Bolsista: Líria
Amanda
Olá Pessoal!
Alguém já ficou curioso para
saber as funções das vitaminas em nosso organismo? Se você tem vontade de
conhecer melhor sobre as vitaminas hoje estarei abordando sobre a vitamina K e
suas funções.
A vitamina K foi descoberta
em 1929, por Henrik Dam, em estudos feitos com galinhas. Ele conseguiu observar
uma hemorragia nas aves caracterizada por uma dieta sem gorduras. Depois em
1935, Dam descobre uma substância solúvel em gordura (lipossolúveis), sendo denominada vitamina K,
responsável pela coagulação do sangue. Em 1939, Dam e Doisy isolaram a vitamina
K da alfafa (ver figura 1).
Figura
1: Estrutura
da vitamina K
Fonte:
Revista Nutrição.
As
fontes alimentares da vitamina K são alimentos de origem animal e vegetal, com
a maior concentração nas folhas verdes escuras. Há quatro tipos de vitamina K, a filoquinona (K1), a dihidrofiloquinona
(dK), a menaquinona (K2) e a menadiona (K3).
A vitamina K1 é a mais abundante e
pode ser encontrada em vegetais, hortaliças e em óleos vegetais. Já a
dihidrofiloquinona (dK) é formada durante a hidrogenação dos óleos vegetais. A
vitamina K2 é sintetizada por bactérias e pode ser encontrada em
alimentos cárneos e em alimentos fermentados. Agora, a vitamina K3 é
sintetizada e convertida em vitamina K2 pelo intestino. [1]
A
principal função da vitamina K é sua atuação como coenzima (é uma molécula
orgânica que se liga a uma enzima para facilitar a reação enzimática). As
enzimas são macromoléculas capazes de acelerar uma reação que ocorrem em
sistemas biológicos através da catálise na síntese de várias proteínas
envolvidas na coagulação do sangue e no metabolismo ósseo. Na saúde a vitamina
K tem papéis importantes, como na prevenção de doenças crônicas, entre elas, a
osteoporose e a doença cardiovascular.
O
processo de absorção da vitamina K no organismo é feita pelo intestino delgado
e transportada pelas vias linfáticas. Para que seja absorvida pelo intestino
precisa de “um fluxo normal de bile
e suco pancreático, além de um teor adequado de gordura na dieta, e alguns
fatores podem interferir na absorção, como a fisiologia do indivíduo, doenças
específicas, má absorção gastrintestinal, secreção biliar, estado nutricional,
ingestão insuficiente das fontes dessa vitamina, uso de anticoagulantes
cumarínicos, nutrição parenteral total (NPT) e ingestão de megadoses de
vitaminas A e E (antagonistas da vitamina K)”.
A
recomendação diária para a ingestão de vitamina K está demonstrada na tabela a
seguir.
Tabela
1:
Ingestão recomendada de vitamina K
Fonte:
Revista de Nutrição.
A concentração de vitamina K contida nas fontes
alimentares está descritas na tabela a seguir.
Tabela 2:
Conteúdo de filoquinona em alimentos determinados por CLAE.
Fonte:
Revista Nutrição
Pode-se observar que o alimento que contém maior
concentração de vitamina K é o espinafre.
A vitamina K é eficiente no tratamento de trombose, arteriais e venosas, embolia pulmonar,
doenças cardiovasculares, uso de válvulas cardíacas metálicas e síndrome
antifosfolípide. [2], [3]
Espero que tenham gostado,
até a próxima!
Referências
[1] DORES, S; PAIVA, S; CAMPANA, A.
Vitamina K: metabolism and nutrition. Revista de Nutrição, 2001.
[2] DÔRES, S. Funções plenamente
reconhecidas de nutrientes Vitamina K. ILSI Brasil International Life Sciences
Institute do Brasil, 2010.
[3] NELSON. D. COX. M. Princípios de
Bioquímica de Lehninger. - 5ª edição. – Porto Alegre: Artmed, 2011.
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