quarta-feira, 20 de abril de 2016

A QUÍMICA DO TÊNIS

Bolsista: Tatiane dos Santos Ferreira
               
Olá Leitores de plantão!
Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre um velho companheiro de muitos... o Tênis!
O tênis é um calçado muito popular entre pessoas de todas as idades, que muitas vezes, buscando conforto para prática de esportes ou qualquer atividade física, optam pelo seu uso.
 Esse objeto pode ser dividido em várias partes (como podemos observar na figura 1), como: solado, contraforte que é o reforço do calcanhar, corpo, bico e acabamento e é composto por diferentes materiais que estudaremos a seguir, mas antes vamos conhecer um pouco da sua história.
Figura 1: Tênis de running

O primeiro calçado criado para corrida foi desenvolvido por por Adolph Dassler em 1920, e tinha como características ser leve e confortável, proporcionando aos atletas conforto na execução de suas atividades, que antes eram executadas com calçados pesados e desconfortáveis, nada específicos para a prática de esportes.

Porém, o tênis só se tornou popular em 1950 ganhando a aceitação de jovens em todo mundo, pois ídolos dessa juventude pop star, como Elvis Presley, adotaram o uso comum desse calçado que passou por muitas mudanças no decorrer dos anos até chegar aos modelos da moda de hoje.
O tênis é constituído de materiais poliméricos que permitem, pelo seu custo/benefício, à acessibilidade a pessoas de todas as classes sociais, fazendo os pés não só de atletas, mas também estudantes e trabalhadores.
A química é responsável pelo desenvolvimento de materiais para aplicação em calçados, sendo geralmente algum tipo de polímero sintético ou comumente conhecido: plásticos.
Segundo Wan e Galembeck:

Os polímeros sintéticos são macromoléculas, produzidas pela junção de muitas moléculas pequenas semelhantes. Podem apresentar diferentes tipos de organização: em cadeias lineares ou ramificadas, e em redes. Cada modo de organização produz propriedades especiais, que permitem o uso dos polímeros em objetos de uso pessoal, embalagens, vestimentas, materiais elétricos e optoeletrônicos, casa e automóveis (WAN, GALEMBECK, 2001, p. 05).

Os polímeros sintéticos, como o próprio nome diz, não podem ser encontrados na natureza, são geralmente produzidos em laboratórios ou indústrias. Para ser classificado como polímero a molécula deve apresentar massa molar em torno de 1.000 g/mol a 1.000.000 g/mol.
Os polímeros podem ser termorrígidos / termofixos que são aqueles que não podem ser moldados novamente, são maleáveis apenas no momento de sua fabricação. E os Termoplásticos que são moldáveis por aquecimento mesmo depois de sua fabricação, o que é bem vantajoso levando em conta a questão ambiental, pois pode ser reciclado.     
Alguns polímeros sintéticos empregados na confecção do tênis são:
v  PVC (Policloreto de Vinila): É um termoplástico conhecido popularmente como couro sintético por possuir aspecto parecido com o couro, sendo um dos materiais empregados na produção dos solados. Apesar de ser impermeável, possui baixa aderência ao solo, mas é muito utilizado por ser de baixo custo;
v  PU (Poliuretano): É também um termoplástico utilizado em solas, entressolas... porém, em comparação com o PVC, é muito mais durável e também de custo mais elevado, normalmente o PU é utilizado na fabricação de tênis destinados à prática de esportes por ser flexível e leve.
v  EVA (Etileno Acetato de Vinila): É um polímero muito utilizado na confecção de palmilhas, entre os materiais de solado este é o mais leve e macio, pois é empregado em sua forma expandida, ou seja, como espuma, bastante utilizado em tênis do tipo futsal e em chinelos.

E por hoje é isso meus amigos! Ficou curioso para saber mais sobre polímeros? Neste mesmo blog você pode encontrar diversos conteúdos sobre este assunto. Até a próxima!
                                                            
Referências:
DOS SANTOS, Alexandre Silvestre; SILVA, Glaura Goulart. O Tênis Nosso de Cada Dia. Química Nova na Escola, v. 31, nº 02, 2009.

WAN, Emerson; GALEMBECK, Eduardo; GALEMBECK, Fernando. Polímeros sintéticos. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, v. 2, p. 5-8, 2001.

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