sábado, 16 de abril de 2016

Química forense: Locais de crime, vestígios e indícios.

Bolsista: Adriele Cristina
Olá amigos do quipibid!
A investigação criminal inicia-se pelo local do crime onde vestígios são coletados. Do ponto de vista da perícia, a coleta e preservação dos vestígios são de fundamental importância, sobretudo quando se trata de vestígios que serão analisados em laboratório. É fundamental assegurar que aquilo que está sendo analisado no laboratório é efetivamente o que foi encontrado no local do crime.
Para a embalagem e armazenamento dos vestígios coletados, por exemplo, recipientes especiais e específicos para cada tipo de vestígio devem ser utilizados. Em se tratando de material biológico, devem ser utilizados frascos descontaminados.
Ao perito cabe a identificação, a coleta e a análise dos vestígios presentes em local de crime, sendo, portanto, de fundamental importância sua atuação. Cabe também ao perito criminal a análise superficial dos corpos, visando a coleta de possíveis elementos que forneçam alguma relação com o fato criminoso, tais exames são chamados de Perinecroscópicos. O objetivo do perito ao chegar no local do crime não é alterar o local ou tentar encontrar provas de imediato, mas sim fazer o reconhecimento procurando atender e desenvolver uma técnica apropriada para encontrar as causas do crime.
Entre as principais provas que podem ser encontradas no local de um crime estão: manchas de sangue, impressão digital, marcas diversas, armas, dentre outros. Essa primeira análise pode ser utilizada usando métodos físicos e químicos.
Como exemplo de métodos físicos pode-se citar a pesagem de peças e amostras, a determinação de ponto de fusão de substâncias sólidas, visualização de elementos ocultos utilizando lentes de aumento e fontes de luzes especiais, dentre outros. Como exemplo de métodos químicos podemos citar as reações empregadas nas análises de disparo da arma de fogo, identificação de adulteração em veículos, revelação de impressão digital, dentre outros.
Os disparos de armas de fogo produzem gases no momento do disparo, assim depositando resíduos na mão do atirador. Utiliza-se um teste para detecção de vestígios de disparo de arma de fogo nas mãos de um possível suspeito. O teste consiste na pesquisa de íons ou fragmentos metálicos de chumbo.
O exame conhecido para saber se contém chumbo na mão do suspeito é chamado de residuográfico. Esse é feito com a aplicação de tiras de fitas adesivas na mão do suspeito borrifadas com solução acidificada de rodizonato de sódio, que complexa com os íons chumbo da pólvora formando uma coloração avermelhada que indica resultado positivo para o disparo (Figura 1).
                                                    Figura 1. Exame residuográfico
Fonte: Oliveira, F. M. Qnesc, vol. 24, 2006.
Outro método químico é para a identificação de adulteração em veículo, onde se utilizam agentes reveladores apropriados (Figura 2). O reagente utilizado para a revelação da numeração do chassi é um solução alcalina aquosa de hexacianoferrato de potássio [K3Fe(CN)6], denominado reagente de murikami. A revelação da numeração do chassi é visível apenas por um intervalo de tempo limitado, sendo assim, deve-se fotografá-lo imediatamente.
 
Figura 2: Identificação de adulteração em veículo

Fonte: Oliveira, F. M. Qnesc, vol. 24, 2006.
Até a próxima postagem!
 
Referências
OLIVEIRA. F. M. Química forense: A utilização da química na pesquisa de vestígios de crime. Química Nova na Escola, vol. 24, 2006.
 
 

 
 
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário