quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Mercúrio nas lâmpadas!

Bolsista: Tatiane dos Santos Ferreira

                                                          
Olá leitores do blog quipibid!
Hoje falaremos do mercúrio, e em especial, da sua utilização em lâmpadas.
Você certamente já ouviu falar sobre a toxicidade do mercúrio, (na coluna de elementos químicos deste mesmo blog você poderá encontrar mas sobre esse elemento) pois, esse assunto já é discutido a bastante tempo, e acreditem, até hoje é desconhecida uma função do mercúrio que seja eficaz para quaisquer organismos vivos.
A contaminação de rios, lagos e mares pode ser prejudicial à saúde, pois o mercúrio se acumula em peixes e traz um grande risco ao ser humano e aos que se alimentam desses peixes.   
Mas se traz tantos riscos, por que utiliza-lo em lâmpadas?
                       Figura 1: Lâmpadas de Mercúrio
Fonte: Google Imagens


A questão aqui é de economia tanto doméstica, quanto comercial e industrial, pois a eficácia que essas lâmpadas apresentam quando comparadas a outras é bem superior, por exemplo, se comparada com as incandescentes as lâmpadas que contém mercúrio possuem energia luminosa de 3 a 6 vezes maior, 80% da redução de energia, vida útil de 4 a 15 vezes maior, entre outras vantagens. Sendo assim, podemos destacar que elas diminuem o consumo de recursos naturais para iluminação, gerando assim menos resíduos.
Porém, com o aumento da utilização destas lâmpadas surge um novo impasse ambiental, como descartar as lâmpadas queimadas? Pois o que se sabe é que o mercúrio presente nelas pode contaminar água, solo, plantas e animais. 
Estima-se que no Brasil são comercializadas 100 milhões dessas lâmpadas por ano, o que complica ainda mais a questão do descarte. Outro problema relevante é que as fabricantes são responsáveis por apenas 6% das lâmpadas queimadas em todo o país, ou seja, a coleta reversa é praticamente nula. Isto porque o custo da reciclagem e a descontaminação para o gerador de resíduos são muito altos.
Para descontaminação uma empresa tradicional do ramo cobra entre 0,60 e 0,70 centavos por lâmpada queimada, sem contar diversos custos envolvidos nesse processo, como transporte, embalagem, entre outros.
Dessa forma entende-se que as empresas que arcam com os custos da reciclagem, são muito bem estruturadas, possuindo um programa de controle ambiental mais elaborado.
O processo mais utilizado de reciclagem dessas lâmpadas no Brasil envolve duas fases: na primeira as lâmpadas são implodidas e quebradas em pequenos estilhaços, nessa fase todos os componentes da lâmpada são separados, sendo esse processo um processo físico. A segunda fase constitui um processo químico de separação do mercúrio, e um processo térmico, onde o material é aquecido a altas temperaturas, depois de tratado o mercúrio recuperado pode ser reutilizado.
E por hoje é isto meus amigos. Nos encontramos aqui no próximo mês para tratar de outro assunto de química presente no dia a dia.


Referências
JÚNIOR, Walter Alves Durão; WINDMÖLLER, Cláudia Carvalhinho. A questão do mercúrio em lâmpadas fluorescentes. Revista Química Nova na Escola, n. 28, 2008.

  



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