Bolsista: Walmira Gomes
Olá turma do Pibid!
Nosso assunto
será sobre os Compostos de Coordenação (ou Complexos), que é definido por átomo
ou íon (cátion) metálico central rodeado por uma série de ligantes. Sua primeira foi teoria publicada em
1893, por Alfred Werner, onde forneceu as bases para toda a química de
coordenação moderna. Para que se possa ter uma idéia da perspicácia do trabalho
de Werner, vamos nos lembrar que o elétron, responsável por todas as ligações
químicas, só foi descoberto e aceito com o constituinte universal da matéria em
1901.
Portando à época de Werner, não existia
qualquer conceito moderno de ligação química. Os resultados obtidos por ele
foram repetidos e confirmados por muitos outros cientistas por inúmeras vezes.
A partir daquele momento, este campo da química não parou mais de ser
investigado e de evoluir.
Nos primeiros trabalhos, tentava-se
entender e buscar novos compostos, que se destacavam através de novas cores,
geometrias, estados de oxidação do metal, número de coordenação do metal.
Posteriormente, com o aprofundamento dos modelos teóricos necessários para
explicar o comportamento destes compostos, começou-se a buscar e descobriu-se,
por exemplo, compostos que apresentam propriedades magnéticas interessantes,
atividade biológica, aplicações como medicamentos e como catalisadores.
A cor vermelha do Rubi, a cor azul da
safira e a cor verde da esmeralda são devidas à presença de cátions de metais
de transição “rodeados” por átomos de oxigênio.
Safira Al2O3 com traços de Fe2+ e Ti4+
Esmeralda AlSiO3 contendo Be com traços de Cr3+
Assim, a cor é a somatória de algumas
propriedades da configuração eletrônica dos respectivos metais, influenciada
pelo ambiente (número, tipo e disposição geométrica) dos oxigênios sobre esta
distribuição eletrônica. Isto é muito similar ao que acontece nos compostos de
coordenação.
Ainda dentro dos interesses em se estudar
compostos de coordenação é interessante falar sobre um complexo sintetizado
pela primeira vez a mais de cem anos.
Cis-Platina
[PtCl2(NH3)2]
Um dos primeiros compostos de
platina usado como remédio anti-cancer (Platinol-AQ).
Este complexo, como se descobriu depois, ajudava
a combater determinados tipos de câncer. Na verdade, a forma ativa do complexo
é o seu isômero cis.
Este complexo é capaz de interagir em certas porções do DNA e impedir a
reprodução das células.
É possível, portanto, ter uma noção da
amplitude deste campo da química e por conseqüência o interesse em seu estudo.
Boa Leitura e até a próxima!
Referências:
Atkins, P. W.; Jones, L. “Princípios de Química: Questionando a
Vida Moderna e o Meio Ambiente”. 3ª
ed. Bookman, Porto Alegre 2006. 914 p.
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