quinta-feira, 29 de maio de 2014

Biomateriais


Bolsista: Fernando Silveira


                                                                            Figura 01:Pele artificial

            Os biomaterias vêm se desenvolvendo cada dia mais. Hoje é possível substituir tecidos do corpo com esses materiais. Isso vem sendo foco de estudos de muitos cientistas, que tem o intuito de melhorar esses materiais e os tornar acessíveis a população em geral. Assim podemos definir os biomaterias comoqualquer substancia ou combinação de substância, sintética ou natural, que possa ser usada por um período de tempo, completa ou parcialmente como parte de um sistema que trate, aumente ou substitua qualquer tecido, órgão ou função do corpo” (Azevedo, 2007). Um exemplo de biomaterial é a pele sintética apresentada na Figura 01.
           

 Os efeitos orgânicos que seriam a corrosão e a degradação destes materiais e o efeito do material no organismo têm que ser estudados com muito cuidado, poisexiste a “biocompatibilidade”. Essa biocompatibilidade seria a reação do organismo em contato com esse material. Esses materiais biodegradáveis, estão sendo desenvolvidos não só para substituir os tecidos, mas também para ajudar no desenvolvimento de novas células e a propagação dos tecidos em crescimento, reconstituindo o tecido lesionado, através de uma atuação no metabolismo intra e extracelular.
            Estes materiais biodegradáveis não são apenas para substituir os tecidos danificados por um período definido de tempo, como também iria estimular a regeneração do tecido matriz e sua degradação seria simultânea em relação ao reparo do tecido vivo. Assim o tecido vivo iria substituindo aos poucos o implante do biomaterial degradável.A utilização destes biomateriais tem vantagens, e a principal delas é que esses materiais não danificam os tecidos em regeneração reduzindo assim o risco de contaminações bacterianas e virais.
            Existem também os polissacarídeos que são macromoléculas naturais e são extremamente bioativas. Geralmente estes polissacarídeos são derivados de produtos agrícolas e crustáceos. Dois exemplos de bioplímeros recente descobertos é quitina e a quitosana. Falando em disponibilidade a quitina tem proximidade com a celulose e são bastantes abundantes.
           

Figura 02:formula estrutural da quitina

A quitina (apresentado na Figura 02) e quitosana (apresentado na Figura 03) são bioplímeros atóxicos, biodegradáveis, biocompativeis, e são produzidas também por fontes naturais renováveis. A quitina é separada de outros componentes através do processo de desmineralização e desprotonação em soluções diluídas de HCl e NaOH, por exemplo. Já a quitosana é um produto natural renovável e biodegradável de baixo custo que pode ser obtido também desacetilação (porcentagem do grupo amino encontrado no biopolímero) da quitina, a quitosanasendo um biopolímero do tipo polissacarídeo tem sua estrutura molecular similar a celulose.


 Figura 03: formula estrutural da quitosana

A quitosana também tem a capacidade de atrair e se ligar quimicamente com as moléculas de lipídios. No estomago que é um ambiente ácido ela tem a capacidade de absolver gorduras (lipídios) e no intestino que é um ambiente básico a quitosana se ligada aos lipídios se solidifica e é eliminada junto com as fezes sem o seu aproveitamento pelo organismo.

Referências

·    PEREIRA, Ana Paula V, Vasconcelos, Wander L e Orefice, Rodrigo L. Novos Biomateriais: Híbridos Orgânicos-Inorgânicos Bioativos .1999.  Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/po/v9n4/6190.pdf> Acessado em 23 de Maio 2014.

·       V. V. C. Azevedo, S. A. Chaves,, D. C. Bezerra1, M. V. Lia Fook, A. C. F. M.Costa1. Quitosana e Quitina: Aplicação  como biomateriais. 2007. Disponovel em <http://www.sncsalvador.com.br/artigos/Quitina-e-quitosana-aplicacoes-como-biomateriais.pdf> Acessado em 23 de Maio de 2014.
·        
      MORAIS, Liliane Siqueira de, GUIMARAES, Glaucio Serra,ELIAS, Carlos Nelson. Liberação de íons por biomateriais metálicos. 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/dpress/v12n6/a06v12n6.pdf> Acessado em 23 de maio de 2014.

SANTOS, Anderson Cunha dos, MENDES, Carlos Maurício Cardeal, ROSA, Fabiana Paim. A Microtomografia computadorizada aplicada à bioengenharia tecidual óssea com o uso de biomateriais. 2013. Disponível em < http://www.portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/9195/6775> Acessado em 23 de maio de 2014.

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