terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A QUÍMICA DOS PERFUMES



 Bolsista: Valdirene Sodré

Olá, pessoal!
Vamos conhecer a química por trás dos perfumes.
O perfume tem sua origem à aproximadamente 800 mil anos quando o homem descobriu o fogo. A fumaça exalada pela queima de madeira e folhas tinha uma fragrância adocicada, por isso durante os rituais religiosos eles dedicavam essa fumaça aos Deuses, acreditando que suas preces seriam atendidas. Com o passar do tempo perceberam que poderiam extrair essências de outras matérias-primas, como as flores, os vegetais e os animais selvagens. Os egípcios dedicaram-se a essa técnica inicialmente para uso pessoal. Foram os árabes que começaram a comercializar e aprimorar a extração dos perfumes por meio da maceração, geralmente com água, obtendo leite de rosas e água de violetas (Figura 1).

FIGURA 1: Método antigo de maceração de flores pra obtenção de essência.
Fonte: http://profvicenteneto.blogspot.com.br/2013/01/a-quimica-dos-perfumes-os-aromas.html.

Os perfumes são misturas complexas de compostos orgânicos chamadas de fragrância, essências que promovem o odor agradável. Os óleos essenciais obtidos através das flores, animais selvagens, plantas e raízes receberam esse nome por guardar a fragrância original da matéria, ou seja, sua essência. Os químicos já identificaram mais de três mil óleos essências com mais de 150 mil ingredientes de perfumes.

FIGURA 2: Principais componentes de alguns óleos essenciais.
Fonte: http://www.vanialima.blog.br/2016/09/a-origem-das-fragancias-perfumes.html

 



Percebe-se que o eugenol, molécula que contém fenol e cetona, participa da composição do cravo; o limoneno, um hidrocarboneto cíclico, do limão e outras frutas cítricas; a muscona e a civetona, cetonas complexas presentes nos aromas de animais selvagens e e geraniol, um álcool insaturado presente no gerânio.
A extração de essência natural é um processo caro. Um exemplo é o jasmim, que para produzir um quilograma de sua essência necessita–se de cinco milhões de flores de jasmim. Uma solução para o barateamento da produção foi a produção de compostos sintéticos que substitui, em alguns casos, os aromas naturais. A figura 3 apresenta algumas destas moléculas sintéticos.
FIGURA 3: Alguns compostos sintéticos usados em perfumaria.
Fonte:http://www.operfumistico.com.br/2011/09/composicao-quimica-das-fragrancias.html

  Os perfumes possuem uma escala de notas que determina sua fragrância considerando a volatilidade (facilidade da substância de passar do estado liquido para o gasoso). Um bom perfume será aquele que possuir três notas. A nota superior (cabeça do perfume): é a parte mais volátil do perfume e a que detectamos primeiro, geralmente nos primeiros 15 minutos de evaporação. A nota do meio (coração do perfume): é a parte intermediária do perfume, e leva um tempo maior para ser percebida, de três a quatro horas. A nota de fundo (ou base do perfume): é a parte menos volátil, geralmente leva de quatro a cinco horas para ser percebido, também denominado fixador do perfume. Essa escala está representada na Figura 4 com diferentes tipos de fragrâncias.






FIGURA 4: Escala de notas de um perfume e a participação de diferentes fragrâncias nessas notas.
 Fonte: http://www.operfumistico.com.br/2011/09/composicao-quimica-das-fragrancias.html.

Espero que na próxima vez que se perfumarem, lembrem do que aprendemos aqui. Até a próxima matéria!


Referências
DIAS, Martins Sandra; da SILVA, Ribeiro Roberto. Perfumes : Uma química inesquecível. Química nova na escola, n.4,1996.
Composição Química das Fragrâncias. Disponível em: < http://www.operfumistico.com.br/2011/09/composicao-quimica-das-fragrancias.html> acesso 06/12/2016.




 

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