Olá, caros leitores! nosso
assunto dessa semana será sobre o descarte de pilhas e baterias no meio
ambiente. Podemos observar que na atualidade, cada vez mais utilizamos pilhas e
baterias, uma das consequências do crescimento do consumo de aparelhos
eletrônicos portáteis. No entanto, a falta de alternativas para tratamento e a
falta de informação da sociedade, fazem com que as pessoas destinem os mesmos
em locais incorretos, provocando assim, prejuízos e danos ao meio ambiente.
Mas
o que compõe uma pilha? E qual a diferença entre pilha e bateria? Pilha é dispositivo que tem a capacidade de gerar
energia elétrica através de uma reação química. Para que ocorre essa reação
química há nela um par de eletrodos metálicos distintos, um é o polo positivo e
o outro o polo negativo, ambos submersos em uma solução química eletrolítica, contendo íons. Os polos, quando
são interligados por um fio condutor, iniciam a reação química e este fio é
percorrido por uma corrente elétrica, que só termina o seu trajeto quando a
reação química cessa ou um dos eletrodos for totalmente consumido pela reação.
E o sentido da corrente é percorrido do polo negativo para o polo positivo. O
que diferencia a pilha da bateria é que na pilha há um dispositivo constituído
de dois eletrodos e um eletrólito, organizados de forma a produzir energia
elétrica. Já a bateria é um conjunto de pilhas agrupadas em série ou paralelo,
dependendo da exigência por maior potencial ou corrente elétrica, como mostra a
figura 1. (NOQUEIRA, FABOCCI, ARÇARI, 2011).
Figura
1-
Pilha e Bateria
Fonte: http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash=conceito.45
Todos
os dias milhões de pessoas lançam pilhas e baterias no ambiente, na maioria das
vezes esses descartes são de forma inadequada, no qual proporcionam a liberação
dos seus componentes tóxicos, contaminando a água, solo e atmosfera, causando
assim sérios danos a diversas formas de vida, principalmente à do homem.
Portanto, as pilhas e baterias, são classificadas como “Resíduos Perigosos”
pela NBR 10.004, da ABNT (2004), que trazem sua classificação em:
“Classe
I ou perigosos – são aqueles que, em função de suas características intrínsecas
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade,
apresentam riscos à saúde pública por meio do aumento da mortalidade ou da
morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando
manuseados ou dispostos de forma inadequada”. (NBR 10.004).
Quadro 1 - Efeitos dos metais pesados na saúde
humana.
Metal
|
Efeito à saúde
humana
|
Cádmio (Cd)
|
Câncer,
disfunção renal, disfunção digestiva (náusea, vômito), problema pulmonares.
|
Mercúrio (Hg)
|
Dermatite,
diarreia com sangramento, dores abdominais, elevação da pressão arterial,
gengivite, dores de cabeça.
|
Chumbo (Pb)
|
Anemia,
disfunção renal, dores abdominais (cólica, espasmo, rigidez), Encefalopatia
(sonolência, manias, delírio, convulsões e coma).
|
Manganês (Mn)
|
Disfunção do sistema neurológico,
gagueira e insônia.
|
Zinco (Zn)
|
Alterações no quadro sanguíneo,
problema pulmonares.
|
Fonte: Agência Ambiental dos Estados
Unidos (EPA) e Guia de coleta seletiva da Comlurb/RJ.
Para
evitar problemas causados por um descarte inapropriado das pilhas e bateiras, a
Resolução Nº 257, de 30 de junho de
1999, define que quando a pilha e bateria acaba seu valor energético, ou seja,
deixa de ser utilizada, os consumidores devem entregar aos estabelecimentos que
as comercializam, que devem repassar para os fabricantes, responsáveis por
adotar procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
ambiental adequada.
Espero que tenham gostado da matéria
e até a próxima!
Referências:
Agência
Ambiental dos Estados Unidos e Guia de coleta seletiva da Comlurb/RJ. CONAMA, Proposta
de revisão da resolução n° 257/99, 1999. Disponível em <http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/0330EB12/ParecerTec07008_MSaude.pdf)
Acessado em 12/05/2014>
CONAMA –
Concelho Nacional do Meio ambiente – Resolução N°. 257, de 30 de Junho de 1999
– Lei N°. 6.938, de 31 de agosto de 1981 pelo Decreto N° 99.274, de 6 de Junho
de 1990, disposto em seu Regimento Interno, Considerando os impactos negativos
causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e bateias usadas.
Disponível em:< http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res99/res25799.html>
BOCCHI, N;
FERRACIN, L. C.; BIAGGIO, S. R. Pilhas e Baterias: funcionamento e
impacto ambiental. Química Nova, nº 11, 2000. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a01.pdf>
Nogueira, D;
Ventura, D.A; Fabocci, R.T.S; Lima, A.A.; Arçari, D.P. Pilhas e baterias descarte correto e reciclagem. Revista Gestão em
Foco, ed: 2011. Disponível em: < http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/gestao_foco/artigos/ano2011/gestao_foco_Pilhas.pdf>
KEMERICHL,
P.D.C; MENDES, S.A; VORPAGEL, T.H. Descarte indevido de pilhas e baterias: a
percepção do problema no município de Frederico Westphalen – RS. KEMERICH et
al., v(8), nº 8, p. 1680-1688, SET-DEZ, 2012.
Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/6319/pdf_1>
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