segunda-feira, 20 de maio de 2019

O SABÃO CASEIRO TRADICIONAL NA GARRAFA PETE

Bolsistas: Geam Carlos e Marcos Antonio Ribeiro

Caros amiguinhos, quem nunca sofreu com roupa suja? As mães que o digam... com isso hoje iremos aprender a fazer aquele sabão que além de fácil é muito barato, pensa só como é maravilhoso economizar com um ótimo sabão caseiro, e melhor ainda, aprender uma maneira excelente sobre o magnifico mundo da química e suas inúmeras formas de pesquisas, trabalhando com metodologias e com o desvendar de cada descoberta, ter a oportunidade de se apaixonar por essa ciência que a cada ano se torna fundamental para nosso futuro.

                                                                    Imagem 01. 
                                                  Disponível em: https://bit.ly/2Q5nTsY www.encurtador.com.br/hmAQ1

      Você sabia que o sabão, usado por várias gerações é tão antigo quanto o surgimento do vinho, porém com origem desconhecida, é como disse Barbosa e Silva em 1995, que é “mais provável que tenha sido descoberta por acidente quando, ao ferverem gordura animal contaminada com cinzas, nossos ancestrais perceberam uma espécie de ‘coalho’ branco flutuando sobre a mistura”. Pensa que extraordinário, descobrir por acaso, se bem que durante toda história esbarramos em casos assim.

          Imagem 02
                         Disponível em: https://bit.ly/2DVdNTY
                                                      


Os primeiros indícios históricos da produção de sabão a partir de óleo vegetal foram encontrados no Papiro de Ebres, sendo que muçulmanos e árabes também utilizavam óleo vegetal em suas produções artesanais de sabões. Foram os franceses que produziam esses sabões em escala industrial. Em 1688, no império de Louis XIV, foi regulamentada uma lei que restringia o uso do nome savon de marseille, para os sabões que utilizavam somente o óleo verde oliva em sua composição (WANDAS et alii, 2004).
A junção do óleo de cozinha com álcool e soda cáustica formam um tipo de glicerol e carboxilatos de sódio, que é por ventura o próprio sabão, e eles se encontram juntos.

                                                              Imagem 03
Disponível em: https://bit.ly/2GtuC6m



Qual o coração do uso do sabão? O uso mais diário do sabão é a remoção de gorduras e na higiene pessoal, que vale de grande importância a nível econômico e social. A água por si própria não remove certas sujeiras, como por exemplo as de óleos, a explicação mais simples disso é que as moléculas de H2O são polares e as de óleos são apolares. O sabão interage com os dois tipos de moléculas, por apresentar pelo menos uma ligação com característica polar, que tem afinidade com a água, hidrofílica, e também uma cadeia carbônica apolar com a aversão pela água, hidrofóbica. (PINTO; et al, 2012).
Agora que entendemos um pouco sobre a parte um pouco mais cansativa que é também a mais importante, vamos colocar a mão na massa, e fazer aquele sabão que até Einstein diria ‘eureka’. Lembrando que você for de menor e quiser fazer esse experimento em casa, sugiro que peça a ajuda de um adulto, utilize óculos e luvas para sua proteção e divirta-se.

O que vamos fazer?
Fazer um sabão caseiro através de técnicas antigas e conceitos com métodos tão atuais, que encontramos em casa.

MATERIAIS E REAGENTES
 ·        Béquer ou um recipiente de 50 mL
 ·        Béquer de ou um recipiente 300 mL
 ·        Béquer de ou um recipiente 500 mL
 ·        Béquer de ou um recipiente 1500 mL
 ·        Bastão de vidro ou objeto para mexer a solução
 ·        Agitador Magnético (se houver)
 ·        Óleo de soja vegetal (de cozinha)
 ·        Álcool 95% (de supermercado)
 ·        Soda caustica comercial
 ·        Garrafa pete (2 litros)
 ·        Espátulas ou colher
·        Termômetro (se houver)
·        Funil
·        Recipientes para molde

 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

- Adicione em um béquer de 500 mL cerca de 260 mL de água destilada e aqueça a água no agitador magnético até que ela alcance cerca de 50°C, em seguida pese 150 g de soda cáustica e adiciona na água pouco a pouco, lembrando de sempre colocar em pequenas porções a soda na água e nunca o contrário.

- Após diluir a soda cáustica em água, em outro béquer de 1500 mL adicione 500 mL de óleo e aqueça até 25°C.

- Adicione em um béquer 50 mL de álcool.

- Depois do preparo das amostras, em uma garra pete de 2 litros, com ajuda de um funil, coloque todo o óleo na garrafa e adicione a metade da solução de soda cáustica, após esse procedimento tampe a garra e agite sem parar, lembrando que a reação formará uma pressão, com isso em breves intervalos abra um pouco a garrafa para liberar a pressão, essa agitação deve acontecer no período de 3 a 5 minutos.

- Depois de agitar, coloque o restante da solução de soda cáustica, em seguida adicione os 50 mL de álcool, tampe a garrafa e repita o processo de agitamento, dessa vez no período de 20 a 22 minutos.

-  finalizado o processo, em recipientes de molde adicione o sabão e deixe por repouso durante um período de 3 a 5 dias para solidificar.


QUESTÕES PÓS-EXPERIMENTOS
 1.    Identifique por meio de pesquisa qual a possível reação que é forma o glicerol e os carboxilatos de sódio (sabão).
 2.    O sabão teve força suficiente para quebrar as moléculas de sujeira?


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, André Borges; SILVA, Roberto Ribeiro. XAMPUS. Química Nova na Escola. N.1. Nov. 1995. p. 4. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/quimsoc.pdf>. Acesso em: 09 out. 2018.


PINTO, Ana Catarina Lopes. Sabão, Detergente e Glicerina. In: PROJECTO FEUP, 2012, Universidade do Porto. FEUP. Porto, Portugal: ___, 2012. v. 01, p. 01-26.

WANDAS, C. M.; SIMON, I.; SCARTON, L.; MACHADO, R. B. Análise dos custos do sabão caseiro x industrializado. Projeto da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Departamento de Física, Estatística e Matemática - DeFEM. 2004




Nenhum comentário:

Postar um comentário