segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ARRHENIUS E A CONDUTIBILIDADE GALVÂNICA

Bolsista: Walmira Gomes

       Olá colegas do QUIPIBID! Nossa matéria é sobre a tese de doutorado de Arrhenius, cujo título foi, “Pesquisa sobre condutibilidade galvânica”, que não obteve sucesso na época.
       Svante August Arrhenius nasceu no ano de 1859, na Suécia. Em 1876, ingressou na Universidade de Uppsala. Tornou-se famoso por sua Teoria da Dissociação Iônica, tema da sua tese de doutorado, defendida em 1884.
       Arrhenius começou em 1881 a realizar inúmeras experiências relacionadas à passagem de corrente elétrica através de soluções aquosas e, em 17 de maio de 1883, baseado nos resultados observados, ele chegou à teoria mencionada, na qual formulou a hipótese de que a condutividade elétrica estava relacionada à presença de íons nas soluções.
                                                  Fotografia de Arrhenius

       Ao defender sua tese, com o título de Pesquisas sobre condutividade galvânica, que na realidade era uma teoria nova, houve uma discussão com os examinadores, que durou por quatro horas. Isso era de se esperar, afinal de contas suas idéias sobre a existência de íons iam contra o modelo atômico aceito na época, que era o de Dalton, que falava em partículas neutras e indivisíveis. Os examinadores decidiram conceder-lhe o título de doutor, porém, não em virtude da aprovação de sua tese, pois ela recebeu a nota mínima apenas para não ser recusada, mas sim porque ele era um bom aluno, com ótimas notas.

       Isso não fez com que ele desanimasse, pois daí em diante passou a se dedicar ao estudo dessas soluções eletrolíticas. O químico Wilhelm Friedrich Ostwald (1853-1932) o ajudou, conseguindo para ele uma bolsa de estudos. Assim, Arrhenius continuou trabalhando com Ostwald e com Jacobus Henricus Van’t Hoff (1852-1911), dois químicos renomados. Porém, seus resultados continuaram sendo muito combatidos pela comunidade científica.
       Com o tempo, Arrhenius obteve o cargo de professor do Instituto de Estocolmo. Mais tarde, ele conseguiu a cátedra, isto é, tornou-se professor titular de uma disciplina universitária. Todavia, conferiram-lhe essa função sem muito entusiasmo, pois achavam que ele não estava preparado. Mas algo que o ajudou a conseguir a cátedra foi que a sua teoria da dissociação estava começando a ser aceita, inclusive a Sociedade Munsen escolheu Arrhenius como seu sócio honorário por causa dessa teoria.
       Em 1895, ele foi nomeado professor da Universidade de Estocolmo; e dois anos depois se tornou o reitor dessa instituição. Em 1902, recebeu a medalha Davy da Real Society; e, em 1903, recebeu a maior honra que um cientista poderia receber: o Prêmio Nobel de Química, por sua tão criticada tese de doutorado.
       Um prêmio muito merecido, pois, a teoria da dissociação iônica foi muito importante. Ela explicou um grande número de fenômenos já conhecidos, contribuiu para o desenvolvimento das teorias eletrônicas da matéria e causou o desenvolvimento de várias linhas de pesquisa, inclusive colaborando para estabelecer as bases científicas da química analítica. Além disso, estudos posteriores de Arrhenius, sobre a natureza dos íons existentes nas soluções iônicas ou eletrolíticas, levaram à elaboração das definições das funções inorgânicas dos ácidos, bases e sais.
        Boa leitura!

REFERÊNCIAS:

Fonseca, Martha Reis Marques da
Química: meio ambiente, cidadania, tecnologia/ Martha Reis Marques da Fonseca. – 1ªed. – São Paulo: FTD, 2010. - (Coleção química, meio ambiente, cidadania, tecnologia; v.3).



Nenhum comentário:

Postar um comentário