sábado, 27 de fevereiro de 2016

Química forense: Exame de DNA

Bolsista: Adrielly


Olá amigos do quipibid!

Você sabe o que é DNA?
O DNA é usado para armazenar a informação genética que permite a perpetuação da espécie. O original inglês “DNA” é um acrônimo para DeoxyriboNucleic Acid (em português, ficaria ADN, referente a Ácido DesoxirriboNucléico) e com ajuda de outras espécies bioquímicas, como enzimas, ele é responsável pela hereditariedade. Nele são guardadas as informações genéticas, como característica física e metabólica do ser humano. Embora haja uma grande semelhança, um indivíduo nunca terá o mesmo DNA de outro indivíduo, nem mesmo em caso de irmãos gêmeos idênticos; e essa pequena diferença (cerca de 0,1 % do ADN) é essencial para a ciência forense, como forma de identificação humana.  Os ácidos nucléicos de ADN e ARN são polímeros constituídos por nucleotídeos. Este por sua vez possui uma estrutura comum: um açúcar, um grupo fosfato e uma base nitrogenada (Figura 1).

                                             Figura 1: Esquema da estrutura de um nucleotídeo


       No ADN os nucleotídeos são formados por um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada, que pode ser uma purina (Adenina e Guanina) ou uma pirimidina (Timina e Citosina), conforme pode ser visto na Figura 2.
                      

                  Figura 2 – Os componentes estruturais dos nucleotídeos do ADN.
Se uma molécula de ADN humano pudesse ser extraída da sua forma natural, ela teria aproximadamente dois metros de comprimento. O ADN pode ser encontrado em sua maioria no núcleo celular, organizado na forma de cromossomos (normalmente 22 pares autossômicos e um par de cromossomos do sexo (X e Y)). Cada cromossomo é formado por uma única molécula de dupla hélice de ADN condensada com proteínas básicas, chamadas histonas. A esse conjunto é dado o nome de nucleossomo.
Na tabela 1 temos a relação da uantidade de ADN que pode ser extraída em função do tipo de amostra.

Tabela 1 – Quantidade aproximada de ADN coletado de amostras. [Adaptado de                 RUMJANEK e RINZLER, 2001]. 

Amostras (tecidos e fluidos corporais)
Quantidade recuperada
1 ml de sangue
20 a 40
Manchas de sangue seco em 1 cm2
200 ng
1 ml se sêmen
150 a300 ng
1 fio de cabelo(contendo bulbo capilar)
1 a 75 ng
1 ml de saliva
1 a 10

De maneira geral, as técnicas de extração consistem em desnaturar as proteínas que envolvem o ADN. Para isto, utiliza-se uma gama de espécies químicas. Por exemplo, a mistura de clorofórmio, álcool e fenol. Outra forma consiste em utilizar uma solução de cloreto de sódio, que separa os sistemas em uma fase sólida e uma fase líquida, onde nesta última se encontra o ADN.
Os métodos de extração variam de acordo com o tipo de evidencia coletada. Em princípio, qualquer tipo de tecido ou fluido biológico pode ser utilizado como fonte de ADN, uma vez que são formados ou possuem células. Isso torna possível realizar o exame de ADN em pequenas manchas de sangue ou sêmen, células da mucosa bucal (presas a cigarros, por exemplo), fios de cabelo (com bulbo), fragmentos de pele, etc.
Até a próxima postagem!

Referências
CHEMELLO. E. Ciência forense: exame de ADN. Disponível em http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2007mar_forense4.pdf. Acesso em 18/01/2016


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