIPIBID!
Venho hoje tratar de um assunto que foi bastante polêmico há uns anos atrás: A utilização do Bisfenol A ou (BPA), produto químico muito empregado na produção de plásticos do tipo policarbonato e resinas epóxi.
O Bisfenol A é um composto transparente, fácil de ser processado, leve e altamente resistente a impactos; suas características físico-químicas são semelhantes ao vidro, porém bem mais forte.
Com todos esses atributos o (BPA) passou a ser muito utilizado na produção de materiais plásticos, em especial do Policarbonato (Figura 1) que pode ser encontrado em CDs, janelas de segurança, vidros à prova de bala, mamadeiras, brinquedos, coberturas, divisórias e em diversos utensílios domésticos.

Figura 1: Reação de Condensação do Policarbonato


Como podemos observar na Figura 1, o policarbonato é um polímero resultante da reação de condensação do fosgênio e do Bisfenol A. A reação ocorre da seguinte forma:
  O Fosgênio que é nosso primeiro reagente (COCl2) reage com o Bisfenol A (C15H16O2) para formar o policarbonato, que consequentemente é o nosso produto. Por ser uma reação de condensação há a eliminação do HCl, pois como sabemos em uma reação de condensação sempre há eliminação de moléculas pequenas, tais como: HCN, HCl, NH3 ou moléculas de água que não farão parte do polímero que nesse caso é o Policarbonato.
Mas com tantas vantagens em sua utilização qual será a polêmica por trás dessa substância?
Há alguns anos atrás surgiram diversas especulações sobre os riscos por trás da utilização do BPA, pois alguns estudos indicavam que essa substância poderia ser cancerígena.
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2010 a Organização Mundial da Saúde se reuniu com especialistas para discutir sobre estes riscos apontado se concluíram que em altas doses o BPA pode causar sérios problemas à saúde, outros poucos estudos alertaram para seu risco também em doses baixas.
Foi então que por precaução, o Brasil, entre outros países,decidiu proibir a utilização da substância nas mamadeiras, pois consideram que os bebês são os usuários mais expostos. Sendo assim, desde Janeiro de 2012 mamadeiras em policarbonato não podem ser vendidas no Brasil.
  
Referências

BESERRA, Marli Rocha et al. O Bisfenol A: Sua Utilização e a Atual Polêmica em Relação aos Possíveis Danos à Saúde Humana. Revista Eletrônica TECCEN. Vassouras. 2012.


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