Olha
pessoal!!! Na matéria de hoje vou levar algumas informações sobre o “Elemento
Químico”, que é considerado um vilão ao meio ambiente e principalmente o ser
humano. Como nós já sabemos o Mercúrio (Hg) é o único metal liquido à
temperatura ambiente. Isso pode ser explicado pela energia de ionização muito
grande, que dificulta a participação dos elétrons na formação das ligações metálicas.
O liquido tem uma pressão de vapor apreciável, à temperatura ambiente. Por isso, superfícies expostas de Mercúrio
(Hg) devem sempre ser cobertas (por exemplo, com tolueno). Para impedir sua
vaporização e, consequentemente, o risco de intoxicação. O Mercúrio (Hg) gasoso
tem um comportamento incomum, pois é constituído por umas espécies
monoatômicas, como os gases nobres.
O
vapor de Mercúrio é toxico e, se inalado, pode provocar vertigens, tremores,
danos aos pulmões e ao cérebro. No laboratório, o Mercúrio deve ser recoberto
com óleo ou tolueno e derramamentos acidentais desse metal devem ser tratados
com enxofre, de modo a formar HgS. Compostos inorgânicos tais como HgCl2,
Hg2Cl2 e HgO , também, são tóxicos quando ingeridos. O
mercúrio e um veneno cumulativo (como Cd, Sn, Pb e Sb). Como esses metais não
tem função biológica, não existe nenhum mecanismo para eliminá-los do
organismo. O íon HgII inibe enzimas, particularmente aquelas contendo
grupos tióis,-SH.
Esses
compostos inorgânicos de mercúrio foram empregados para controlar o crescimento
de bolores em fabricas de polpa de madeira e de papel. São ainda usados em
tintas protetoras contra o apodrecimento, como fungicidas para tratamento de
sementes e de plantas, e no controle de uma doença conhecida como potra (plasmodiophora brassicae), que ocorre em
couves. Mais recentemente compostos organomercúricos, tais como dimetilmercúrio,
Hg (Me)2 , e MeHgX, Foram usados para prevenir o ataque de fungos em
sementes. Compostos alquimercúricos, como o dimetilmercúrio, são muitos mais
tóxicos que os compostos inorgânicos de mercúrio. Os compostos de arilmercúrio
são ainda mais perigosos. Eles Podem provocar paralisia, perda de visão, surdez,
loucura e morte, devido aos danos provados ao cérebro.
Foram
registrados diversos incidentes alarmantes envolvendo intoxicação com Mercúrio
(Hg):
No
inicio do século, sais de mercúrio eram empregados na indústria de chapéus de
feltro. A poeira afetava o sistema nervoso central dos operários, provocando
tremores musculares, conhecidos na literatura inglesa como “tremores de
chapeleiro” (“hatter’s shakes”). Isso levou à expressão “mad as a hatter”, que
significa algo como “doido varrido”, ou literalmente, “doido como um
chapeleiro”.
Em
1952,52 pessoas morreram em Minamata (Japão), como consequência da ingestão de
peixe contaminado com mercúrio. O Hg provinha dos efluentes de uma fábrica que
usava sais de HgII como catalisadores na fabricação de etenal (acetaldeído)
a partir de acetileno. O HgCl2 era convertido no composto organomercúrio,
MeHgSMe, por bactérias anaeróbicas existentes no lodo do leito da baia . Esse
composto era concentrado na cadeia alimentar. Inicialmente era absorvido pelo plâncton,
que serve de alimento para os peixes e outros animais marinhos, utilizados na
alimentação dos habitantes do local. Em 1960 e novamente em 1965, foi
registrado um aumento repentino no numero de casos de intoxicação por mercúrio
no Japão, causados por consumo de crustáceos contaminados.
O
problema mais recente decorre do uso cada vez mais disseminado de mercúrio na
extração de ouro, sobretudo no Brasil. A areia a água dos rios é passada sobre
mercúrio para que o ouro eventualmente presente se dissolva no mesmo, formando
uma amálgama. O mercúrio perdido nesse procedimento contaminou consideráveis
trechos de rios da bacia amazônica.
Bom
pessoal! Estarei de volta na próxima semana com mais um “Elemento Químico”. Uma
ótima semana para todos.
Referência:
Lee, J. D. Química inorgânica não tão concisa, 5ª ed. São Paulo: Edgard Blucher,
1199. P.428. 432. 433. 434.
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