Bolsista: Karla Nara
Olá,
caros leitores....
O
assunto dessa semana é muito significativo, uma vez que iremos
abordar sobre os chás. O
chá é uma das bebidas mais disseminadas no mundo devido
principalmente as suas propriedades sensoriais tais como, sabor e
aroma. Além disso, a bebida pode ser utilizada como princípio ativo
em medicamentos devido às suas propriedades medicinais no combate e
prevenção de doenças. Essas propriedades devem-se à presença, de
compostos biologicamente ativos tais como: flavonoides, catequinas,
polifenóis, alcalóides, vitaminas, sais minerais, dentre outros
(Schmitz et al., 2005).
Chá
é a infusão obtida pela escalda de folhas de chá (Camellia
Sinensis) vista na figura 1, verdes ou fermentadas. A planta é
originária das regiões asiáticas de Assam, Mianmá (Birmânia),
Tonquim e Mekong. (VENTURINI, 2010).
Figura
1 - Camellia Sinensis
Fonte: http://chaarteevida.blogspot.com.br/2010/04/conhecendo-camellia-sinensis-ou-planta.html
Plantas,
flores e frutos possuem algumas propriedades tais como: sabor, aroma
e características medicinais, que são distintas da erva Camellia
Sinen. O processo de preparação dessas bebidas é o mesmo, sendo
assim, qualquer tipo de infusão em água quente passou a ser
conhecido popularmente como chá. (SILVA, 2011)
Algumas
plantas medicinais de uso tradicional para preparo de chás são
reconhecidas pela ANVISA, podemos citar algumas delas: Cymbopogon
citratus, cujo nome popular é capim-cidreira erva cidreira, sua
parte utilizada são as folhas e é indicada para cólicas
intestinais e uterinas e sua contraindicação não foi encontrado na
literatura consultada. Temos também a planta Plectranthus barbatus,
cujo nome popular é o falso-boldo, boldo nacional, hortelã homem,
boldo africano, sua parte utilizada são as folhas, suas indicações
são: dispepsia (distúrbios da digestão) e hipotensão (pressão
baixa) possui contraindicação para gestantes, lactantes, crianças,
pessoas com hipertensão, hepatites, obstrução das vias biliares e
uso de medicamentos para o sistema nervoso central. Outra planta bem
usada é a Rosmarinus officinalis L, do qual seu nome popular:
Alecrim, alecrim-de-jardim, rosmarinho, alecrim de-cheiro,
flor-de-olimpo. Suas partes utilizadas são as folhas e sumidades
floridas e tem indicações para distúrbios circulatórios,
antisséptico, cicatrizante, distúrbios digestivos. Contraindicação:
Pessoas com doença prostática, gastroenterites, dermatoses e
convulsão. (ITAIPU BINACIONAL, 2012)
Segundo
BRAIBANTE (2014), No Quadro 2, apresentamos algumas plantas
popularmente utilizadas no Brasil na forma de infusão, seus
princípios ativos e usos medicinais.
A
química orgânica está
muito
existente nos chás, uma vez que analisando as estruturas químicas
dos componentes dos chás e os principais princípios ativos de cada
um podemos averiguar as cadeias carbônicas, nomenclatura, grupos
funcionais, isomeria e entre outros.
Como
foi citado no quadro 2, a planta hortelã cujo principio ativo é o
mentol tem em sua cadeia carbônica um grupo funcional álcool
secundário, além de possuir uma ciclohexano e ligações saturadas.
Já no camazuleno principio ativo da camomila em sua cadeia carbônica
é um composto aromático. E no citral principio átivo do capim
cidró tem um grupo funcional aldeído, além disso, apresenta
isomeria e contêm ligações insaturadas. E na planta erva doce,
cujo principio ativo é o anetol, em sua estrutura carbônica dispõe
de um benzeno, um grupo funcional cetona e ligações insaturadas.
Sendo
assim, a química estar relativamente presente nos chás, uma vez que
conhecimentos populares podem ser discutidos e analisados em busca de
um amplo conhecimento, envolvendo várias temáticas.
Referências
-
SCHMITZ, W.; SAITO, A.Y.; ESTEVÃO, D.; SARIDAKIS, H. O. O chá verde e suas ações como quimioprotetor. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 26, n. 2, p. 119-130, 2005. Disponível em: < http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/3561> . Acessado em 18 de julho de 2017.
-
VENTURINI, F.W. G. Bebidas não alcooólicas: Ciência e tecnologia. São Paulo: Blucher, 2010, v.2.
-
SILVA, D. A Química dos chás: Uma Temática para o Ensino de Química Orgânica. Santa Maria- RS, 2011. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/tede/tde_arquivos/35/TDE-2011-11-22T163944Z-3337/Publico/SILVA,%20DENISE%20DA.pdf > Acessado em 18 de julho de 2017.
-
ITAIPU BINACIONAL - Projeto Plantas Medicinais – Cartilha Informativa, 2012. Disponível em: < http://www.cultivandoaguaboa.com.br/sites/default/files/iniciativa/BX_cartilha_15x21cm.pdf> Acessado em 17 de julho de 2017.
-
MORAIS, S.M.; CAVALCANTI, E.S.B.; COSTA, S.M.O.; AGUIAR, L.A. Ação antioxidante de chás e condimentos de grande consumo no Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 19, p. 315-320, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102695X2009000200023&script=sci_abstract&tlng=pt> Acessado em 17 de julho de 2017.
-
BRAIBANTE, M.E. F.; SILVA, D.; BRAIBANTE, H. T. S.; PAZINATO, M. S. A Química dos Química Nova na Escola, São Paulo-SP, BR. Vol. 00, N° 0, p. xxx, 2014. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/prelo/QS-47-13.pdf> Acessado em 18 de julho de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário