terça-feira, 10 de outubro de 2017

Mortandade de Peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas


 
Bolsista: Karla Nara
Olá, caros leitores...
O assunto dessa semana iremos falar sobre a mortandade de peixes na lagoa Rodrigo de Freitas, localizada no estado do Rio de Janeiro a mesma é bem conhecida. Porém, o aumento demográfico e o desenvolvimento em volta da lagoa estão trazendo grandes consequências e fortes impactos ambientais.
As lagoas têm características bem marcantes, uma delas são os ecossistemas com vegetação ciliar e fauna que necessita de suas águas para permanecerem vivos. No entanto, essas lagoas cada vez mais estão sendo comprometidos, devidos os lançamentos de esgoto indiscriminado de esgotos clandestinos de varias origens, em consequência disso à vida nesses ecossistemas ficam em risco.
Segundo VAITSMAN (2006), um aspecto marcante em relação à lagoa Rodrigo de Freitas, é observado repetidas ocorrências de mortandades de peixes e crustáceos, esse fato e preocupante devido ser um ecossistema significativo sob o ponto de vista econômico-social, uma vez que existem colônias de pescadores em suas margens que usam a pesca artesanal para suas sobrevivências e, além disso, nessas águas vivem e procriam varias espécies animais que dependem da vegetação ciliar e de águas não poluídas para sobreviverem.
Entretanto, durante décadas, têm ocorrido mortandades de toneladas de peixes, por exemplo, em março de 2000, foram recolhidos mais de 100 toneladas de peixe mortos, prejudicando assim, a qualidade de vida dos moradores que moram próximos a lagoa e daqueles que utilizam da água para alguma utilidade. (VAITSMAN,2006)
As principais causas dessas mortes de peixes nessa lagoa são o lixo e o lançamento de esgotos clandestinos, pois aumentam a quantidade de material orgânico e de nutrientes, ou seja, substâncias ricas em fosfato (PO43-) e nitrato (NO3-), no qual favorece a proliferação de algas, acarretando assim, o bloqueamento da passagem de luz pela lâmina de água, impossibilitando assim, o processo de formação de gás oxigênio (O2). O oxigênio dissolvido na água é indispensável para os peixes, pois os mesmos requer 10% e 60% para sua sobrevivência.
Em contrapartida, a presença de enorme quantidade de matéria orgânica nas águas exige maior consumo de O2 para sua decomposição por ação dos micro-organismos aeróbicos, ficando assim, em consequência, menor quantidade disponível para sobrevivências de peixes. Outro fator importante, e que havendo deficiência de oxigênio nas águas, a matéria orgânica é decomposta por bactérias anaeróbicas, produzindo o gás sulfídrico (H2S) que, além de tóxico, é responsável pelo odor desagradável que exala das águas. (VAITSMAN, 2006)
Portanto, vários fatores estão relacionados à morte de peixes na lagoa Rodrigo de Freitas, sendo assim, a população juntamente com as autoridades governamentais devem buscar recursos para resolver as questões de poluição e preservar esse ecossistema importantíssimo para toda a sociedade.
Espero vocês para uma próxima...
Referencia:
VAITSMAN, E.P. Química & meio ambiente: ensino contextualizado. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. pg 32 a 34.
FIORUCCI, A. R; FILHO, E. B. A importância do oxigênio dissolvido em ecossistemas aquáticos. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc22/a02.pdf>. Acesso em 18 de abril de 2017.








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